O versatilíssimo Blairo Maggi, senador pelo PR do Mato Grosso, o ruralista do Brasil é contra o Código Florestal pelos motivos mais obscuros, mas que gosta mesmo é da área de transportes, desistiu do seu apaniguado, Luiz Antonio Pagot. A notícia é da Folha.
O senador Blairo Maggi (PR-MT) admitiu ontem, em Cuiabá, que seu afilhado político Luiz Antonio Pagot, que deve ser afastado da direção do Dnit, não tem mais "condições políticas" de permanecer no cargo. "Por maior capacidade técnica e de trabalho que tenha o Pagot, não vejo condições políticas para a continuidade dele à frente do órgão", disse o senador. Blairo negou que a crise na pasta dos Transportes vá alterar seu posicionamento em relação ao governo. "A minha posição não é de mudança de postura ou de ir para oposição. A presidente tem que ter autonomia de montar uma nova equipe, sem contemporizar com aliado", afirmou.
A insatisfação que havia, disse Blairo, foi amenizada ontem com o anúncio da exoneração de toda a cúpula do Dnit. Segundo ele, seria "injusto" responder sozinho por "decisões colegiadas". "Da forma como estava sendo feita era uma injustiça. Ou seja: somente o afastamento do Pagot. Se era um colegiado e um colegiado por unanimidade, todos acertam e todos erram. Então, cai todo mundo", disse. Questionado sobre a reportagem da Folha que mostrou que a empreiteira do irmão do superintendente do Dnit em Mato Grosso, Nilson de Brito, fechou contratos de R$ 26 milhões com o órgão, Blairo disse que não estava "a par do assunto".