Bons companheiros: maior amigo de Lula no PT recebeu R$ 100 mil de propina.

Devanir Ribeiro sempre foi o porta-voz de Lula para o terceiro mandato. É o maior amigo de Lula dentro do PT.
 
O deputado federal Devanir Ribeiro (PT/SP) recebeu, em 2010, R$ 100 mil em doações de campanha da Scan Vias Construções e Empreendimentos Ltda, empreiteira do Grupo Demo - controlado pelo empresário Olívio Scamatti, acusado pelo Ministério Público de liderar a Máfia do Asfalto.O nome Devanir aparece em uma planilha de Ilso Donizete Dominical, contador da organização criminosa que teria se infiltrado em pelo menos 78 municípios da região noroeste de São Paulo para fraudar licitações com recursos de emendas parlamentares.
 
O documento é uma tabela Excel de quatro colunas, 81 linhas e 22 nomes. Devanir teria recebido R$ 45 mil em agosto e novembro de 2011, segundo as anotações. Para os promotores que denunciaram Scamatti e outros 29 empresários, lobistas e servidores públicos à Justiça como integrantes da Máfia do Asfalto, a planilha representa “indicativo de possível contabilidade do pagamento de propina a alguns parlamentares”.
 
A Máfia do Asfalto foi desmantelada em abril pela Operação Fratelli, missão integrada da Polícia Federal, Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal. Nos computadores da Scan Vias, sediada em Monções (SP), apreendidos pela força tarefa, um documento expõe longa série de emendas parlamentares, inclusive duas de autoria de Devanir, que somam R$ 7,7 milhões. Uma delas (R$ 2,18 milhões) destinada a “Apoio à Política Nacional de Desenvolvimento Urbano” e a outra (R$ 5,52 milhões) para “Apoio ao Projeto de Infraestrutura Turística”.
 
O apenso 8-A dos autos da Operação Fratelli contém detalhes da investigação que aparentemente mostram laços estreitos de Devanir com Olívio Scamatti, que está preso há quase 8 meses, por ordem judicial. Nesse apenso, volume II, o Ministério Público transcreve diálogos de Olívio Scamatti com um irmão dele, Pedro.
 
Por exemplo, no dia 28 de maio de 2010, às 10h18, o empreiteiro diz que na noite anterior “foi na festa de Fernandópolis (SP) e se encontrou com o deputado Devanir e o pessoal da Valec”. Scamatti diz a Pedro: “Valec é os contratantes, Valec é o governo. O seu Luiz (prefeito) conseguiu uma zona franca aqui em Fernandópolis igual à zona franca de Manaus, o Devanir conseguiu e vai desviar uma moto da ferrovia prá passar perto, e os caras tavam aí prá fazer o projeto, aí eu bati um papão com os caras. Foi muito bom".
 
Em outro grampo, Scamatti conversa com um homem não identificado. Eles falam sobre Devanir.“Ó, tem do Devanir de cem mil teu, que tá aí, certo?”, diz Scamatti. O interlocutor do empreiteiro responde. “Não, do Devanir você fez também. É, do Devanir você fez também. Você já até fez, é recape, já acabou. Pode ver e fala com o Marco, se eu coloquei algum obstáculo.” Procurado pela reportagem do Estado, a assessoria de imprensa do deputado federal Devanir Ribeiro informou que ele “não vai se manifestar”. (Estadão)

Lula faz sombra sobre Dilma com medo dela ser derrotada, diz Aécio Neves.

Em resposta aos ataques do ex-presidente Lula à política econômica do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse nesta quinta-feira (31) que o petista criou uma "sombra" sobre a presidente Dilma Rousseff porque teme que ela não seja reeleita para o Palácio do Planalto.
 
Aécio afirmou que Lula e o PT estão "aflitos e ansiosos" porque não têm certeza da vitória de Dilma em 2014. "Mesmo sem querer, ele [Lula] vai criando uma sombra sobre ela [Dilma]. O que eu vejo é o PT hoje muito ansioso, aflito, duvidando das condições da presidente da República, que eu acho que não são boas. Alguém para disputar a reeleição deveria estar numa condição muito melhor do que ela está", afirmou.
 
O tucano, que é possível adversário de Dilma nas eleições presidências do ano que vem, disse que Lula "não está seguro das possibilidades de sua candidata" em um momento em que "mais de 60% dos eleitores brasileiros dizem não querer votar numa candidatura do PT".
 
Aécio afirmou que o PT vive "inseguranças internas" diante da disputa Lula versus Dilma dentro do partido --com a defesa de segmentos do PT de que Lula dispute o Palácio do Planalto, caso o nome de Dilma não tenha hegemonia sobre os demais candidatos. "São questões que eles terão que resolver internamente. Se alguém tem hoje um conflito interno, é o PT."
 
DEFESA
Segundo o senador, a estabilidade econômica implantada no governo FHC foi "pré-condição fundamental" para Lula governar. "Não houvesse governo do presidente FHC com a estabilidade econômica, não teria sequer havido o governo do presidente Lula."
 
Em um ataque direto a Dilma, Aécio disse que a petista deixará duas marcas principais do seu governo: a ineficiência e os desvios éticos. "Veja o ex-presidente e a presidente, que tem agenda de candidata. Os brasileiros pagaram um ato de campanha eleitoral no ato de comemoração dos dez anos do Bolsa Família. Nada ali é de governo, mas às custas do governo. O governo do PT e a própria presidente da República continua tento enorme dificuldade em separar o que é público do que é privado, o que é publico, partidário do que é privado."
 
AGENDA
Aécio participa nesta quinta de evento, organizado pelo PSDB do Distrito Federal, para conversar com pré-candidatos e filiados à sigla. Em sucessivos discursos antes da chegada do senador, pré-candidatos ao governo do DF e à Câmara dos Deputados fizeram ataques ao PT, à presidente Dilma Rousseff e ao governador Agnelo Queiroz (PT-DF). O governador de Goiás, Marconi Perillo, também participa do ato político --realizado numa casa de festas de Brasília.
 
Ex-deputado distrital, Raimundo Ribeiro acusou o PT de formar uma "quadrilha" no governo federal. "O que está comprovado é que o PT é que não sabe governar. O que eles sabem muito fazer é falcatrua. Temos obrigação de tirar essa quadrilha que está aí saqueando os cofres públicos e tentando garantir a impunidade, até mesmo com o aparelhamento da máquina, inclusive do Judiciário."
 
Dois deputados federais se colocam como pré-candidatos ao governo do DF, pelo PSDB, com o objetivo de garantir palanque a Aécio: Luiz Pittmann e Izalci Lopes. O partido ainda não definiu qual será o seu candidato ao governo do Distrito Federal. (Folha Poder)

Fatos novos quebram velhos acordos em Política.

Hoje o Painel da Folha publica:
 
Tempo... Articuladores da pré-campanha de Aécio trabalham para antecipar para novembro a formalização de sua candidatura ao Planalto. Para os tucanos, a indefinição está provocando a perda de força na negociação do senador mineiro com eventuais partidos aliados.
... perdido Aécio evita romper o acordo que firmou com José Serra (PSDB) de que a candidatura do partido só seria oficializada em março, mas seus aliados preparam um movimento público em defesa da antecipação.
 
É imprescindível que o PSDB antecipe as suas decisões e isso não significa quebrar um acordo entre Aécio e Serra, que mostra o quanto o mineiro é honrado e o quanto o paulista é renitente. A fusão da Rede com o PSB é um fato novo que atropela qualquer outro e exige reação à altura. Se isso não bastasse, a volta de Lula à campanha aberta e despudorada é mais um motivo para decidir já. Não no final de novembro. No início. A militância precisa de uma definição imediata, pois ainda há quem duvide de que o candidato será Aécio Neves. Serra, espertamente, diz que ainda pode ser o candidato presidencial pensando apenas em ganhar, sem esforço, a vaga para o Senado em São Paulo. É hora de bater o martelo. E que os incomodados tirem o dedo debaixo dele.

E a "nova política" acabou em menos de um mês.

 
Tem coisa mais velha em política do que alguém querer sentar em duas cadeiras ao mesmo tempo? Este é Eduardo Campos(PSB-PE), este fenômeno de conversão política, que de pragmático virou sonhático e agora revela que é mesmo um boneco de gel, tentando ocupar espaços por onde passa, moldando o corpinho de acordo com a ocasião. Campos continua a declarar o seu amor incondicional por Lula, enquanto a sua colega de chapa, Marina Silva, bate boca com o ex-presidente que foi seu guru e protetor. Afinal de contas, são situação ou oposição? Aliás, a musa da Rede que vai democratizar a democracia ataca o fisiologismo e a briga por cargos dos velhos partidos, enquanto seu marido recebe um gordo salário do PT do Acre. Com direito a mais alta função gratificada. Marina prega uma "nova política" para o país, mas mantém a velha na sua terra natal. Ainda não se passaram trinta dias da fusão do PSB com a Rede. O grande fato político, hoje, é que a política não ganhou nada com isso.

Lula bateu a bolsa da Dilma.

Hoje, quem domina das manchetes de jornal é Luiz Inácio Lula da Silva e a gente vê o país miserável em que vivemos. O amontoado de imbecilidades proferidas pelo ex-presidente, desde transformar a sua volta em 2018 numa ameaça desbocada, até a insensibilidade com as vítimas do 11 de setembro, passando pelos ataques mentirosos à oposição,  sugerindo que ela pode acabar com a Bolsa Família. Lula engoliu Dilma, no dia de ontem. Não deixou um milímetro de espaço para a Presidente da República. Mostrou o quanto ela é "lulobediente". E o quanto ele jamais desencarnou do poder. Mais que uma lástima, uma vergonha e um aviso: o safado fará de tudo para vencer a eleição de 2014.

Bolsonaro vence Randolfe por pontos:9x0.

'Estou me lixando para o PSOL', disse o deputado - Marcos Arcoverde/Estadão Conteúdo - 26.09.2013
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados arquivou na tarde desta quarta-feira, 30, a representação contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ),acusado pelo PSOL de ter agredido em setembro passado o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), durante visita das Comissões da Verdade da Casa e do Senado ao antigo prédio do DOI-Codi, no Rio de Janeiro. Com vídeos, Bolsonaro conseguiu convencer os colegas do Conselho de que foi impedido de entrar e que não deu um soco no senador.
 
O relator da representação, deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), pretendia colocar em votação um relatório pela admissibilidade da representação, mas Bolsonaro mostrou imagens onde ele aparece impedido de participar da visita, sendo hostilizado por manifestantes e trocando empurrões com o senador. Os deputados concluíram que o soco não ficou claro nas imagens e votaram, por 11 a 0, contra a representação.
 
O presidente do Conselho, Ricardo Izar (PSD-SP), disse que era favorável à representação para que a investigação do episódio fosse aprofundada. "Achava que tinha de haver a admissibilidade, mas acho que pelas provas, não ficou claro a agressão. Teve empurrões por todos os lados", comentou Izar.
 
Ao final, Bolsonaro disse que a representação não tinha "pé nem cabeça", que ele foi vítima de agressão e que ação do PSOL era "hipócrita". "São uns cascateiros que buscam fazer um estardalhaço junto à mídia. Perderam mais uma", declarou. "Estou me lixando para o PSOL, esse pessoal não tem moral", emendou. (Estadão)

Aécio desmancha discurso mentiroso de Lula e transforma Bolsa Família em programa de Estado.


Aécio-Neves
Possível adversário da presidente Dilma Rousseff nas eleições de 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) apresentou nesta quarta-feira (30) projeto de lei que transforma o Bolsa Família em um programa de Estado. Pela proposta, o benefício --que é a principal bandeira eleitoral da presidente-- seria incorporado à LOAS (Lei Orgânica de Assistência Social) para se tornar permanente, atrelado às políticas públicas de assistência social e erradicação da pobreza no país.
 
O projeto de Aécio é uma reação às declarações do ex-presidente Lula de que, se a oposição assumir o comando do país, poderá extinguir o Bolsa Família. Aécio disse que as famílias cadastradas no programa não podem conviver com o "terrorismo" de sua extinção, com ameaças feitas por aliados da presidente que desejam se "perpetuar no poder".
 
"Toda véspera de eleição, há sempre a tentativa de colocar o Bolsa Família como patrimônio de um partido ou de um governo. Não é. O Bolsa Família, a partir da aprovação desse projeto --que eu espero que ocorra com o apoio do PT, porque se não ocorrer esse apoio é porque querem eternizar a utilização política do programa-- queremos transformá-lo em uma política de Estado. Não há mais espaço para manipulação eleitoral de um programa importante", afirmou.
 
Aécio apresentou o projeto no dia em que o governo realizou solenidade para comemorar os dez anos do Bolsa Família, com a presença de Dilma e Lula. O tucano disse que sua maior homenagem aos beneficiários do Bolsa Família é "tirar-lhes o tormento, a angústia de serem atemorizados pela irresponsabilidade e leviandade de alguns que acham que seus adversários irão interromper o programa". (Folha Poder)

Lula, o nosso Bin Laden.

Pena que não tenha sido o Lula.
 
Em seu discurso de hoje, na comemoração aos 10 anos da Bolsa Família, Lula informou que, em uma conversa sobre a perspectiva de invasão do Iraque pelos EUA com o ex-presidente americano George W. Bush no final de 2002, disse: "Eu moro num país que fica a 14 mil km do Iraque. O Bin Laden nunca me fez nada. Minha guerra é contra a fome".
 
É óbvio que tal conversa nunca existiu. Foi forjada por Lula para se vangloriar em relação ao presidente da nação mais democrática do mundo. Lula mente muito. Lula é doutor honoris causa em mentira.
 
Bin Laden nunca fez nada ao Lula. Que pena! Que pena que não tenha feito a mesma coisa que fez contra os milhares de americanos. É o que um ser capaz de tanta vilania mereceria, ao tripudiar sobre milhares de inocentes assassinados.
 
É por esse ódio gratuito que ele manifesta sempre que pode que eu tenho asco do Lula. Difícil haver um ser tão desumano quanto ele. Talvez Bin Laden.

Haddad acusa equipe de Kassab de desviar R$ 500 milhões.

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A CGM (Controladoria Geral do Município), criada pelo prefeito Fernando Haddad, realiza na manhã desta quarta-feira uma megaoperação para prender ex-funcionários da administração de seu antecessor, Gilberto Kassab (PSD), que são acusados de promover um rombo estimado em até R$ 500 milhões na Prefeitura de São Paulo.
 
A operação é realizada em conjunto com agentes do Ministério Público de São Paulo, da Polícia Federal e da Polícia Civil. A suposta quadrilha teria atuado na Secretaria de Finanças, desde 2007. Haddad e o Ministério Público devem detalhar a operação ainda na manhã desta quarta-feira.
 
O potencial político dos fatos é explosivo: Kassab é aliado da presidente Dilma Rousseff, do mesmo PT de Haddad, e está engajado em sua reeleição. Ontem, a bancada de vereadores de seu partido, o PSD, se rebelou e votou contra o aumento de IPTU na cidade, num sinal de que, em São Paulo, os dois grupos podem caminhar para um rompimento. (Folha Poder)

Milhões de brasileiros recebem a Bolsa Família há 10 anos. Dilma, Lula e o PT, cinicamente, comemoram.

 
Hoje tem uma grande festa em Brasília para comemorar a eternização da pobreza para alguns milhões de brasileiros que recebem a Bolsa Família. Eles não tiveram, em 10 anos, nenhuma oportunidade para deixar a miséria, a não ser retirar o benefício no banco, a cada final de mês. Hoje 50 milhões de brasileiros dependem deste gesto para garantir a sobrevivência. Sem emprego digno, sem saúde organizada, sem expectativa de uma vida melhor e menos tutelada pelo Estado. Como sobre estes milhões sempre paira a ameaça, a cada nova eleição, de que se o PT não continuar no poder a Bolsa Família acabará, eles não reclamam e vão a cabresto para os locais de votação. Sustentados pela esmola oficial, sustentam o PT no poder. É isso que Lula e Dilma estão festejando hoje, debaixo das luzes das câmeras do João Santana, certamente com  a presença de alguns miseráveis que beijarão a mão do Lula e terão olhos marejados para Dilma... 
 
Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz
Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz 

Governo do PT não tem planos para atrair investimentos. Em compensação, entrega máquinas a prefeitos como nenhum outro no mundo.

 
Na foto, um prefeito recebe uma máquina para tapar buracos em grande cerimônia do PAC 2. Entregar estradas, pontes, rodovias e ferrovias, nem pensar. Obras paradas por todo o Brasil, em função da corrupção e da má gestão. Falta de projetos para novos investimentos. E, principalmente, a falta de confiança dos investidores num governo amador e politiqueiro, que pensa no poder antes de pensar no país.
 
Em reportagem publicada na edição do último domingo, O GLOBO constatou o despreparo e o amadorismo com que órgãos do governo federal executam missões de atrair potenciais investidores estrangeiros para projetos de infraestrutura no Brasil. As informações muitas vezes são genéricas e não raramente estão disponíveis apenas em português.
 
Diferentemente das empresas privadas ou até mesmo estatais, que realizam os chamados road shows ou se comunicam por teleconferência com analistas de investimento, o governo não se organiza de maneira adequada para "vender" no exterior os projetos de infraestrutura para os quais deseja atrair novos capitais.
 
Qual é a porta de entrada para esses projetos? A Associação Brasileira das Indústrias de Infraestrutura (Abdib) estima que a necessidade de investimentos em infraestrutura aumentará dos atuais R$ 200 bilhões para cerca de R$ 264 bilhões em três anos. Desses valores, o principal financiador desses projetos no país, o BNDES, teria condições de bancar algo como R$ 60 bilhões por ano. Assim, a maior parte dos recursos precisará vir de outras formas de financiamento, e, obviamente, diante da limitada poupança interna, o país terá de buscar capitais no exterior, de forma direta ou indireta.
 
Não há como fazer isso com amadorismo. O governo deve definir uma estratégia de comunicação com potenciais investidores e interessados, tal qual já fazem diversos outros países que se empenham na atração de capitais. Pouca adianta se a presidente Dilma ou seus ministros comparecem a encontros de representantes de investidores estrangeiros se não houver uma equipe técnica preparada para os desdobramentos.
 
A presença de altas autoridades nesses encontros sem dúvida serve de chamariz e dá aval para as mensagens que o governo deseja passar aos investidores. No entanto, se não houver na retaguarda quem possa tirar dúvidas ou dar respostas com rapidez às indagações dos potenciais investidores, o esforço inicial se perde, até porque existem muitos exemplos de outros países que têm feito esse trabalho de atração de capitais com comprovada eficiência.
 
Projetos de infraestrutura são de maturação de longo prazo. Além das análises macroeconômicas que avaliam as perspectivas do país, há uma série de questões específicas que precisam ser avaliadas, incluindo as de ordem jurídica.
 
A economia americana está começando a se recuperar. Embora ainda modestamente, têm surgido números que mostram economias europeias saindo da recessão após um longo período de crise. A competição por investimentos tende a ficar mais acirrada daqui para a frente. Se o Brasil não for eficiente nessa disputa, terá dificuldades para obter os financiamentos externos que precisa. A Abdid estima que para 2016 os projetos de infraestrutura precisarão de mais de R$ 260 bilhões, dos quais uma parte terá de vir necessariamente do exterior. (Editorial de O Globo)

Um Lula agressivo ameaça voltar em 2018. Com Rose ou sem Rose?

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, 29, em Brasília que a ex-ministra Marina Silva é "sombra" do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), assim como o ex-governador José Serra é a "sombra" do senador Aécio Neves (PSDB) na disputa pelo Palácio do Planalto, em 2014. "Eu já fui essa sombra (da presidente Dilma Rousseff), mas não sou mais. E, se encherem muito o meu saco, vou voltar em 2018", disse o petista em encontro com aliados. Não comentou se trará Rose de volta ou não. Rose, hoje, é a "sombra" de Lula.

Dilma joga culpa pela violência nas costas de Alckmin. E está funcionando.

Alckmin, como de praxe, apanhando quieto. Com 98% da população exigindo medidas mais duras contra a violência. Daqui a pouco será tarde demais.
 
Ao mesmo tempo em que escalou seu ministro da Justiça para discutir soluções para o vandalismo nos protestos com São Paulo e Rio, a presidente Dilma alfinetou o governo paulista e criticou a "violência contra a periferia". Seu secretário-geral, o ministro Gilberto Carvalho, defendeu por sua vez o diálogo com os "black blocs".
 
A estratégia de mão dupla é calculada. Desde que "tuitou" condenando "barbáries antidemocráticas" dos mascarados que agrediram o coronel da PM de São Paulo Reynaldo Simões Rossi, na sexta, Dilma vinha sendo cobrada nas redes sociais para que falasse sobre violência policial.
 
O assassinato de Douglas Rodrigues, 17, no domingo, gerou novos confrontos em São Paulo e acabou comentado no Twitter ontem por Dilma, que "lamentou a morte" e ofereceu condolências à família. Segundo ela, "assim como Douglas, milhares de outros jovens negros da periferia são vitimas cotidianas da violência". "A violência contra a periferia é a manifestação mais forte da desigualdade no Brasil", disse. O adolescente morto não era negro.
 
Para o PT, desalojar o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) é um dos objetivos principais nas eleições do ano que vem, e a política de segurança é alvo central.
 
DIÁLOGO
 
Já o secretário-geral Carvalho, responsável pela interface com movimentos sociais, afirmou que é preciso encontrar uma forma de dialogar com os "black blocs". "Trata-se de um fenômeno social que nós, para podermos ter uma atuação eficaz, temos de ter um diagnóstico mais preciso. A simples criminalização imediata, ela não vai resolver", disse.
 
Ele falou também sobre a violência na periferia. "Ela é muito mais complexa, agora tem misturado com toda essa questão do crime organizado, a questão dos 'black blocs'. Entendemos que não basta criminalizar essa juventude, precisamos entender até que ponto a cultura de violência já vivida na periferia já emigrou para esse tipo de ação." "Precisamos de alguma forma ter uma ponte, nós estamos buscando com muita força esse diálogo, para achar uma saída eficaz", disse ele.
 
Na outra ponta, o governo acenou para o eleitorado contrário à violência --o Datafolha mostrou no domingo que 95% dos paulistanos desaprovam os "black blocs". Para isso, José Eduardo Cardozo (Justiça) vai se reunir amanhã com os secretários Fernando Grella (SP) e José Maria Beltrame (RJ) para discutir ações conjuntas.  "Não significa reprimir liberdade de manifestação, mas análise de inteligência, investigar e aplicar punição da melhor forma possível às pessoas que transgridem a lei", afirmou Cardozo, que chegou a ser cotado para disputar o governo --no que foi preterido por Alexandre Padilha, ministro da Saúde.
 
Segundo Cardozo, Rio e São Paulo foram escolhidos porque são os locais onde os protestos "recorrentemente" acabam em vandalismo. Para ajudar a combater a série de protestos em São Paulo, homens da Polícia Rodoviária Federal do Rio serão removidos para reforçar a segurança na rodovia Fernão Dias. Cardozo não soube dar números e foi surpreendido pela informação de uma TV de que um sobrevoo de helicóptero de 90 km não encontrou nenhum carro de polícia. Ele quer discutir o caso com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal. (Folha de São Paulo)

Governo Dilma: uso vergonhoso da máquina pública

No Brasil do PT e da Dilma, em plena terça-feira, o Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior sai do trabalho para entregar máquinas agrícolas a prefeitos, no estado onde é candidato ao governo, em vez de dedicar seu tempo para vender estas mesmas máquinas a países importadores, que é o seu papel.
 
O déficit comercial do setor de máquinas e equipamentos (quando as importações superam as exportações), no acumulado de 2013, entre janeiro e agosto, chegou a US$ 13,85 bilhões, aumento de 20,2% sobre igual período do ano passado. Muito deste deficit é fruto da incompetência de Pimentel na gestão do ministério que deveria fazer promoção comercial em vez de promoção pessoal.
 
Estamos falando do petista Fernando Pimentel, que, hoje, representou a presidente Dilma Rousseff em cerimônia politiqueira e eleitoreira no Triângulo Mineiro. Para entregar máquinas. A visita do  candidato do PT ao governo de Minas aconteceu um dia após Aécio Neves (PSDB) visitar a região acompanhado do ex-ministro Pimenta da Veiga (PSDB), nome que deve concorrer com ele em Minas Gerais.

Nojinho de pobre, Dilma?

Dilma com nojo de pobre. Depois dessa, se você votou nela, pode limpar a mão.

Pesquisa: Aécio tem a menor rejeição e o maior potencial de crescimento.

Se as eleições fossem hoje, a presidente Dilma Rousseff (PT) venceria os adversários em todos os cenários, segundo pesquisa do Instituto Sensus feita entre os dias 17 e 21 de outubro em 136 municípios de cinco regiões do Brasil. O levantamento mostra, porém, que entre os eleitores que de fato conhecem os candidatos, a vantagem da petista diminui e quem mais cresce é o senador Aécio Neves (PSDB). O tucano é também o menos rejeitado entre os 2 mil eleitores pesquisados. Nesse quesito, o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) seria a pior opção do partido, por apresentar rejeição de quase metade dos entrevistados.

No primeiro cenário pesquisado, Dilma teria 40,2%, contra 18% do senador Aécio Neves e 10,6% do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Indecisos, votos brancos e nulos somaram 31,3%. A margem de erro do levantamento encomendado pelo PSDB é de 2,2%. Quando são avaliados os mesmos nomes, mas entre os 1.117 entrevistados que declararam conhecer os três, a preferência por Dilma cai para 33,5% e a por Aécio sobe para 19,2%. Já as intenções de voto em Eduardo Campos atingem 13,3%.
 
Quando a ex-senadora Marina Silva é o nome do PSB, Dilma tem 38,2% das intenções de voto, Marina 18,4% e Aécio 17,8%. Nesse cenário, entre os que declaram conhecê-los, Dilma cairia para 33,5%, Aécio subiria para 21,3% – uma diferença de 12,2 pontos percentuais – e Marina para 19,9%.
 
Se o nome do PDDB for José Serra, a presidente vence com 38,8% dos votos. Nesse cenário, o tucano paulista teria 18,6% e Eduardo Campos 13,3%. Considerando o conhecimento dos eleitores sobre os nomes, Dilma teria 32,5%, Campos 18,5 e Serra 18,1%. Ainda com Serra na disputa, mas contra Marina pelo PSB, Dilma teria 38,2% dos votos, seguida por Serra com 18,3% e a candidata do PSB com 18%.
 
Em um eventual segundo turno, Dilma também venceria, mas Aécio é o que tem o melhor desempenho no embate entre os adversários. Com o mineiro candidato, ele teria 27%, contra 45,2% da petista. Essa diferença cai quando são considerados apenas os que declaram conhecer os candidatos. Nesse caso, Dilma teria 41,7% contra 30,2% de Aécio – 11,5 pontos percentuais. Para o diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, os dados da comparação entre conhecimento e voto são importantes pois mostram uma tendência de votação. “Hoje, a maior tendência, com o desenvolvimento do tempo e das campanhas , é termos um segundo turno entre Dilma e Aécio”, prevê.
 
Outro ponto importante que o PSDB deve observar, segundo o responsável pelo levantamento, são os índices de rejeição. Nesse critério, 47,4% dos entrevistados afirmaram que não votariam de modo algum em José Serra. Em seguida aparece Eduardo Campos, com rejeição de 39,7%, e Marina Silva, de 39,4%. Na ponta estão Dilma Rousseff, rejeitada por 36,1% e Aécio Neves, por 34,6%. “A rejeição é um dos indicadores fundamentais da pesquisa, pois mostra um percentual do eleitorado que não votaria de jeito nenhum no candidato. Quem tem 40% ou mais está muito dificultoso no processo eleitoral”, afirmou Ricardo Guedes.
 
O pesquisador destacou que, além de Serra, Marina e Eduardo Campos aparecem com percentuais próximos de 40%. “Quem tem entre 36% e 38% de rejeição é mais fácil, pois temos que, de 100% do eleitorado, 20% vão para branco, nulo ou abstenção. Os 80% restantes, se dividirmos por dois, dá 40%. Então, quem tem 40% ou mais não passa para o segundo turno”, explicou. O levantamento Sensus avaliou também as preferências partidárias. Preferem o PT 17,3% dos entrevistados e o PSDB 7,6%. Sobre o governo Dilma Rousseff, 39,4% consideram o resultado positivo e 38,1% regular. Para 20,8% a gestão da petista é considerada negativa.
 
Empate
 
O senador Aécio Neves (PSDB) e a presidente Dilma Rousseff (PT) estão empatados na preferência dos eleitores do Espírito Santo para a sucessão presidencial em 2014. Segundo levantamento feito pela empresa Enquet, de Vitória, e publicado pelo jornal A Tribuna, Dilma tem 26,8% das intenções de voto, contra 26,5% de Aécio, uma diferença de 0,3 ponto percentual. O terceiro colocado nesse cenário, o governador do Pernambuco Eduardo Campos (PSB), aparece com 12,4% . Outros 14,4% responderam que votariam nulo ou em branco e 19,9% não souberam ou não opinaram. Quando o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB), é o candidato tucano, Dilma aparece no Espírito Santo com 27,5% contra 21,1% do rival. Nessa hipótese, Eduardo Campos tem 17,1%, brancos ou nulo 12,9% e não sabe ou não opinou 21,4%. Dilma apresenta também a maior rejeição naquele estado, com 40,1% dos entrevistados dizendo que não votariam nela. Foram ouvidas 1.400 pessoas. A margem de erro é 2,7% para mais ou para menos.(O Estado de Minas)

Mais de 1.500 médicos estrangeiros reprovados no Revalida estão clinicando no Mais Médicos. É a saúde do PT.

Dos 1.595 médicos formados no exterior que participaram da primeira fase do exame de revalidação do diploma, o Revalida, apenas 155 foram aprovados. Isso representa 9,72% do total. Eles já podem verificar o resultado da prova no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). A primeira fase, em agosto, teve provas objetiva e discursiva. A segunda fase medirá habilidades clínicas e será realizada em 30 de novembro, em Brasília. Os profissionais vão passar por simulações de atendimento médico. Para participar da próxima etapa, os aprovados deverão pagar uma taxa de R$300 até segunda-feira.
 
O exame é aplicado desde 2011 e sempre teve baixos índices de aprovação. Ao todo, segundo o Inep, 884 médicos formados no exterior passaram pelo Revalida em 2012, dos quais 77, ou 8,7%, foram aprovados.
 
Em 2011, dos 677 inscritos, 65, ou 9,6%, conseguiram revalidar o diploma. Quem tem o diploma revalidado pode trabalhar em todo o território nacional e não enfrenta as limitações impostas aos profissionais participantes do programa Mais Médicos. Pelo programa, o médico não precisa revalidar o diploma, mas só pode trabalhar no local indicado pelo Ministério da Saúde.

Escolinha da "nova política".

Segundo o Painel da Folha, a reunião entre a Rede e o PSB teve dinâmica sonhática, com regras pitorescas para organizar o debate. Em cada mesa, só podia falar aquele que estivesse segurando uma bolinha de tênis. Além disso, cartazes espalhados pela sala ensinavam: "O silêncio faz parte da conversa", "preparar mentalmente o que tem a dizer" e "falar apenas o necessário". Só faltou a palmatória fabricada com madeira certificada. E milhos sem transgênico no canto, para botar os desobedientes de castigo.

Leilão com um só concorrente e sem um centavo a mais no lance mínimo só pode ser definido com uma palavra: fracasso.

Ontem, Dilma Rousseff voltou a afirmar que o Leilão de Libra, a jóia da coroa foi um sucesso. Não foi. Só teve um concorrente, portanto não foi leilão, foi entrega pelo preço que este consórcio quis pagar. Não foi, porque o país não recebeu um centavo a mais do que o mínimo exigido. A presidente disse que o leilão foi um "sucesso". Ela chamou de "forte e eficiente" o consórcio formado por Petrobras, duas estatais chinesas e as europeias Shell e Total. "Competência tecnológica e recursos financeiros são a marca desse consórcio." Pelo menos no caso da Petrobras, as finanças não são um ponto forte. Dos chineses, espera-se uma tecnologia melhor do que os trilhos da Ferrovia Norte-Sul, comprados em 2007, que não suportaram o peso dos trens. E estão jogados no meio do mato, com prejuízo de mais de R$ 500 milhões para os cofres públicos.

PT desce o pau na Dilma.

Candidatos das correntes minoritárias do PT que disputam a presidência do partido criticaram ontem o governo Dilma Rousseff por ter utilizado tropas do Exército e da Força Nacional para fazer a segurança do leilão do campo de Libra do pré-sal, no Rio, na segunda-feira passada.

Os seis concorrentes ao comando petista participaram de debate em São Paulo quatro dias após um encontro acalorado realizado em Brasília. Na ocasião, diante de uma plateia exaltada, o presidente do partido, Rui Falcão, disse que parecia que a sigla fazia oposição ao governo.

No debate de ontem, sem a presença de claques, a maior fonte de críticas à Dilma foi o leilão de Libra. Ao defender a aproximação do PT com movimentos sociais, os candidatos Serge Goulart, Renato Simões, Markus Sokol e Valter Pomar atacaram o envio de tropas federais ao Rio.

Falcão, que concorre à reeleição com o apoio das principais correntes do PT, disse que é preciso "não mistificar" os movimentos e que apenas 400 pessoas foram protestar na porta do leilão, "uma mobilização pequena para a oposição que existia".

A Força Nacional usou bombas e balas de borracha no protesto contra o leilão. Sokol afirmou que a declaração de Falcão o "desqualificava" como dirigente do PT pelo "desprezo com os 400 manifestantes". Já Renato Simões qualificou o uso do Exército como "equívoco grave". (Folha de São Paulo)

PT defende Lula, PSDB defende FHC. Oportunística e bobamente, PSB-Rede quer defender ambos. Campos e Marina acham que isso é a "nova política".

Ontem os "green bloc" da Marina Silva e os "new green" do Eduardo Campos tentaram montar um programa de governo. Não avançaram uma linha na bobajada. Os primeiros são ambientalistas xiitas, os segundos fisiologistas desmamados. Chegaram a conclusão que devem defender Lula e FHC, ao mesmo tempo. Ora, isso o PT e o PSDB fazem com muita qualidade. O PT, então, até privatizando está.

Mas o mais absurdo é a tentativa de se aproximar do agronegócio, que Marina Silva chutou para longe. Eduardo Campos defendeu, ao final, a aproximação de Rede e PSB com o agronegócio, mas pregou que isso seja feito de uma maneira sustentável. "O mundo não quer comprar nada de quem não respeite os valores de que ele está em busca".  Errado, bobão. O mundo nunca comprou tanto produto agropecuário do Brasil. É bem assim como está que o mundo quer o agronegócio brasileiro, que é puro sucesso de produção e comercialização.

Minas fecha com Aécio para abrir 4 milhões de votos sobre Dilma.

O senador Aécio Neves (de camisa azul) ao lado do governador de Minas, Antonio Anastasia (à dir.), em evento em Uberlândia
Provável (apenas para a imprensa paulista e petista)candidato do PSDB à Presidência da República em 2014, o senador e presidente do partido, Aécio Neves (MG), afirmou nesta segunda-feira (28) que "está dada a largada para a grande vitória" em 2014.  O discurso foi feito em evento do PSDB em Uberlândia (556 km de Belo Horizonte), no qual o senador foi saudado como o candidato tucano ao Planalto por 10 das 11 lideranças estaduais do partido que usaram o palanque antes dele, como o ex-ministro Pimenta da Veiga, cotado para disputar o governo estadual no ano que vem.
 
"Estamos aqui hoje não nos reunindo para um projeto partidário, muito menos para um projeto de aliança política. Estamos aqui hoje reunidos em Uberlândia, a segunda capital de Minas, para dizer que nós queremos dar fim a este ciclo de governo [do PT] que tão mal vem fazendo ao Brasil, na fragilização de nossa economia e na capacidade de avançarmos nas conquistas sociais", disse Aécio.

Antes, o atual governador de Minas, Antonio Anastasia, defendeu o nome de Aécio para a sucessão de Dilma Rousseff. "É chegada a hora de Minas mostrar ao Brasil o que temos de melhor. Vamos com Aécio Neves à Presidência da República", disse Anastasia. Fora dos palanques, porém, Aécio tem dito, como fez também nesta segunda-feira, que o PSDB só vai se decidir sobre o nome do partido para a disputa da Presidência da República no ano que vem. Com Aécio, disputa a indicação dos tucanos(apenas para a imprensa paulista e petista) o ex-governador de São Paulo José Serra. (Informações da Folha)

FAT: R$ 7,2 bi de prejuízo. Em um ano, quase 50% do ágio do leilão do pré-sal.


Fila para pedir seguro-desemprego no Ministério do Trabalho, no Rio
Foto: O Globo/Arquivo
O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), fonte de recursos para o BNDES, o seguro-desemprego e o abono salarial (PIS), caminha cada vez mais rapidamente para um déficit recorde. A previsão é que o Fundo feche o ano com resultado negativo recorde de R$ 7,2 bilhões, o pior desde sua criação, em 1990, segundo fontes do Conselho Deliberativo do FAT. Em 2012, as contas fecharam com superávit de R$ 3 bilhões.
 
Para 2014, o déficit projetado chega a R$ 9,3 bilhões, mas poderá ser ainda maior, o que exigirá novos aportes do Tesouro, ou vai forçar redução do patrimônio do Fundo, que já está crescendo menos. Entre 2003 e 2012, o patrimônio avançou 10,1% ao ano, mas, em 2013, até agosto (último dado disponível), a alta foi de apenas 3,88%.
 
Uma análise das contas do Fundo nesse período mostra uma explosão das despesas, principalmente com seguro-desemprego e abono salarial. Enquanto as receitas do FAT (oriundas do PIS/Pasep recolhido pelas empresas) subiram 79,5%, de R$ 21,701 bilhões para R$ 38,954 bilhões (valores corrigidos pelo IPCA), os gastos com seguro-desemprego aumentaram 158,4%, passando de R$ 10,999 bilhões para R$ 28,424 bilhões. Com o abono, as despesas subiram 325,5%, de R$ 2,965 bilhões a R$ 12,617 bilhões. Os desembolsos com o seguro, até agosto deste ano, atingiram o montante de R$ 20,510 bilhões e, com o abono, R$ 7,735 bilhões.
 
O economista José Roberto Afonso, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, chama a atenção para as elevadas despesas, principalmente com o seguro-desemprego.— Quando temos debates com estrangeiros, há grande dificuldade para explicar por que o desemprego cai e os gastos com seguro-desemprego sobem. É igual jabuticaba, só tem no Brasil — disse. Especialistas destacam que as razões para a piora das contas incluem ganhos reais maiores do salário mínimo, rotatividade dos trabalhadores e até fraudes.
 
EXIGÊNCIA DE CURSOS
Para conter despesas, o governo começou a exigir, no fim de 2011, curso de qualificação para quem recorrer ao auxílio três vezes em dez anos, Semana passada, as regras para receber o benefício ficaram mais rígidas, e o pagamento do seguro foi condicionado à realização do curso de capacitação para quem requisitar o benefício duas vezes em dez anos. Os cursos são gratuitos (no Senai e Senac), do Pronatec, parceria entre os ministérios da Educação e do Trabalho.
 
Mas poucos trabalhadores conseguem se matricular nos cursos de formação, o que reduz os efeitos práticos da medida, já que o trabalhador não pode ser prejudicado. Segundo levantamento do Ministério do Trabalho, 7,7 milhões de trabalhadores receberam o seguro no ano passado e só 46.481 foram matriculados. Em 2013, de 5,7 milhões de trabalhadores beneficiados, só 50.803 apresentaram comprovante de matrícula. O Ministério da Educação disse ter recebido valor de R$ 195 milhões do Orçamento da União para remunerar as instituições de ensino, mas quem controla o andamento dos cursos e a frequência dos alunos são as próprias instituições.
 
Dados do Ministério do Trabalho revelam, ainda, que mais de um terço dos beneficiários do seguro-desemprego recorrem ao auxílio mais de duas vezes num prazo de dez anos. Entre 2002 e 2011, o benefício foi pago a 62,7 milhões de trabalhadores, sendo que 22.6 milhões pediram o benefício duas vezes, no mínimo, No período, 5,2 milhões de trabalhadores recorreram ao seguro três vezes; 1,4 milhão, quatro vezes; 67,9 mil por seis vezes e 5.6 mil por oito vezes.
 
Pelas regras do seguro-desemprego, a recusa por parte do trabalhador de outro emprego condizente com sua qualificação e remuneração anterior pode resultar no cancelamento do benefício, mas faltam funcionários treinados nas agências do Sistema Nacional de Emprego (Sine). Há também problemas com a exigência dos cursos de qualificação, a rede do Sistema S não está presente em todos os municípios brasileiros e, além disso, não existem vagas disponíveis. O Senai atende 2.700 municípios e o Senac, 3.154.
 
O Ministério da Educação informou que está tomando medidas para ampliar a oferta de curso aos trabalhadores, junto com o Ministério do Trabalho (MTE). A proposta é interligar a rede do Sine ao Sistema de Informações da Educação Profissional e Tecnologia (Sistec) para escolha dos cursos e matrícula. "Isso dará mais agilidade aos procedimentos de matrícula e permitirá ao MTE realizar o acompanhamento on-line da frequência dos alunos" informou a assessoria de imprensa do Ministério da Educação.
 
RECEITA COM OUTROS FINS
No início do ano, o Ministério do Trabalho, por orientação da Fazenda, limitou o reajuste do benefício com valor superior ao mínimo à correção pela inflação (INPC) e não mais pela adoção dos mesmos parâmetros do salário mínimo, com ganhos reais. A medida desagradou as centrais sindicais, mas o governo conseguiu adesão dos empresários no Conselho Deliberativo do FAT para manter a trava. No fim deste mês, haverá reunião extraordinária do Conselho para discutir soluções para o déficit.
 
Entre as causas da piora nas contas do FAT, estão os ganhos reais do salário mínimo que impactaram as despesas com o seguro-desemprego e com o abono, com ampliação do universo de trabalhadores beneficiados (renda de até dois salários mínimos). O FAT, por determinação da Constituição, repassa todo ano 40% das suas receitas ao BNDES. Além disso, o governo segura 20% da arrecadação, via Desvinculação de Receitas (DRU), para outras finalidades.
 
Para José Matias Pereira, professor de administração pública da Universidade de Brasília, não importa o tamanho do esforço do governo com medidas para reduzir ou controlar as despesas do FAT. É preciso, antes de tudo, combater inúmeros casos de fraude. — Há casos em que a pessoa encontra um emprego, mas pede para a carteira trabalho não ser assinada e assim não perder o seguro-desemprego. Há, ainda, aqueles que trabalham por algum tempo e, quando é possível voltar a receber o benefício, largam o emprego — ilustrou o professor da UnB.
 
O presidente da Comissão do Trabalho da Câmara dos Deputados, Roberto Santiago (PSD-SP), defende a redistribuição dos recursos do FAT. Ele observa que, se não houvesse a DRU, o FAT seria superavitário.— O governo precisa ter juízo e parar de usar o dinheiro do FAT, que é dos trabalhadores. (O Globo)

Messianismo e grupo "green bloc" dominam agenda de Marina.

marina-silva
De um lado, Marina Silva executando rituais com a militância, entre os quais sentá-los no chão, à sua frente, enquanto fala por duas horas sem parar, levando-os ao paroxismo. De outro lado, um seleto grupo que pratica o vandalismo político, destruindo qualquer aproximação da sua líder com a realidade do país: são verdadeiros green bloc, mais conhecidos como sonháticos. Formado pelo marido (aquele que continua cargo de confiança do PT no Acre) e ex-assessores no Ministério do Meio Ambiente, o pequeno comitê assusta os políticos identificados com a causa ambientalista.  Alfredo Sirkis, deputado do PV, agora no PSB, acha o grupo muito radical. Se o Sirkis acha isso... Leiam aqui matéria de O Globo.

Só falta Alckmin.

Aliados de Aécio Neves ( PSDB-MG ) pediram ao governador paulista Geraldo Alckmin que antecipe seu engajamento na pré-campanha do senador à Presidência. Cauteloso, Alckmin raramente acompanha o mineiro em suas visitas a São Paulo. Na conversa com o governador paulista, o grupo de Aécio argumentou que o PSDB precisa se unir imediatamente e levar sua candidatura presidencial às ruas, para evitar que Eduardo Campos (PSB) roube espaço no campo da oposição. (Painel da Folha)

"Socialismo do Século 21": Venezuela quebra e brasileiros pagam a conta.

Mulheres seguram rolos de papel higiênico em fila de supermercado de Caracas, nesta sexta-feira (17) (Foto: Jorge Silva/Reuters)
Depois de dar um calote oficial de U$ 5 bilhões na refinaria Abreu e Lima, deixando a Petrobras sozinha no empreendimento, o calote da Venezuela nas empresas brasileiras era mais do que anunciado. É o socialismo do Século XXI do PT, do Lula e da Dilma: o país vizinho quebra por gestão populista e eleitoreira e quem paga a conta são os brasileiros. A dívida da Venezuela, é claro, será embutida nos preços de quem levou o golpe. Uma vergonha. A matéria abaixo é da Folha de São Paulo.
 
Depois de estimular negócios com a Venezuela, o governo do Brasil agora cobra do país vizinho "calotes temporários" de exportações de empresas brasileiras feitas neste ano.  Em alguns casos, o atraso nos pagamentos de produtos vendidos ao mercado venezuelano, que vive um momento de escassez, chega a quatro meses.  A situação já preocupa os empresários brasileiros, especialmente os que começaram a negociar mais recentemente com a Venezuela, e levou o governo a enviar uma missão ao país para tentar solucionar o problema.
 
Na segunda-feira passada, o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) e o assessor especial da presidente para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, viajaram a Caracas para conversar com autoridades venezuelanas sobre os atrasos, segundo apurou a Folha. Oficialmente, a missão brasileira teve como objetivo reforçar a disposição brasileira de ajudar o parceiro comercial a superar sua crise de abastecimento, mas os pagamentos atrasados foram um dos temas principais.
 
Nesta semana, a Venezuela informou que terá de importar 400 mil toneladas de alimentos de países latino-americanos em novembro e dezembro, sendo que 80 mil toneladas de carne e grãos virão do Brasil. O calote temporário está sendo provocado principalmente pela crise econômica na Venezuela, que faz o governo local exercer forte controle sobre a saída de dólares, o que tem atrasado o pagamento de suas importações.
 
O total dos pagamentos em atraso não é revelado, mas o montante em jogo é significativo: o Brasil exportou para a Venezuela US$ 3,1 bilhões até setembro. Segundo um empresário ouvido reservadamente, o maior problema está na exportação de alimentos, setor que recebeu estímulo do governo brasileiro para aumentar as vendas à Venezuela diante do quadro de escassez.
 
A Folha apurou que os atrasos no pagamento de exportações de carnes bovinas e de frango estão na casa de quatro meses. Até setembro, as vendas destes produtos à Venezuela somaram US$ 737 milhões. A BR Foods e a JBS são algumas das empresas que exportam para lá. Há um histórico de atrasos. Eles, entretanto, nunca foram tão grandes. O problema começou com o setor de construção pesada.
 
Neste ano, representantes das empreiteiras reclamaram às autoridades venezuelanas e os pagamentos, que estavam suspensos, foram parcialmente retomados. A Odebrecht, que possui obras importantes no país, como as do metrô de Caracas, já enfrentou problemas no passado recente.
 
A relação Brasil/Venezuela ganhou impulso no governo de Luiz Inácio Lula da Silva e seguiu no mesmo ritmo no de Dilma Rousseff, estimulando parcerias e defendendo politicamente a administração de Hugo Chávez (1954-2013) e de seu sucessor Nicolás Maduro. Parcerias que nem sempre foram bem-sucedidas, como a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. O negócio era para ser uma sociedade entre a Petrobras e a venezuelana PDVSA, que até hoje não colocou dinheiro no projeto.
 
VIÉS
Casos como esse levaram críticos da oposição a apontar o viés ideológico do favorecimento à Venezuela. Lula e Chávez foram expoentes da guinada à esquerda na América Latina nos anos 2000.A Venezuela inclusive foi integrada ao Mercosul justamente quando o país que se opunha à sua entrada, o Paraguai, estava suspenso do bloco aduaneiro.
 
Em 2012, as exportações brasileiras para a Venezuela foram de US$ 5 bilhões. Este ano, apesar das vendas totais à Venezuela terem caído 17%, os cinco principais produtos exportados pelo Brasil cresceram quase 30%. São produtos essenciais em tempos de crise de abastecimento: carne bovina, bois vivos, carne de frango, açúcar e medicamentos. Produtos como preparação para elaboração de bebidas também deram um salto de 93%. Uma crise com os fornecedores brasileiros não interessa aos venezuelanos, já que o Brasil é o quarto principal fornecedor, atrás de EUA, China e Reino Unido. No ano passado, o país forneceu quase 10% de tudo o que a Venezuela comprou.

Ombudsman da Folha ataca Reinaldo Azevedo.

O assunto do dia foi o ataque gratuito da ombudsman da Folha, Suzana Singer, contra o novo colunista do jornal, Reinaldo Azevedo. Leiam aqui. Reinaldo respondeu à altura. Cliquem aqui para ler. Para manifestações a respeito, enviem e-mails para leitor@uol.com.br O irmão da ombudsman é o colunista da Folha, André Singer, que foi porta-voz de Lula. Na sua coluna de estreia, em 10 de novembro de 2012, o irmão da ombudsman vibrou de forma incontida com a eleição de Haddad, em São Paulo. Suzana não achou ruim.

Quanto amadorismo desta senhora que um dia quebrou até lojinha de R$ 1,99.

Dilma, um governo completamente fora da realidade.
 
Um empresário do setor portuário dos Estados Unidos procurou este ano a embaixada brasileira em Washington em busca de informações sobre o plano de investimento do governo para a área. Recebeu a orientação para visitar o site da Secretaria dos Portos, mas achou apenas uma apresentação em português. Falta de traduções, erros de informação, improvisação e muito amadorismo nos contatos profissionais têm marcado a tentativa do governo de atrair investimentos estrangeiros para projetos de infraestrutura no Brasil.
 
Ao empresário americano, não restou outra opção a não ser pagar um representante para viajar ao Brasil. Mas, até agora, ele não conseguiu o sinal verde para instalar seu projeto de um terminal de uso privativo. Num momento em que o autoridades do governo viajam por Ásia, América do Norte e Europa oferecendo investimentos de quase R$ 500 bilhões, os empresários estrangeiros reclamam da qualidade do marketing brasileiro e da falta de profissionalismo nos projetos.
 
Mesmo para uma experiência relativamente bem-sucedida em atrair investimento externo, como no caso do leilão do campo de petróleo de Libra, que contou com participação de chineses, anglo-holandeses e franceses, não era possível encontrar até a sexta-feira passada — ou seja, quatro dias após a licitação — informações em inglês sobre o resultado do evento no site oficial em língua inglesa da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o www.brasil-rounds.gov.br.
 
Para Marcelo Torto, analista-chefe Ativa Corretora, o interesse de estrangeiros na área de Libra foi “surpreendente”, diante do ambiente de insegurança jurídica que cerca as concessões no país:— O governo tem trabalhado em um esquema de tentativa e erro nas concessões de infraestrutura. Se um edital não atrai a atenção, remodelam uma coisa ou outra depois de já terem publicado as regras.
 
Não há uma autoridade que responda pelas ações de atração de investimentos em infraestrutura em geral. Procurada, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) informa que só cuida de investimentos de foco comercial e industrial, não de eventos datados. A assessoria de comunicação da Casa Civil direcionou as perguntas do GLOBO sobre o funcionamento dos road shows ao Ministério da Fazenda, que se limitou a traçar um cenário macroeconômico.
 
Com esta estratégia, o governo deixou escapar investidores privados do leilão de Libra — como as empresas americanas — e teve de prorrogar mais uma vez o edital do Trem de Alta Velocidade (TAV). Apesar da aceleração dos investimentos diretos estrangeiros no últimos anos, o Banco Central acaba de revisar para baixo a projeção deste ano, de US$ 65 bilhões para US$ 60 bilhões — menor que do ano passado.
 
Sem retarguarda técnica nas apresentações
Nos bastidores, técnicos da equipe econômica admitem que o governo tem uma estratégia confusa na comunicação com investidores estrangeiros. No último road show, em Nova York, do qual até a presidente Dilma Rousseff participou, só houve discursos do alto escalão, mais genéricos. Faltaram encontros de técnicos com interessados nos projetos. — Sempre tem de existir uma retaguarda técnica que detalha e tira dúvidas. Isso não aconteceu no último road show — disse um técnico.
 
Ele admite que técnicos do governo têm contato próximo com os empresários nacionais, mas o mesmo não acontece no âmbito internacional. Indagados, Casa Civil e Fazenda não responderam.Segundo técnicos que já participaram de road shows, o governo precisaria incluir nas viagens mais representantes de ministérios e de agências reguladoras, conhecedores dos projetos.— O governo acha que basta dizer que o Brasil tem potencial para que o estrangeiro venha colocar seu dinheiro aqui, mas não é bem assim. Não adianta ficar só falando o que é que a baiana tem. Isso é uma ingenuidade — disse uma fonte que acompanhou road shows de perto.
 
Atraso de 40 minutos em ‘road show’
O Secretário de Política Econômica da Fazenda, Marcio Holland, disse que o governo tem ampla e regular agenda de reuniões com o setor privado doméstico e estrangeiro, nas quais são detalhados os cenários econômicos, o funcionamento de nossos mercados e os incentivos creditícios e tributários.— O Brasil tem se mostrado bastante atrativo ao investimento estrangeiro direto, tanto que nos últimos dois anos recebeu mais de US$ 60 bilhões por ano, ficando entre os cinco maiores destinos do mundo e, este ano, deve ficar também em torno de US$ 60 bilhões.
 
O consultor americano Mark Cowan, da Cowan Strategies, relata que costuma ver no exterior agentes a serviço de países como China, Equador e Colômbia, mas diz que o Brasil é um dos poucos que não contrata representantes para fazer esse tipo de contato, em que se obtém mais comprometimento dos parceiros do que em road shows. — É como viajar: você não vai a Aruba só pelo anúncio. É algo pessoal, que alguém tem de te convencer. O mesmo ocorre com investimentos. As pessoas e instituições não vão investir porque o governo anuncia as oportunidades, mas se tiverem um contato pessoal — disse Cowan.
 
Uma fonte que acompanha os road shows brasileiros lembra que não são raros os casos em que o estrangeiro pede detalhes sobre um projeto, conta, e o governo brasileiro apresenta informações defasadas ou responde: “estará no edital”.Recentemente, em reuniões com americanos, um dos encarregados de “vender” o Brasil lá fora disse que o país desejava ter mais investidores com o perfil dos que aplicam em fundos de pensão de sindicatos dos EUA. Ele desconhecia, porém, que a maioria é impedida por uma lei americana (Taft-Hartley Act) de investir cifras significativas fora do país.
 
Outra reclamação é a displicência com que as autoridades tratam o potencial investidor. No último road show, em Nova York, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou com 40 minutos de atraso. Neste período, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, improvisou uma fala no palco organizado pelo Goldman Sachs. Em outra ocasião, o governo cancelou um road show no Canadá poucos dias antes de sua realização e até hoje não remarcou o evento.
 
O descompasso entre os editais e a realidade é outro aspecto que espanta interessados. Como ocorreu nos editais das concessões rodoviárias, nos quais o governo supõe uma taxa básica de juro (Selic) em 7,5% — hoje a taxa já está em 9,5% — e considerações como a de que a crise financeira mundial está intensa.— Nos editais de países desenvolvidos coisas desse tipo não ocorrem. O estrangeiro tem medo de vir para o Brasil — afirma Torto. (O Globo)

Operação Cavalo de Tróia.

Segundo o Painel da Folha, depois do curto-circuito com o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), Eduardo Campos (PSB) se dedicou nas últimas semanas a reconstruir as pontes com representantes do agronegócio nacional.
 
O governador de Pernambuco conta, para isso, com os ex-ministros da Agricultura Roberto Rodrigues (de Lula) e Pratini de Moraes (gestão FHC). Campos avisou antes a Marina Silva que faria o aceno aos ruralistas, com os quais perdeu pontos por não rebater o veto da nova aliada a Caiado.
 
Aliados do pernambucano que procuraram a bancada ruralista justificaram suas declarações sobre Caiado pelo timing, logo após a aliança com Marina. "Não dava para desautorizar a noiva no dia do casamento", diz um cacique do PSB.
 
Um cenário em estudo para acalmar Caiado prevê que o presidente do PSB goiano, Vanderlan Cardoso, concorra ao Senado ou a deputado federal e apoie o líder do DEM para o governo. É bom lembrar que nem tudo o que é bom para o Caiado é bom para o Agro. E que esta disfarçada e cínica operação Cavalo de Tróia traz uma Marina Silva dentro do bicho.

Depois de privatizar aeroportos e pré-sal, PT quer distância do tema em 2014.

O bilionário leilão para exploração de petróleo no campo de Libra esquentou o debate sobre privatizações e o papel do Estado na economia. Mas, ao contrário do que ocorreu em 2010 e 2006, o PT dificilmente colocará o assunto no centro da disputa eleitoral do ano que vem.
 
A opinião é compartilhada por dois personagens da órbita petista que lidam com o tema a partir de diferentes ângulos: um alto dirigente do partido e um técnico especializado no setor de energia. Para o vice-presidente nacional do PT, Alberto Cantalice, faz pouco sentido para a sigla insistir no tema em 2014 porque "a população colocou novas pautas" no debate a partir dos protestos de junho. "Além disso, tem uma geração aí que não viveu aquele período dos anos 90 em que as privatizações significavam desnacionalização do patrimônio público, quando entregavam o controle absoluto das estatais à iniciativa privada."
 
O físico Luiz Pinguelli Rosa, presidente da Eletrobrás no governo Lula, concorda que o tema não terá o mesmo apelo. Mas por outra razão: "Dessa vez vai ser menos presente porque a presidente Dilma [Rousseff]está fazendo todas essas concessões de aeroportos, portos..." Conforme esse raciocínio, as políticas adotadas pelo governo não permitirão mais que a propaganda petista trate do assunto com tanta desenvoltura.
 
O consórcio de Libra, por exemplo, é liderado pela Petrobras com 40%. Mas quatro estrangeiras ficaram com os outros 60%. A anglo-holandesa Shell e a francesa Total têm 20% cada. As chinesas CNPC e CNOOC ficaram com 10% cada. Um indício de como será o discurso petista foi o pronunciamento de Dilma na TV. Após dizer que 85% de toda a renda a ser produzida "vão pertencer ao Estado brasileiro e à Petrobras", fez questão de ressaltar: "Isso é bem diferente de privatização". (Informações da Folha)

Nordeste: na pior seca em 50 anos, Dilma não entrega nem as cisternas, quanto mais a Transposição do São Francisco.

O governo Dilma Rousseff não cumpriu nem metade da meta de entregar 130 mil cisternas até julho aos atingidos pela seca no Nordeste. Dos reservatórios de água prometidos pela presidente no dia 2 de abril, em evento com sete governadores em Fortaleza (Ceará), 59 mil foram entregues no prazo. A ideia de acelerar a entrega de cisternas até meados do ano tem um motivo climático. É nesse período que se encerra a época de chuvas --ainda que escassas-- na região do semiárido.  Os moradores que receberam as cisternas no prazo e tiveram a sorte de contar com alguma chuva conseguiram armazenar essa água para enfrentar mais um período de meses de estiagem.
 
O Ministério da Integração Nacional coordena o programa. As cisternas são compradas e levadas aos municípios, onde empresas locais cuidam da instalação. Além da meta de 130 mil até julho, Dilma falava em 240 mil até dezembro e um total de 750 mil até o final do de 2014, ano eleitoral.  De abril até agora, segundo o governo federal, 125 mil reservatórios foram entregues e o governo federal gastou R$ 437 milhões na aquisição das cisternas.
 
Em municípios do interior do Ceará, como Acopiara (a 355 km de Fortaleza) e Canindé (a 118 km da capital), as cisternas de polietileno já se integraram à paisagem local: elas se acumulam em depósitos a céu aberto à espera de instalação. Moradores da região se cadastraram desde o início do ano para recebê-las. Sem os reservatórios, eles não podem nem armazenar água dos carros-pipa. A única alternativa é, diariamente, encher baldes nos poucos açudes que ainda não secaram.
 
Quem já recebeu as cisternas também enfrenta problemas. A Folha encontrou residências com equipamentos entregues há meses, mas que ainda não foram instalados. A agricultora Silvana de Araújo, 38, de Acopiara, afirma que o reservatório foi deixado em seu quintal há quatro meses, sob a promessa de uma instalação rápida. Até agora está parado. Ela, o marido e os cinco filhos bebem a água de açude. Em Canindé, o aposentado Mozar Cruz, 65, recebeu só no início deste mês a sua cisterna. Mas ele diz ter pago um carro-pipa particular para enchê-la porque a água dos carros do Exército é pouca. "Não dá pra todo mundo", diz.
 
A promessa das cisternas faz parte de um pacote de medidas contra a seca anunciadas em abril pela presidente. O governo resolveu priorizar as cisternas de polietileno sob o argumento da rapidez na instalação, em vez de reservatórios com placas de cimento, que continuam a ser feitos em menor escala. Isso apesar de serem mais caras --custam R$ 5.000 a unidade, enquanto as de placa saem por cerca de R$ 2.200.
 
As organizações não governamentais que participavam da produção das cisternas de placa, porém, passaram a levantar dúvidas sobre a durabilidade do novo tipo. O governo federal argumenta que o polietileno é resistente ao calor e que o reservatório tem vida útil média de 35 anos. A lentidão não afeta somente a instalação das cisternas: em junho, reportagem da Folha mostrou que as ações estão demorando a chegar a moradores afetados. Houve atraso, por exemplo, na entrega de milho subsidiado e na liberação de verbas para perfuração de poços. (Folha de São Paulo)

Aécio segue carregando a mala...

O senador Aécio Neves (PSDB) disse ontem em Presidente Prudente (558 km de São Paulo) que fez um "esforço pessoal" para que o ex-governador de SP José Serra permanecesse no partido. "Quero, com toda a sinceridade, dizer que acho extremamente positivo que Serra esteja nos quadros do PSDB pela sua qualificação." Aécio disse ainda que irá respeitar o ex-governador e que "onde estiver, Serra estará com sua qualificação nos ajudando". O senador não comentou suas pretensões eleitorais e disse que a chapa será anunciada até março de 2014. O encontro reuniu mais de 800 pessoas no auditório das Faculdades Integradas Antônio Eufrásio de Toledo. Entre as autoridades presentes estava o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira Filho. (Folha de São Paulo)

Dilma e PT sangram a Petrobras com aparelhamento, gestão temerária e endividamento. Gasolina vai subir e povo vai pagar a conta.

A produção estagnada aliada a preços defasados em relação ao mercado internacional, em um momento de forte demanda que leva a mais importações, encolheu o lucro da Petrobras. De julho a setembro, a Petrobras teve lucro de R$ 3,4 bilhões, 39% abaixo do registrado há um ano e 45% menor do que no trimestre anterior. O resultado ficou bem abaixo das expectativas de analistas, cuja previsão mais pessimista girava em torno dos R$ 4,5 bilhões. No terceiro trimestre, a estatal aumentou seu endividamento, colocando em risco o seu grau de investimento.
 
"Na segunda-feira as ações vão despencar. Isso é reflexo do impacto da valorização de 10% do dólar sobre o real somado a maiores importações a preços menores do que vende aqui dentro", afirmou o economista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi. Em carta aos investidores, a presidente da empresa, Graça Foster, também cita a defasagem de preços e o câmbio como o principais vilões da queda do lucro. Ela acrescenta que a empresa encontrou mais poços secos do que o esperado e não conseguiu vender tantos ativos como no segundo trimestre deste ano. "A forte depreciação do real verificada desde maio de 2013, chegando a 22% de desvalorização, fez com que a defasagem voltasse a crescer nos últimos meses", afirmou Graça no comunicado.
 
Nos últimos 16 meses, houve quatro ajustes de preços do diesel e da gasolina, totalizando alta de 21,9% e 14,9%, respectivamente, insuficientes para reduzir as perdas com as defasagens dos preços, na comparação com o mercado internacional. Para solucionar esse impacto constante no fluxo de caixa da companhia, Graça informou que apresentou ontem ao conselho de administração uma metodologia de precificação para que se tenha maior previsibilidade do alinhamento dos preços domésticos do diesel e da gasolina aos preços internacionais. Ela não deu detalhes sobre o método.
 
Por causa dos pesados investimentos da empresa em quase mil projetos, a disponibilidade de caixa da companhia despencou de R$ 72,7 bilhões no segundo trimestre para R$ 57,8 bilhões. Por outro lado, o endividamento cresceu em relação ao patrimônio líquido, ultrapassando o limite de 35% estipulado pela própria Petrobras, e atingindo 36%, o que pode levar a uma nova revisão do grau de investimento da Petrobras, considerada atualmente uma das empresas mais endividadas do mundo. (Folha de São Paulo)

Serra e Aécio no congresso dos prefeitos paulistas.

Aécio Neves na chegada a São José do Rio Preto, para participar do encerramento do VII Congresso de Municípios do Noroeste Paulista, em Olímpia (Foto: Giorge Gianni)
Aécio chega ao 7.º Congresso de Municípios do Noroeste Paulista, em São José do Rio Preto
 
Dois dias antes de Aécio Neves (PSDB-MG), José Serra (PSDB-MG) chegou de surpresa acompanhado apenas de um segurança e uma secretária.
 
Aécio foi o convidado de honra e chegou acompanhado do senador Aloysio Nunes, do  presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Samuel Moreira, do líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio, do presidente estadual do PSDB, Duarte Nogueira, além de três secretários do governador Geraldo Alckmin - José Aníbal (Energia), Bruno Covas (Meio Ambiente) e Julio Semeghini (Planejamento). Alckmin chegou a articular sua participação, mas desistiu para não melindrar Serra.
 
As informações são do Estadão, o mais serrista e anti-aecista dos jornais. Depois dizem que este Blog pega no pé do Serra.

O vice ideal.


Todas as pesquisas internas do PSDB indicam que o vice de Aécio Neves deve ser paulista. E que não deve ser José Serra. PT planta que Serra é imbatível em São Paulo. O Painel da Folha, que vive de fofocas e offs, fala em Dilmalckmin, para atacar Aécio Neves, justamente quando ele está com agenda em São Paulo. O mineiro, a meu ver, está sendo recebido pelo seu vice natural. O nome dele é Aloysio Nunes, senador por São Paulo, fenômeno em votação nas eleições de 2010.

Dinheiro da Bolsa Família é maior que repasse federal em 8% das prefeituras brasileiras. Bônus do programa fica para Dilma, ônus fica para prefeitos.

Centenas de pessoas se aglomeraram na porta da sede maceioense do Bolsa Família (Foto: Henrique Pereira/ G1)
Em 457 cidades brasileiras o dinheiro repassado para o Bolsa Família já supera a receita obtida com o Fundo de Participação dos Municípios, principal fonte de recursos de pequenas prefeituras. A maioria dos casos (435) está nas regiões Norte e Nordeste do país. O dinheiro do programa de transferência de renda cai diretamente na conta das famílias beneficiadas, enquanto os recursos do FPM, composto pela receita de impostos como o IPI e o Imposto de Renda, entra no caixa da prefeitura e é usado basicamente para o custeio, com pagamento de funcionários.
 
Para o presidente da Confederação Nacional de Municípios, Paulo Ziulkoski, o programa de transferência de renda impõe responsabilidades às prefeituras sem prever o custeio completo dessas ações. Para receber o Bolsa Família, o beneficiário precisa cumprir condições, como deixar em dia a vacinação dos filhos e manter a frequência escolar de crianças e adolescentes em ao menos 85%. As prefeituras atuam principalmente na fiscalização desses requisitos, no cadastramento e no acompanhamento das famílias.
 
"O município é chamado para executar tudo. Gasta mais em pessoal para atender todo o cadastramento, cruzar informações de evasão escolar, cobertura de vacinação. Isso é carro, pessoal, diárias, papel e ninguém calcula isso", afirma Ziulkoski. Neste ano, o governo federal repassou R$ 250 milhões às prefeituras para apoiar a gestão do programa. Ziulkoski afirma que o Bolsa Família amenizou a dependência da população mais pobre das prefeituras no interior, mas diz que a injeção de recursos do benefício e o estímulo à economia local não incrementaram a arrecadação dos municípios. A grande informalidade no comércio em localidades pequenas é uma das causas. Ele afirma que a maioria das cidades têm no Fundo de Participação quase metade de suas fontes de receitas.
 
A professora de economia da Universidade Federal de Pernambuco Tatiane Menezes afirma que o aumento da renda gerado pelos repasses do Bolsa Família gera maior demanda por serviços públicos, mas isso ocorre sem que os municípios tenham melhorado sua saúde financeira. "Há ganho de bem-estar para a população. Mas acaba trazendo mais gastos para a prefeitura, que tem que ver médico, iluminação, segurança. É bom para a cidade, mas não tão bom para a prefeitura, que não tem muitas fontes de arrecadação", diz. (Informações Folha de São Paulo)

São Paulo sitiada: black bloc espanca comandante da PM chuchu.

Manifestantes agridem e roubam arma do coronel Reynaldo Rossi durante confronto no Terminal D. Pedro, no Centro (Foto: Iacio Teixeira/Coperphoto/Estadão Conteúdo)
O coronel da Polícia Militar de São Paulo Reynaldo Simões Rossi, comandante da região central da capital, foi espancado na noite de ontem por um grupo de cerca de dez manifestantes mascarados, adeptos à tática "black bloc". O policial, integrante da cúpula da PM, teve a clavícula quebrada e sofreu cortes no rosto e na cabeça. Ele foi levado para o Hospital das Clínicas, onde permanecia em observação até a conclusão desta edição. Até o início da madrugada, a polícia tentava identificar os agressores.
 
A agressão ocorreu na entrada terminal de ônibus Parque D. Pedro, o maior da capital, durante um protesto organizado pelo MPL (Movimento Passe Livre) que reuniu cerca de 3.000 pessoas na região central, segundo a PM. O comandante foi atacado logo depois de parte dos manifestantes iniciar a depredação do terminal. Caixas eletrônicos e catracas que dão acesso ao local foram quebrados. Um ônibus foi parcialmente incendiado.
 
Em meio ao tumulto, um grupo de mascarados cercou o comandante e passou a agredi-lo com socos e pontapés. Ele foi derrubado, mas conseguiu se levantar. Neste momento, um dos mascarados golpeou o policial na cabeça usando uma placa de ferro. O coronel foi socorrido por um policial disfarçado, que afastou os agressores com uma arma em punho.
 
Amparado por colegas, ele seguiu andando até um carro da PM, que o levou para o Hospital Clínicas. No banco de trás, fez um apelo aos gritos a um subordinado que ficou no local. "Segura a tropa, não deixa a tropa perder a cabeça". A arma e o rádio de comunicação dele desapareceram.
 
INTERLOCUTOR
 
Responsável pelo policiamento do centro, ele acompanhava a manifestação a alguns metros de distância. Ontem, a operação estava a cargo do tenente-coronel Wagner Rodrigues. Rossi é um oficial conhecido na corporação como "operacional". Gosta de comandar seus homens na rua e não apenas de sua sala, comportamento incomum entre oficiais de sua patente. Parte de sua carreira foi construída em unidades de elite da polícia, como o Choque e COE (operações especiais). É tido como bom negociador em situações de reféns. Nos protestos deste ano, muitas vezes sentou-se no chão para dialogar com o organizadores de protestos.(Folha de São Paulo)