O oficial de inteligência Nery Kluwe, ex-presidente da Asbin (Associação dos Servidores da Abin), vai ajuizar na Justiça Federal em Brasília, na próxima terça-feira, nova ação popular pedindo que a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) restitua aos cofres públicos os R$ 381 mil gastos na Operação Satiagraha, coordenada pela Polícia Federal.Kluwe argumenta que houve desvio de finalidade da agência ao atuar com a PF na investigação que apura crimes financeiros atribuídos ao banqueiro Daniel Dantas, do Grupo Opportunity. Uma primeira ação, com a mesma finalidade, foi apresentada ao STF (Supremo Tribunal Federal), mas indeferida neste mês pelo ministro Ricardo Lewandowski, que considerou o tribunal "incompetente para processar e julgar ação constitucional".O araponga vai pedir também que o delegado Paulo Lacerda, ex-diretor da Abin, seja responsabilizado com o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Jorge Felix, e o atual diretor da agência, Wilson Trezza.Se a Justiça acolher a ação, ganhará força a tese da defesa de Dantas, de que a Abin teria cooperado de forma irregular com a PF realizando escutas telefônicas. O Ministério Público defende que os cerca de 80 agentes atuaram dentro da lei e que as provas colhidas não podem ser anuladas.
4 comentários
Se bobiar seremos nós os alvos dessa modernidade.
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Coronel
ReplyABIN, esta ABIN, è uma aberração num Estado de Direito.
Nem deveria mais existir.
Ela è uma policia política ás ordens do maior traidor e corrupto em 500 anos de nossa Historia.
Serviços de informação que possuem acordos culturais e de corporação com Cuba e Venezuela, que credibilidade e isenção apresentam?
Coronel, seria interessante que observassem o exemplo que vem da Colômbia, com a desmilitarização do serviço de inteligência. É um instrumento a serviço do governo, e não do Estado. Atentai !
ReplyCoronel,
ReplyABIN ACOBERTA CRIMES DE SEUS ESPIAS
Essa notícia é uma ponta do grande iceberg chamado ABIN, um órgão público esclerosado e cheio de bandidos. Começam a aparecer os casos de banditismo na ABIN. A íntegra está no site do Diário do Pará, www.diariodopara.com.br, de 24/8/2008, página A-3:
(...) A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) vive um período conturbado na regional Norte. Denúncias de esquemas de fraudes sendo investigadas e velhos esqueletos do armário da época da ditadura militar querendo ver a luz do sol.
Entre os problemas, a denúncia de que no escritório da agência em Belém funcionários falsificavam e vendiam documentos falsos como certidões de tempo de serviço para serem apresentadas nos institutos federal, estadual e municipal de seguridade social, como INSS, Ipasep e Ipamb, com a intenção de facilitar deferimentos de processos de aposentadoria.
A denúncia foi feita em 2003 ao Ministério Público Federal. O esquema veio à tona depois que a senhora Raimunda de Jesus dos Santos foi até a sede da ABIN, em fevereiro de 2002, reclamar que a certidão de tempo de serviço, que teria sido elaborada pelo servidor José Alexandre Lima Sanches, não fora aceita pelo INSS, no processo de aposentadoria do marido dela, João Barbosa dos Santos.
Segundo a denúncia, Raimunda de Jesus informou que José Alexandre Lima Sanches atuava em conjunto com alguém chamado Raimundo de Oliveira de Araújo Filho, que se identificava como oficial de justiça.
As certidões públicas seriam falsificadas com a utilização dos equipamentos e recursos técnicos da ABIN e vendidas pelo valor médio de apenas R$ 150,00. José Alexandre daria os telefones e o endereço da Abin, na rua Gaspar Vianna, no prédio onde funciona o Ministério da Fazenda, para a entrega dos supostos documentos falsificados aos interessados e recebimento dos pagamentos pelo serviço.
No mesmo mês em que as denúncias começaram a vazar, José Alexandre, filho de um ex-funcionário da Abin, foi devolvido ao seu órgão de origem, a Polícia Militar do Pará, onde passou a atuar na Seção de Inteligência da PM, sem que o comando da Polícia Militar tivesse sido informado dos motivos do remanejamento de Sanches. À época, o chefe da Abin no Pará, Gladston Gonçalves Vilela de Andrade, declarou que as supostas irregularidades praticadas por Alexandre Sanches eram "infundadas, inverídicas e improcedentes".
A denúncia, no entanto, não teria sido investigada. José Alexandre Sanches deixou o cargo na Abin com menção honrosa da entidade pelos "relevantes serviços prestados" ao órgão. (...) Em seu relato, o policial militar disse que acreditava que "fosse idôneo" o trabalho de Araújo, que costumava usar uma falsa identificação de oficial de justiça.
Embora a ABIN tenha arquivado as denúncias, a assessoria do Ministério Público Federal informou que todas as denúncias estão sendo analisadas.