Em 457 cidades brasileiras o dinheiro repassado para o Bolsa Família já
supera a receita obtida com o Fundo de Participação dos Municípios, principal
fonte de recursos de pequenas prefeituras. A maioria dos casos (435) está nas regiões Norte e Nordeste do país. O dinheiro do programa de transferência de renda cai diretamente na conta das
famílias beneficiadas, enquanto os recursos do FPM, composto pela receita de
impostos como o IPI e o Imposto de Renda, entra no caixa da prefeitura e é usado
basicamente para o custeio, com pagamento de funcionários.
Para o presidente da Confederação Nacional de Municípios, Paulo Ziulkoski, o
programa de transferência de renda impõe responsabilidades às prefeituras sem
prever o custeio completo dessas ações. Para receber o Bolsa Família, o beneficiário precisa cumprir condições, como
deixar em dia a vacinação dos filhos e manter a frequência escolar de crianças e
adolescentes em ao menos 85%. As prefeituras atuam principalmente na fiscalização desses requisitos, no
cadastramento e no acompanhamento das famílias.
"O município é chamado para executar tudo. Gasta mais em pessoal para atender
todo o cadastramento, cruzar informações de evasão escolar, cobertura de
vacinação. Isso é carro, pessoal, diárias, papel e ninguém calcula isso", afirma
Ziulkoski. Neste ano, o governo federal repassou R$ 250 milhões às prefeituras para
apoiar a gestão do programa. Ziulkoski afirma que o Bolsa Família amenizou a dependência da população mais
pobre das prefeituras no interior, mas diz que a injeção de recursos do
benefício e o estímulo à economia local não incrementaram a arrecadação dos
municípios. A grande informalidade no comércio em localidades pequenas é uma das causas. Ele afirma que a maioria das cidades têm no Fundo de Participação quase
metade de suas fontes de receitas.
A professora de economia da Universidade Federal de Pernambuco Tatiane
Menezes afirma que o aumento da renda gerado pelos repasses do Bolsa Família
gera maior demanda por serviços públicos, mas isso ocorre sem que os municípios
tenham melhorado sua saúde financeira. "Há ganho de bem-estar para a população. Mas acaba trazendo mais gastos para
a prefeitura, que tem que ver médico, iluminação, segurança. É bom para a
cidade, mas não tão bom para a prefeitura, que não tem muitas fontes de
arrecadação", diz. (Informações Folha de São Paulo)
4 comentários
e ainda querem criar mais de 100 novos municípios!!!!
Replyha lugar que só tem uma rua principal e tem prefeito...
se tem prefeito tem assessor, tem vereador, tem secretario disso e daquilo...
eh uma festa essepaiz...
Não basta deixar em dia a vacinação dos filhos e manter a frequência escolar de crianças e adolescentes em ao menos 85%, nem exigir responsabilidade somente às prefeituras.
ReplyEstá mais que na hora de exigir a RESPONSABILIDADE dos genitores, porque criança não nasce em arvore.
Nesse pais de M... onde o social significa políticos pensando neles, bolsa famílias pensando neles e nós, os idiotas, trabalhando para ambos.
Até quando?
eh isso ai, pros prefeitim nao sobrou mais nada, nem inauguração de creche...
Replya madamA tomou todos os espaços...
inaugura calçamento de viela, entrega patrola, pá, enxada e faz ate inauguração de barraca de feira...
para os prefeitim puxa-saco so sobrou a conta para pagar...
bem feito...
CEL,
ReplyChora PeTralhada, chora, seu dia está chegando!
Índio Tonto/SP