Rio+20. A Marina Silva, o Greenpeace e a WWF poderiam protestar aqui, em vez de perseguirem milhões de pequenos agricultores brasileiros.

Este lixão libera chorume que polui a Baia da Guanabara. Alguém já viu a Marina Silva e as suas ONGS protestando por aqui. É ruim, não é mesmo? Cheira mal, só tem gente pobre...

Irresponsabilidade, comodismo, desídia, desrespeito aos cidadãos, desprezo pelo meio ambiente. Qualquer dessas expressões retratará com perfeição o comportamento das autoridades municipais do Rio de Janeiro que, nos últimos 34 anos, criaram, utilizaram e trataram de fazer crescer rápida e ininterruptamente o aterro sanitário de Jardim Gramacho, no município de Duque de Caxias, até o transformarem no maior lixão do continente e uma espécie de bomba-relógio de poluição que ameaça a Baía de Guanabara. O caso do lixão de Jardim Gramacho é, certamente, o mais impressionante de todos, mas é mais um entre os muitos erros acumulados ao longo dos anos pelo poder público no tratamento dos resíduos sólidos gerados nas cidades.

Ocupando uma área de 1,3 milhão de metros quadrados, o lixão de Gramacho acumula 60 milhões de toneladas de lixo, cujo volume alcança até 60 metros de altura, colocados sobre um solo de pouca firmeza.

A decomposição do material orgânico contido nessa montanha de lixo produz o chorume, líquido poluente de cor escura e odor nauseante, que vaza para as águas da Baía de Guanabara.
A decomposição desse material produz também o gás metano, um dos responsáveis pelo efeito estufa e que, de tempos em tempos, provoca explosões no lixão. Localizado a 4 quilômetros do Aeroporto Tom Jobim, o lixão tornou-se uma ameaça à segurança dos voos, por causa do grande número de urubus que atrai e que disputam com as pessoas os resíduos ali depositados.

"Cometeu-se um crime ambiental monumental no Rio de Janeiro"
, reconheceu o secretário municipal de Conservação, Carlos Osório, em entrevista à repórter Clarissa Thomé, do Estado (22/4). Trata-se, de fato, de um crime ambiental, praticado continuamente pelas autoridades municipais durante décadas. Finalmente, essas autoridades se dizem dispostas a corrigir os males que causaram. Leia mais aqui.

3 comentários

o mundo esta tao de cabeça para baixo que uma cidade que possui uma tragedia ambiental dessa, como esse lixão, consegue sediar um encontro sobre politica ambiental que pretende irradiar suas decisões para o resto do mundo...

casa de ferreiro, espeto de pau...

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Coronel,

Pô corona, dá um tempo prá Sonhática!!

Protestar contra lixão, fuligem de diesel e "etctaraetal" esta fora de moda, não é "cool" e não tem "patrocínio".

Pobre que cata lixo, se for branco e/ou heterosexual, esta ferrado!!!

Se for gay e/ou indio, ai já temos uma bandeira sonhatica!!!

Em resumo: A Marina&Cia querem mamar em Euros e Dolares!!!!

JulioK

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Soluções e técnicas existem às pencas, mas será que querem mesmo resolver o problema? Depois do apedeuta, autor da receita petralha de política, no governo você faz de conta que é oposição e na oposição você bravateia...

* * * * *

Data: 22/4/2012

Localização de cidades viabiliza geração de energia pela queima do lixo

Fonte: MundoGEO

Um modelo matemático indicou que os municípios de Santos, Praia Grande e São Vicente — região metropolitana da Baixada Santista e Litoral Norte —, no Estado de São Paulo, seriam ideais para a instalação de uma usina de reaproveitamento energético de lixo. Esse modelo foi proposto no trabalho Modelagem matemática para localização ótima de usinas de incineração com recuperação energética de resíduos sólidos domiciliares, de Nadja Nara Lima Heiderich, realizada na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba.

Nesta pesquisa, realizada entre 2009 e 2011, a economista criou quatro cenários para determinar as cidades do litoral de São Paulo que seriam mais apropriadas para comportar incineração do lixo. Foram submetidos ao modelo 13 municípios, como Santos, Peruíbe, São Vicente, Praia Grande e Caraguatatuba, entre outros. A pesquisadora escolheu essa região metropolitana devido ao esgotamento da capacidade dos seus aterros sanitários.

Reaproveitamento

Inéditas no Brasil, as usinas de reaproveitamento utilizam a energia liberada pela queima do lixo para movimentar turbinas e produzir energia elétrica, o que implica num aproveitamento ótimo do resíduo gerado, e diminui seu volume em até 90% do inicial. Essa energia resultante poderia ser utilizada por indústrias vizinhas ou consumo doméstico. Os gases emitidos por esta queima são tratados, o que possibilita instalação das Unidades de Recuperação Energética (URE) inclusive em centros urbanos.

Santos mostrou-se a cidade com estrutura ótima para a implantação de uma URE, seguida por São Vicente e Praia Grande. As outras cidades avaliadas ou não possuíam aterros finais ou não compensavam a instalação por serem menos populosas. Um dos aspectos que mais surpreendeu Nadja foi o fato de as cidades envolvidas reciclarem algo em torno de 1% do seu lixo gerado, em detrimento aos 20% que é possível reciclar, geralmente.

Mesmo sendo essas tecnologias mais caras do que os aterros, Nadja afirma que é preciso acabar com essa mentalidade de “estocar o lixo” e propor soluções limpas e rentáveis para os resíduos sólidos.

+Info
Nadja Nara Lima Heiderich
nadja@usp.br

Com informações da Agência USP

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