Nas últimas semanas, o país conheceu a extensa lista de serviços prestados pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi – não aos brasileiros, mas ao seu partido, o PDT. A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado acrescenta à relação mais uma traficância em curso na pasta: um esquema de extorsão envolvendo assessores de confiança do ministro que cobram propina para emitir o registro sindical. O governo foi alertado para o caso há nove meses por sindicalistas ligados ao PT, mas nada foi feito a respeito.
Quem relata o caso é o mecânico Irmar Silva Batista, que foi pego na engrenagem quando tentava criar o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sirvesp). Em 2008, o então secretário de Relações do Trabalho, Luiz Antonio de Medeiros, o apresentou a um assessor, Eudes Carneiro, que lhe pediu 1 milhão de reais para liberar o registro. Irmar se recusou a pagar e o registro não saiu até hoje.
Em fevereiro deste ano, Irmar enviou por e-mail uma carta para a presidente Dilma Rousseff e para o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho. No documento, ele narra o caso e pede providências. O Palácio do Planalto acusou o recebimento da carta em 9 de março, mas na semana passada a assessoria de imprensa da Presidência informou que não foi possível fazer nada. Por motivos técnicos: o trecho que narrava a denúncia, estranhamente, teria chegado cortado na mensagem recebida. Ouvidos por VEJA, todos os citados por Irmar Batista negaram o pedido de propina. Em entrevista à reportagem, Irmar Batista contou em detalhes o pedido de propina. Confira a seguir duas das respostas publicadas por VEJA:
O senhor foi achacado no Ministério do Trabalho?
No fim de 2008, fui a Brasília reclamar da demora para registrar o sindicato. Procurei o Medeiros (Luiz Antonio de Medeiros, então secretário de Relação do Trabalho), que me levou a uma sala ao lado e disse: "O que o Eudes acertar, está acertado". Então ficamos a sós com o Eudes Carneiro (assessor do ministério). Antes da reunião, o Eudes mandou a gente desligar os celulares. Sentamos à mesa e veio a proposta indecente: eles pediram 1 milhão de reais para liberar o registro do sindicato.
O senhor fala em esquema, o que sugere que seu caso não foi o único.
Vários sindicatos foram extorquidos, mas o pessoal tem medo de aparecer. Há outros sindicatos que também foram vítimas disso que aceitaram pagar propina.
(publicado no Portal Exame)
20 comentários
Força paralela – Desde que tornou-se refém do voraz apetite dos parlamentares, o governo federal passou a perder cada vez mais espaço no Congresso Nacional, onde só consegue aprovar matérias de seu interesse a reboque de escambos nada ortodoxos.
ReplyQuando Luiz Inácio da Silva teve sua permanência no Palácio do Planalto ameaçada pelo pagamento dos honorários de Duda Mendonça em conta bancária no exterior, quem salvou a pele do ex-metalúrgico foi o senador José Sarney (PMDB-AP), atual presidente do Senado Federal. De lá para cá, a proximidade de Sarney com os petistas instalados no poder cresceu assustadoramente.
A relação nada casta de Sarney com Lula patrocinou, por exemplo a demissão da secretária da Receita Federal, Lina Maria Vieira, que ousou (sic) investigar as estripulias financeiras do empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado e integrante do clã que há mais de cinco décadas governa com mão de ferro o mais miserável estado brasileiro, o Maranhão. Lina foi chamado em palácio pela então chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e acabou demitida pelo ministro Guido Mantega, da Fazenda.
Quem acompanha o cotidiano da política nacional sabe que Sarney não apenas pulveriza sua ingerência pela máquina estatal, como também evita que escândalos de maiores proporções atinjam o seu partido. Isso é resultado da dependência do Palácio do Planalto em relação ao PMDB. Exemplo dessa situação foi a indicação do deputado Gastão Vieira (PMDB-MA) para o Ministério do Turismo, que assumiu a vaga no lugar de outro apaniguado da família Sarney, o trapalhão Pedro Novais.
Embalado pela certeza de que o Planalto depende do PMDB e principalmente de José Sarney, alguns integrantes do clã maranhense já não se incomodam em divulgar aos quatro cantos que o presidente do Senado Federal é o homem mais forte da República. E o fazem de forma abusada, sem se preocupar com quem esteja por perto.
Longe de querer fazer distinções de gêneros, mas pelo que se sabe, pelo menos até agora, Dilma Vana Rousseff é a mulher mais forte da República. Ou será que Sarney manda mais do que Dilma imagina?
Quanta safadeza,não é Dilma?
ReplyCel
ReplyE a governANTA apóia e é conivente com toda esta ROUBALHEIRA.
Átila
Lupi já foi.
ReplyO corrupto da vez é o ministro das cidades (???), que conseguiu aumentar em UM BILHÃO a concorrência do monotrilho em Cuiabá, seja lá o que seja isto.
Ontem afirmou, tentando o script de defesa, que "quem procura por corrupção no seu ministério será o mesmo que procurar chifre em cabeça de bode"...
Ou foi uma confissão já para abreviar o processo de cremação ou nunca viu um bode, que desde sempre tem chifres de verdade.
Peteba corrupto sem cultura é sempre hilário.
A Dilma já sabia de todas as safadezas do Lupi e não fez nada, o Plinio é que estava certo, a Dilma é conivente com a corrupção!!!
ReplySe todos os subordinados são corruptos, corrupta é a chefe. Está na hora de demitir a chefe. E a organização chefe - PT.
ReplyO PTismo é a maldiçao da corrupção que tomou conta do Brasil oito anos e onze meses.
ReplyO PT = corrupção + incompetencia
Vixe, arrumaram mais uma desculpa ?
Reply"DENÚNCIA CORTADA"
A denúncia foi recebida em 09 de março deste ano, porém só VIRAM que a mesma estava cortada oito meses depois ?
Quem tem interesse em solucionar o problema, e não está conivente com o mesmo teria no mínimo que - se a denúncia chegou mesmo faltando um pedaço - , que o destinatário fosse avisado e que mandasse outra imediatamente.
CONTA OUTRA, ESSA NÃO COLOU, de novo !
Só isso??? Tem muito mais, com certeza!!
ReplySempre disse que o grande chefe é o cara que hoje está se tratando, mas a governanta aprendeu direitonho tudo. É um esquema que vai de cabo a rabo nesse Governo, preparado para o ROUBO. Por que sempre demora para demitir o ministyro ladrão?? Por que tem achar meios de compensar as perdas que ele terá por sair, não podendo mais roubar.
A VEJA tem que partir para os ministérios e secretarias (com status de Ministérios) que estão nas mãos de petistas. Lá é qua vai se achar "pulga grossa". Lá sim deve ser de "rodo"
Que triste ver o Brasil reduzido a isto.
ReplyCoronel e coturneiros
ReplyLadrão rouba casa de deputado, mas ele não da parte porque o dinheiro já era roubado
Vejam esta notícia completa no link:
http://www.g17.com.br/noticia.php?id=541
O pior foi do delegado explicar porque não prendeu o Deputado.
General Maximus Decimus Meridius
Cheeeeeeegaa. Agora vou fazer igual ao meu cachorro. Escreveu não leu, o osso roeu. Fora Dilma, fora. A faxina tem que começar botando a Dilma e os petistas prá rua do Brasil. Sem isso; neca de faxina.
ReplyAlguem já prestou atenção ao número de sindicatos existentes.
ReplyJá é sabido e notório que nos sindicatos encontram-se o maior número de vagabundos, ou sejq, pessoas que não gostam de trabalhar. O cachaça é um exemplo tipico. Nunca trabalhou na vida, só enrolou.
PRECISA SE FAZER ALGUMA COISA.
Mas,vem cá,a polícia federal não vem investigando esse cara? Se vem,então ela é quem tem que se manisfestar. Se não,então está na hora de começar.
ReplyPiorou o sábado dos pecadores com a notícia pinçada nas catacumbas do Congresso: durante seis anos, Carlos Lupi foi funcionário fantasma da Câmara dos Deputados. Até virar ministro do Trabalho por decisão de Lula, embolsou mais de R$12 mil por mês para não fazer nada.
ReplyCel,
ReplyArt. 85 - São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
V - a probidade na administração;
Índio Tonto/SP
A ética de Lupi (Coluna)
ReplyO PDT-RJ quer expulsar o deputado estadual Paulo Ramos, veterano brizolista, por haver denunciado o “cartório” implantado por Carlos Lupi.
PDT QUER EXCLUIR O DEPUTADO PAULO RAMOS DO PARTIDO
http://www.youtube.com/watch?v=ACAoeuru66U&feature=player_embedded
Alguém sabe responder o que a ABIN está fazendo alem de receber POLPUDOS salários?
ReplyNem todo sindicato é corrupto. O ANDES-SN (www.andes.org.br) é um exemplo.
Pelo fato de não receber nada, o LUPI aceitou que um tal de Proifes, se cadastrasse também
como Sindicato Nacional da categoria de prof. universitários. Pela LEI cada categoria de trabalhador deve ter APENAS
um sindicato, e a Zilmara foi outra que tb aceitou. Agora o ANDES-SN tem que conviver com puxa-sacos do PT.
FORA LUPI poderia ser o mote de uma nova campanha. Avante "mein Korronell"
Bon Jour!
Caarapó - MS
fantasmas . licitações falsas, sto a DILMONA conhce bem a bastante tempo
ReplyConfirmado: Dilma Rousseff foi
assessora em São Jerônimo
O que todo mundo já
sabia, mas ninguém
provava, foi desvendado
em juízo: Dilma passou
por São Jerônimo como
assessora. Examinando
depoimento do ex-prefeito
de São Jerônimo, Urbano
Knorst, em processo no
qual ele e Zildo são réus
pela contratação de uma
empresa de informática
sem licitação, lá pelas
tantas consta: “Eu lembro
que a Datasys foi contratada
pela Prefeitura em
1989, quando da minha
primeira administração
(...) a minha assessora (...)
Dilma Rousseff”. Segundo
Knorst, Dilma lhe disse
para abandonar um sistema
de fichário manual que a
prefeitura usava para
controle de IPTU, etc, e
informatizasse a administração.
Ele fez isso, porém
contratando a Datasys sem
licitação. Hoje o caso está
na Justiça e Zildo entrou
junto porque continuou
pagando a empresa. O que
Urbano não esclarece é
como Dilma foi contratada,
já que nada consta nos
registros funcionais da
municipalidade. As
esquinas de São Jerônimo
(onde provavelmente o exprefeito
vai falar mal do
jornal - de novo) dizem
que ela era fantasma, assim
como diz o jornalista
Políbio Braga em seu blog
fantasmas . licitações falsas, sto a DILMONA conhce bem a bastante tempo
ReplyConfirmado: Dilma Rousseff foi
assessora em São Jerônimo
O que todo mundo já
sabia, mas ninguém
provava, foi desvendado
em juízo: Dilma passou
por São Jerônimo como
assessora. Examinando
depoimento do ex-prefeito
de São Jerônimo, Urbano
Knorst, em processo no
qual ele e Zildo são réus
pela contratação de uma
empresa de informática
sem licitação, lá pelas
tantas consta: “Eu lembro
que a Datasys foi contratada
pela Prefeitura em
1989, quando da minha
primeira administração
(...) a minha assessora (...)
Dilma Rousseff”. Segundo
Knorst, Dilma lhe disse
para abandonar um sistema
de fichário manual que a
prefeitura usava para
controle de IPTU, etc, e
informatizasse a administração.
Ele fez isso, porém
contratando a Datasys sem
licitação. Hoje o caso está
na Justiça e Zildo entrou
junto porque continuou
pagando a empresa. O que
Urbano não esclarece é
como Dilma foi contratada,
já que nada consta nos
registros funcionais da
municipalidade. As
esquinas de São Jerônimo
(onde provavelmente o exprefeito
vai falar mal do
jornal - de novo) dizem
que ela era fantasma, assim
como diz o jornalista
Políbio Braga em seu blog