A rebelião na
base aliada do governo no Congresso pode ganhar adesões na seara petista.
Descontentes com o que chamam de 'descoordenação política' do Palácio do
Planalto, deputados e senadores do PT pedem mais 'atenção' da presidente Dilma
Rousseff e preveem 'dias difíceis' pela frente, com focos de incêndio por todos
os lados, depois da troca repentina de líderes do governo na Câmara e no
Senado.
'Quem é da base
aliada tem de votar sob orientação do governo. Se não for assim, que saia da
base e entregue os cargos. Isso serve para o PT também', disse o líder do
partido na Câmara, Jilmar Tatto. Apesar de admitir divergências entre o PT e o
governo, porém, Tatto avalia que as maiores dificuldades estão no
relacionamento com o PMDB e cobrou fidelidade. 'O PMDB tem de tratar o PT com
mais carinho, se quiser o nosso apoio na eleição para a presidência da Câmara,
em 2013. Nós temos acordo para apoiar o deputado Henrique Eduardo Alves, mas o
PMDB não pode ficar batendo assim, lançando manifesto contra a gente', insistiu
Tatto, numa referência ao texto assinado por 53 dos 79 deputados do PMDB, com
críticas à hegemonia petista no governo.
O motim do PMDB,
a crise que levou a bancada do PR no Senado a romper com o Planalto e a
destituição do líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, preocupam a
cúpula do PT. No intervalo da reunião da Executiva Nacional do partido, ontem,
petistas se queixaram da forma como Vaccarezza foi substituído pelo deputado
Arlindo Chinaglia - que também é do PT, mas integra uma corrente menor no
mosaico ideológico da legenda - e escancararam a insatisfação com a articulação
política do Planalto. 'Nós vamos trabalhar para manter o equilíbrio na base
aliada e evitar desgaste para o governo, mas política é também aritmética',
afirmou o deputado André Vargas, secretário de Comunicação do PT. 'Se o governo
orientar que temos de votar o Código Florestal, vamos votar, mas a pergunta é:
tem voto para isso?'
Adiada pelo
governo por falta de acordo, a reforma do Código Florestal é outro tema que
divide o PT. O Planalto avalia que corre o risco de ser derrotado pelos
ruralistas e decidiu segurar a votação até que seja construído um acordo em
torno do projeto de lei. Na prática, o governo teme o impacto da desfiguração
do código na Rio+20, a conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável. O
vaivém sobre a venda de bebidas nos estádios durante os jogos da Copa de 2014
também é citado pelos petistas como exemplo da 'descoordenação' política do
governo. Nos bastidores, deputados e senadores do partido criticam a titular
das Relações Institucionais Ideli Salvatti (PT) e o ministro do Esporte, Aldo
Rebelo, que é do PC do B.
'A presidente
acertou nas mudanças no Congresso, mas precisa ficar mais próxima dos
parlamentares', observou o senador Lindbergh Farias (PT). Com receio de que o
rompimento do PR com o Planalto interfira em votações no Senado, a cúpula
petista prega a reaproximação com o partido do senador Blairo Maggi. 'O PR
sempre apoia o PT nas eleições e, nesse ponto, é até mais generoso do que nós',
disse Tatto. 'Então, mesmo se o PR não ficar com o ministério (dos
Transportes), acho que deve levar diretorias de estatais.' Foi justamente essa
oferta feita por Ideli ao PR e rejeitada por Maggi. 'Cansei dessa novela. PT
saudações', devolveu ele. (Estadão)
9 comentários
Coronel,
ReplyAvisa aos imbecis que a "Gorda" não tem jogo de cintura para dançar com a base!!
Até que durou muito o governinho dela!!!
JulioK
Idelí,salva-te.!!!.fonseca.
ReplyHahahahaha!
ReplyAté a tal cachorrada do pt tá se rebelando. Lembra daquele vídeo sobre o Brasil ? Ele já previa que isso iria acontecer.
"Cansei dessa novela ... Pt saudações".
ReplyHahahahahahahahahahahahahahhahhh!!!!!!!!
Esta Ideli Tainha que tentava provar no Senado, defendendo a ampla corrupção do PT, que o quadrado é redondo e o redondo quadrado, é de causar constrangimento em qualquer equipe.
ReplyUm partido assim teria alguma ideia sobe o Brasil para daqui 20 anos? Seriam dois mandatos presidenciais mais dois anos. Como estará a Educação nesse tempo? A Sáude? E o que fará pata atingir objetivos decentes?
ReplyOlha, que fique fora do governo se quiser, ou dentro do governo se quiser. Ou que crie um bloco independente se quiser.
Eu quero é que o circo pegue fogo e que a vaca vá pró brejo! Agora e assim o país vai ficando “+ deScente”, como pregou o bicicleteiro pelado!
ReplyAproveitando o novo destaque dado ao Chinaglia, uma historinha edificante: o deputado de vários mandatos namorou, em certa época, a gerente de um banco estatal e, aproveitando a intimidade, pediu um empréstimo bancário; a moça assinou a liberação sem consultar os superiores. Ele não pagou, ela foi demitida.
Cada dia que passa o governo afunda ainda mais no atoleiro. Tô começando a gostar desta confusão!
Reply"Cansei dessa novela ... PT saudações". Esta foi ótima!
Chris/SP
Sabe o que mais enoja?????? É que tudo isso é por causa de poder e dinheiro. Nenhum partido da base se manifestou para sair da mesma porque o governo se recusa a investir mais em saúde, educação ou infraestrutura.
ReplyBando de ratos!!!