A ex-senadora e ex-ministra Marina Silva deu uma longa entrevista para o Valor Econômico. Em tese, ela respondeu o que pensa sobre economia. E o que ela pensa sobre economia mostra que ela é um risco para o país. Não só um risco. É um risco maluco! Leiam abaixo as principais perguntas e respostas.
Valor Econômico: Há alguma contradição entre sustentabilidade e o
ideário econômico que a senhora defende?
Marina: Não há contradição. Sustentabilidade e o
desenvolvimento econômico devem estar integrados. Estas coisas caminharam
separadas durante séculos, como se a nossa ação para prover os meios materiais
para a nossa existência tivesse uma fonte infinita de provimento. Depois veio o
discurso de tentar compatibilizar. E agora a crise ambiental global se agrava a
tal ponto que já não se trata mais de negar a realidade desse esgotamento dos
recursos naturais, mas também já não se trata mais de pensar em como
compatibilizar, como se uma coisa fosse em oposição à outra. Agora é como
integrar. Nosso desafio, nesse início de século, é integrar economia e ecologia
em uma mesma equação.
Valor: O que significa isso?
Marina: Ao fazer essa integração, a gente sai da lógica de
uso dos recursos de milhares de anos, tendo o lucro de apenas algumas décadas,
para a ideia de como esses recursos possam perdurar de forma sustentável ao
longo do processo civilizatório.
Valor: Como se faz isso?
Marina: Para encarar esse desafio, da integração, é
fundamental termos na ciência, na tecnologia e na inovação uma base de suporte
para estas mudanças. É preciso termos, nas prioridades dos investimentos, os
meios para alavancar novas formas de produção, de produtos e de materiais. E
também como isso se realiza do ponto de vista da sustentabilidade política,
porque tudo isso se constitui em políticas de médio e longo prazo. Vamos ter
que "ressignificar" a experiência econômica, social e cultural que
temos, a partir delas mesmas. É uma espécie de mutação.
Valor: Mutação?
Marina: Não há como fazer uma transição demorada ou uma
ruptura abrupta. É o próprio tecido econômico-social que vai se transformando à
luz dessa necessidade que está colocada. Isso é válido para todos os setores,
para a indústria, a agricultura, o consumo, a ciência, até para a nossa maneira
de ser. Sustentabilidade é uma visão de mundo, um ideal de vida. Esse ideal vai
se realizar na forma de novos projetos identificatórios. Quais são eles, nesse
começo de século? Com certeza não são aqueles do passado, carvão-petróleo- gás.
Isso ainda não temos como substituir de forma abrupta, mas temos que transitar
para o uso de fontes renováveis. Como vamos dar conta de alimentar 9 bilhões de
pessoas? Não é aumentando a pressão sobre as florestas, sobre os recursos
hídricos, sobre as áreas agricultáveis. É aumentando a produção por ganho de
produtividade. São novas lógicas que vão se estabelecendo a partir do ideal de
uma cultura de sustentabilidade.
Valor: Qual a proposta de governabilidade? Alianças mais
estreitas? Como se governa assim?
Marina: Não dá para governar com bases nestas alianças que
estão aí. Não dá para continuar. Não consigo imaginar como se pode dar um
cheque em branco para mais quatro anos de governabilidade, em cima de
distribuição de pedaços de Estado. Isso está completamente frágil. Mesmo com
essa distribuição de cargos, esta base é completamente flácida, não dá
sustentação para aquilo que é essencial e quando o governo mais precisa. Não
tem como continuar essa governabilidade com base no pragmatismo que não é feito
a partir do compromisso com um programa. Se você parte do princípio de que é
apenas uma aliança eleitoral - ganha a eleição e depois decide o que vai fazer
- aí, para compor a base para este presidencialismo de coalizão, é preciso
ficar distribuindo pedaços do Estado e viver a chantagem de mais espaço. Mas se
você está aberto dentro de um programa, discutindo com as forças políticas o
que é importante nessa agenda, e faz uma composição programática, é outra
qualidade de base de sustentação. É este círculo virtuoso que tem que surgir, e
este círculo vicioso tem que ser interrompido. A sociedade não tem mais como
aguentar a ameaça de ver as conquistas serem perdidas por esse atraso na
política. Não tem como suportar ver o futuro ameaçado porque só conseguem
perceber o resultado da próxima eleição sem ter visão de futuro.
Valor: Quais são estes desafios?
Marina: Educação, inovação, ciência, tecnologia,
infraestrutura para o desenvolvimento sustentável com geração de energia
renovável, segura e diversificada. Com uma infraestrutura que dialogue com as
dinâmicas de desenvolvimento que vão se colocando, à luz das novas realidades
econômica que estão surgindo no mundo e no Brasil.
Valor: Voltando à questão das alianças, quem deve ser
vetado?
Marina: A velha política, a continuidade desta forma que
temos e que está nos levando à estagnação. O veto não é a essa ou àquela sigla.
É a essa visão de política, de Estado, de composição. Nenhum partido terá
maioria para governar sozinho, mas nenhum partido fará diferença se a forma de
buscar apoio para o programa de quem ganhou for com base, pura e simplesmente,
na distribuição de cargos e em vantagens para que os políticos se formem cada
vez mais em um grupo de interesse de si mesmos.
Valor: Vocês falam em renovação da política. O que isso quer
dizer?
Marina: Uma coisa que eu e Eduardo estamos fazendo é ter uma
atitude de muita tranquilidade. Começamos este processo há uma semana. Não
podemos ter a ansiedade de apresentarmos uma lista de projetos contemplando as
questões da sustentabilidade como se fosse uma peça literária. É algo que tem
que ser pactuado com os diferentes setores da sociedade. Queremos fazer isso
com a sociedade e quebrando a lógica da polarização.
Valor: Como assim?
Marina: Há três grandes conquistas que reconhecemos a
autoria: a democracia, conquistada e estabilizada por todos os partidos de
tradição democrática e todos os movimentos. A estabilidade econômica
referenciada no governo do PSDB, a inclusão social referenciada no governo do
presidente Lula. E, a partir desses ganhos, como a gente pode transitar para
uma agenda que não mude porque mudou o governo.
Valor: O que a senhora quer dizer com
"disruptura"?
Marina: Uma coisa importante é a necessidade desse
realinhamento histórico. Essa polarização criou uma cristalização PT e PSDB que
acaba fazendo um mal muito grande para o pais. Cada um exclusivo em relação ao
outro, ainda que para manter essa sua exclusividade tenha que ser tutelado
pelas forças mais atrasadas da política brasileira. E como eu e Eduardo
reconhecemos tanto as coisas boas do governo do PT e do PSDB, talvez sejamos a
esperança de provocar uma "disruptura". Só uma outra concepção
política não baseada na oposição pela oposição, mas que sabe reconhecer os
ganhos e se dispõe ao diálogo, seria capaz de ajudar a promover este
realinhamento. Em lugar de cada um querer ser exclusivo na lógica de política
de curto prazo para aumentar o seu prazo na política, a gente precisa ter
agenda estratégica de longo prazo em nossos curtos prazos. Isso só é possível
dentro de uma lógica de projeto de país e não de projeto de poder.
O discurso de Marina Silva é completamente doido quando confrontado com as suas ações. Vejam a sua opinião sobre como alimentar 9 bilhões. Ela não admite mexer nas florestas. Ela não admite mexer na água. Ela não admite ampliar a área de agricultura.Qual a tese de Marina Silva? Ganhos de produtividade. O que é produtividade? É gerar mais riqueza com os mesmos recursos materiais e de trabalho. Como isso pode ser feito na agropecuária? Usando sementes geneticamente modificadas. Marina é contra. Irrigando áreas, usando o imenso potencial hídrico do Brasil. Marina é contra. Usando herbicidas modernos que acabem com pragas. Marina Silva é contra. Torço para que apareça um jornalísta, um único jornalista, para perguntar diretamente para Marina como aumentar produtividade na agropecuária sem usar transgênico, agroquímico e irrigação. Quais são estas "novas lógicas" que ela sugere? Aí verão o quão vazio é o discurso desta maluca que, se eleita, vai acabar com a economia brasileira. Ou pelo menos tentar, porque será impichada antes de completar seis meses de governo.
35 comentários
Por isso é que eu disse e vou dizer novamente: se Marina, a louca, vencer as eleições, haverá no Brasil uma guerra civil. e isso não quer dizer que os reacionários vencerão.
ReplyLucidez passa bem longe dessa mulher.
A pergunta crucial, que ninguém fez: dona Marina como se faz para aumentar a produtividade, sem aumentar a área agriculturável, sem mexer nas florestas e rios?
ReplyAssim vemos o que ela entende por "produtividade". Mais uma de suas palavras vazias?
Quem entende essa mulher? Será que a Dilma...
Replyessa ja passou da fase de sonhática faz tempo...
Replyeh lunática mesmo!!!
É uma surtada, mandem rápido pro manicômio!
ReplyCuma...?
Replycel
Reply-postagem complemento em vermelho-
Uma das coisas mais lúcidas e inteligentes das que eu li recentemente. Parabéns
O discurso da Dilma e' muito mais doido ..https://soundcloud.com/eunaoquerodilma/o-incr-vel-discurso-de-dilma
ReplyCoronel,
ReplyO povo obviamente, se deixa levar por discursos bonitos e vazios porque é burro, muito burro. Por isso, para desespero de muitos, pessoas como essa maluca continuarão na política. Saem os lulas e as dilmas, entram as marinas... É uma pena não ter cidadania em outra cidade do mundo. Deus nos salve.
Meu voto será certo!
ReplyCaiado agora diz que avalia disputar o Planalto.
Aqui:
http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2013/10/12/caiado-agora-diz-que-avalia-disputar-o-planalto/
Primeiro que eu não leio o Valor Econômico, que é chapa branca. Segundo se eu tivesse em mãos este exemplar do Valor passaria batido nesta entrevista pois sei que se espremer não sai nada muito pelo contrário. Mas como o Coronel reproduziu aqui no blog tive a paciência de ler o post inteiro e só tenho a agradecer ao estimado Coronel. Fazia muito tempo, mas põe tempo nisto, que eu não ria tanto como ri lendo o post. Bota maluca nisto.
ReplyPol pot de saiote! Viva!
ReplyPelo jeito a loucura dela está bem acompanhada... Como explicar um pecuarista de várias gerações defender PT e MST?
ReplyMorreu em 23 de setembro o pecuarista Carlos Dácio Assis Brasil, aos 73 anos. Uma das principais lideranças políticas do Partido dos Trabalhadores (PT) em São Gabriel, Brasil teve uma parada cardiorrespiratória.
Neto e filho de outras duas lideranças políticas - Joaquim Francisco de Assis Brasil e Dácio de Assis Brasil -, foi vereador e presidente da Câmara de Vereadores de São Gabriel nos anos 70, época em que era filiado à Arena. Foi um dos grandes defensores da reforma agrária e apoiador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Nos anos 2000, concorreu a prefeito e a deputado federal pelo PT. Ele era solteiro e não tinha filhos.
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/obituario/carlos-dacio-assis-brasil-70203.html
Com produtores 'amigos' assim dos produtores, ninguém precisa de inimigos. Resta saber quantos quintas colunas como ele há dentro do único setor que dá certo nesse grotão.
Quando alguém fala em "ressignificar", em "realinhamento histórico" e outras firulas, já antevejo fome e falta de papel higiênico.
ReplyMaluco mesmo é esse povo escroque que dá ouvidos a uma empregada doméstica.
ReplySe o Brasil já está sendo ridicularizado por causa da estapafúrdia proposta da cadela de criar leis para a espionagem ( KKKK, só mesmo uma fdp destas para ter coragem de pagar um Kingo Knog desses), imaginem se um dia esse a figura grotesca e dantesaca deste inseto acreano lograr êxito em subir a rampa do Planalto para receber a faixa de presidente !!!!
ReplyBrasil, um país de merda !!!
ReplyEsse discurso "eco-político-chato" da Caipora é totalmente infundado.
Trata-se de um jogo de palavras bonitas que impressionam o eleitor menos esclarecido.Mas não resiste a uma simples pergunta: como ela pretende fazer tudo isso ????
Coronel:
ReplyNao importa quem vai ganhar, temos que criar um movimento anti PT. Simples assim. Preferes um louco que podera ser punido pelas suas loucura ? Ou preferes o continuismo?
Coronel:
ReplyNao importa quem vai ganhar, temos que criar um movimento anti PT. Simples assim. Preferes um louco que podera ser punido pelas suas loucura ? Ou preferes o continuismo?
Pois ela terá milhões de votos dos descoladinhos, dos que votaram no Pt e se arrependeram, dos jovens bacanas sustentados com dinheiro dos pais, dos universitários que ouviram o galo cantar mas não sabem aonde, e da classe média que assiste o Fantástico e acha que assim se informa. Assim como foi com o pt no passado, é chique votar numa louca que não fala coisa com coisa - pois quem vota também não entende coisa com coisa...Sei lá, entende? Pobres de nós!
ReplyDeste texto, a única parte lúcida é o que você escreveu, Coronel.
ReplyDeus nos livre desta doida no poder.
Chris/SP
Como diria Didi Mocó: Cuma?! Tenho uma solução: A primeira coisa que a Beata Salu deve fazer para realizar a sua plataforma sonhática conjuminada à disruptura sustentável oposta à velha política posta é se inscrever num programa de exploração espacial da NASA para além da Via Lactea onde, entre ETs etéreos, ela se sentiria confortável e realizada vivendo, p. ex., de energia lunática. Mas não se esqueça de levar os cumpanhero! Boa Viagem, Santinha!
ReplyMarina cheirou cola e engoliu a lata com tampa e tudo! Endoidou.....
ReplyESSE Dr. PaTilha do PT…
ReplyBUSCA SITE CREMESP:
Situação: Todas as situações Pesquisa de nome: ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA
Especialidade: Todas as especialidades Cidade: Todas as cidades
1 registro(s) encontrado(s) em 1 página(s) ||
CRM: 91136
Inscrito em
13/01/1998
Nome
ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA Email
Especialidades – RQE
Endereço
Divulgação não autorizada
Situação
INATIVO DESDE 15/03/2002
Marina, como a maioria dos políticos, são completamente desinformados ao que seja desenvolvimento sustentável, uma vez que, em seu construto, três são as bases técnicas: sociais, econômicas e ambientais. Focar apenas na questão ambiental, sem se ater às deficiências sociais e econômicas - e as temos em demasia - é mostrar ignorância em um assunto que, convenhamos, não bem a área dela. Apenas joga para a platéia.
Reply14 de outubro de 2013 13:46
ReplyGostei, afinal são eles que põe os alimentos na mesa e carregam o Brasil nas costas, faz tempo, enquanto os Salvadores da Pátria se enchem de dinheiro.
eu hein? votar em crente? nah...
ReplyO risco para o Brasil não é a Marina nem o PT. O risco para o Brasil é o eleitor que vota no estilo BBB onde o voto é um mimo com que presenteia o candidato de sua preferência.
ReplyCoronel,
ReplyElla continua PT.
Pior, aquele PT de 30 anos atrás que estava interessado só em crescer sem ser governo.
A Dillma, perto da Marina, é uma intelectual!!!
A Joana D´Arc do Acre necessita doses de Rivotil com urgencia.
JulioK
cel
ReplyA Marina é isso aí que todo mundo sabe, radical, raivosa , autoritária e maluca, isto é, não confiável e o Eduardo campos sabe muito bem disso .
Estou muito tranquila pois ela Não será a candidata do PSD.O Eduardo Campos não vai dar de bandeja seu partido na mão dela. Ele está apenas aproveitando a intenção de votos dela possiveis de serem transferidos, ganhando tempo para os eleitores sonháticos dela se acostumarem com Ele enquanto acham e tem esperanças dela ser a cabeça da chapa.
Pode escrever o que eu digo. Muita gente pensa assim como eu mas os jornalistas Não podem afirmar isso publicamente. Já está tudo acertado ele é o cabeça de chapa.
De qualquer forma ele é o candidao que pode ameaçar a vitória do Aécio.
carioca
O senador Ronaldo Caiado poderá se candidatar a presidência pelo DEM, prometendo um discurso liberal-conservador. O que achas disso coronel?
Replyhttp://www.tribunahoje.com/noticia/78612/politica/2013/10/13/renegado-ronaldo-caiado-pensa-em-disputar-a-presidencia.html
Não é preconceito, é a pura realidade e não podemos fazer de conta que isso não tem importância.
ReplyEssa figura caricata, essa voz esganiçada, essa cabeça atrasada .... ninguem merece!! O mundo nunca dará crédito a alquem com essa expressão de imbecilidade.
Será que o povo brasileiro tacou pedra na cruz?
Estamos em desespero por ver o Brasil em tão mal lençóis, mas a saída está difícil. Isso só mudará quando não houver mais ignorantes funcionais. Fala sério, tá dificil acabar com isso, com tanto miserávei sendo usado para procriar em massa, inconsequentemente produzindo ignorantes funcionais aos montes.
ReplyQue tristeza!
O entrevistador do Valor parecia não estar entendendo nada do que Marina estava falando. Nem eu.
Replyeu estou com reinaldo. se der segundo turno entre essa abbobada e dilma, eu vou de dilma. e você coronel? ao menos a dilma fez bem ao agronegocio. melhor da historia
Reply