61% discorda da reorganização escolar em São Paulo e aprovação de Alckmin desaba.


Geraldo Alckmin é uma catástrofe em negociação. "Fechar escolas" é uma burrice, independente da validade ou não do projeto final. Deveria ter pego as 93 escolas e transformá-las em modelo. Jamais fechar. Mas é a ânsia do gestor miserável, que só pensa em economizar. Agora uma garotada está na rua e não quer negociar. Quer brincar de revolucionário. Quer enfrentar a polícia. Quer testar os hormônios. O resultado é que a aprovação do governador desaba. Por pura inabilidade e falta de assessoria.

Pesquisa do Instituto Datafolha divulgada nesta sexta-feira, 4, mostra que o governador Geraldo Alckmin enfrenta a sua maior reprovação e menor reprovação na série histórica do instituto ao longo dos quatro mandatos do governador à frente do Estado de São Paulo. A matéria é de Exame.

Ao todo, 30% dos paulistas classificam o desempenho do tucano como ruim ou péssimo ante 28% do eleitorado que considera o desempenho do governador ótimo ou bom, a menor aprovação de Alckmin.Há pouco mais de um ano, véspera da eleição que o reelegeu, Alckmin tinha 20 pontos percentuais a mais de aprovação, 48%. No seu melhor momento no comando do Estado, em março de 2006, pouco antes de sair para disputar uma eleição presidencial contra o ex-presidente Lula, ostentou 69%.

Além disso, 40% dos entrevistados disse considerar o desempenho do governador regular. O reprovação do tucano é pior na população mais jovem, chegando a 36% entre os que têm 16 a 24 anos, e entre os mais escolarizados, extrato dos que possuem ensino superior e no qual 43% classificam a gestão de Alckmin como ruim ou péssima.

O levantamento foi realizado nos dias 25 e 26 de novembro, antes dos protestos de estudantes do ensino médio e fundamental contra o projeto de reorganização da rede estadual de ensino que prevê o fechamento de 93 escolas.

Interior. O levantamento aponta ainda que o desempenho do tucano é pior na capital e nas grandes cidades. No conjunto dos municípios da região metropolitana de São Paulo, a reprovação ao governador atinge 38%. Na capital, 39%. Considerando só as cidades com mais de 500 mil habitantes, a taxa chega a 40%. No interior, por outro lado, a reprovação ao governador é de 23% ante 34% de ótimo ou bom. 

Temas. De acordo com o Datafolha, foram abordados dois temas diretamente relacionados ao governo estadual que podem ajudar a explicar a queda de popularidade do governador: a crise de abastecimento de água e a decisão de fechamento de escolas públicas, com o consequente remanejamento de alunos.

A reorganização da rede estadual de educação, com o fechamento de escolas, é reprovado por seis de cada dez eleitores (61%), segundo o instituto. Apenas 29% dos entrevistados, ou três em cada dez, são favoráveis à polêmica medida.

Ainda de acordo com o instituto, 55% da população manifestou apoio às ocupações das escolas pelos jovens enquanto 40% se manifestou contra.

Crise hídrica. Em relação à crise de abastecimento pela qual passa o Estado , um terço dos entrevistados (33%) disse que o fornecimento de água foi interrompido ao menos uma vez no último mês, taxa que chega a 55% entre os moradores da região metropolitana de São Paulo.

Segundo o instituto, embora o patamar dos sem ­água seja menor do que o apurado em fevereiro (44%), o que pode estar pressionando pela deterioração da imagem o governador é a percepção de que sua administração esconde informações sobre o tema.

De cada dez paulistas, oito estão convencidos de que o governo Alckmin só fornece informações a respeito do assunto que interessam ao próprio governo. Apenas 14% acreditam que todas as informações sobre a falta de água são devidamente fornecidas.

Diante disso, segundo o Datafolha, Alckmin é visto como um governador que lida mal com o assunto. A atuação do tucano frente à crise hídrica é aprovada por apenas 20% das pessoas no Estado e 13% na capital. Para 38% dos paulistas, quase o dobro, seu desempenho é ruim ou péssimo nesse setor.

O Datafolha fez 1.350 entrevistas em 47 municípios. Procurado pela reportagem nesta manhã, a assessoria do governo de São Paulo não quis comentar a pesquisa.

9 comentários

Quem aqui do RS conhece, há anos, esse velho filme.
Manipulação grosseira do PT e seus satélites sobre a educação.
O Alckimim caiu como um bobo na armadilha dos falsos defensores da educação.
O projeto parece ser muito bom, não pode é deixar a petralhada tomas conta.

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Que me perdoe Corona, mas existem vários detalhes nesta história.

O fato é que a idéia, em si, é muito boa: reorganizar por ciclos é repetir no ensino público o que as escolas particulares com boa estrutura já fazem: dividir alunos por ciclos, em prédios diferentes, focando a estrutura totalmente no público-alvo.

Também é uma meia verdade a questão do fechamento de 93 escolas: já foi dito e repetido que as unidades seriam reutilizadas como escolas técnicas, creches, faculdades ou ainda cedidas para os municípios para serem transformadas em escolas municipais.

Mas deixando de lado o papel de advogado do Diabo, preciso citar:

a) A realidade do 1.5km seria correta se não levássemos em conta a questão da metropolização. Neste sentido, um aluno de um bairro distante ou cidade vizinha estudam em uma escola longe de sua residência. Aqui no Litoral Sul, houve um caso em Iguape (acho eu), onde uma das escolas seria destinada a virar creche, mas alguns moradores da cidade vizinha (onde não existe escola) reclamam de ter de se deslocar não 1.5, mas 27km. Ou seja, esta mudança (já que as matrículas já foram feitas para as novas unidades) deveria ter sido feita levando em consideração a residência de todos os 4 milhões de alunos matriculados na escola pública para um reposicionamento dos mesmos. Isso foi feito? Claro que não, seria preciso um algoritmo computacional baseado em grafos para fazer esta distribuição de maneira ótima, o que eu duvido que eles teriam capacidade de fazer.

b) Já é de praxe que os alunos adaptam-se a realidade, quando confrontados com ela. Assim, se um aluno não tem uma escola próxima de sua casa para seu ciclo, ele pode escolher onde estudar. A rematrícula automática na nova unidade é uma afronta ao direito de escolha do pai/responsável/aluno.

c) A divulgação completa do novo mapa escolar, discriminando exatamente o que será feito das unidades destinadas a outros fins.

d) A falta de discussão e informação, aliado ao preciosismo também dos pais e alunos: em Cubatão houve o caso de uma escola de fundamental que estava sendo alvo de protesto por parte dos mesmos, devido ao fato que ela seria destinada a outros fins, e os alunos movidos para outra. Placas, cartazes, gritaria, sendo que a nova escola era NOVINHA e fazia divisa de MURO com a antiga.

e) Uma mudança como esta deveria ter sido debatida e discutida às claras durante todo o ano, com reuniões locais, e transparência.

Resumindo: idéia ótima, execução pífia.

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A pesquisa da FALHA DE SP, num momento negativo do governo Alckmin, é coisa encomendada. Agora, por exemplo, uma pesquisa sobre a popularidade de Dilma bateria recordes de negatividade. Atentem que há um plano estratégico do PT e partidos auxiliares para se cacifarem à eleição da prefeitura de São Paulo em 2016. Alckmin é um bundão e está ajudando o projeto.

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Não adianta querer desacreditar o Alckmin. É o melhor candidato para presidente. Nós paulistas vamos colocar o traíra mineiro no seu devido lugar!

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Isto aí foi uma pisada na bola do Geraldo que o PT se aproveitou (e como!) para tentar mudar o estilo de ensino do estado inteiro além é claro dos dividendos políticos visto que o PSDB do governador é oposição.

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Assino embaixo da maioria dos comentários, principalmente do comentário das 9:36 h.

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Aecio neves sempre teve mais votos do q serra e alckmin nas pesquisas também nas eleições foi o q mais teve voto,ele quase empatou com.dilma que tinha toda máquina ao lado dela e isto q Aécio neves era desconhecido

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Estudante ir p rua por caus da corrupção petista n vai agora por causa de um remanejamento,fazem da vida dos moradores um inferno,n procuraram sequer se informar,paus mandados p criar fato p o Alckmin

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