Deputados que integram a ala favorável ao impeachment da presidente
Dilma Rousseff no PMDB disseram na noite desta terça-feira (8) terem
conseguido reunir apoio suficiente para destituir Leonardo Picciani
(PMDB-RJ) da liderança da sigla na Câmara.
Numa tentativa de responder à ofensiva, Picciani afirmou à Folha,
por volta das 21h30 desta terça (8), que o governador Luiz Fernando
Pezão e o prefeito Eduardo Paes, ambos do PMDB do Rio, estariam
liberando deputados que são secretários em suas gestões para ajudá-lo a
permanecer na liderança.
Picciani disse duvidar que a ala anti-Dilma de sua sigla tenha
conseguido, de fato, reunir o número necessário de assinaturas para
tirá-lo da liderança. Com o retorno dos secretários de Pezão e Paes para
a Câmara, a bancada do PMDB passará a ter 68 membros. Para afastar
Picciani, a ala pró-impeachment precisa reunir, portanto, 35 deputados.
Os que vinham articulando a derrubada de Picciani passaram os últimos
dias coletando assinatura entre os parlamentares da legenda para
derrubar o carioca. Eles planejam protocolar o abaixo-assinado nesta
quarta-feira (9), até as 12h.
Picciani passou a ser alvo da ala que é contra Dilma no PMDB ao se
alinhar com o Planalto, em setembro, quando indicou nomes para o
ministério de Dilma e se afastou do vice-presidente, Michel Temer, e do
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A situação do peemedebista piorou nesta semana após Temer enviar uma
carta à presidente com queixas ao tratamento que recebeu nos últimos
cinco anos e, mais especialmente, nesta terça, quando o governo foi
derrotado na votação que escolheu uma chapa montada pela oposição para
compor a comissão especial que analisará o impeachment.
Na carta a Dilma, Temer mencionou explicitamente a escolha de Picciani
como interlocutor do Planalto do PMDB e disse ter visto na opção uma
manobra para dividir a legenda.
3 comentários
No Rio o Picciani já está queimado.Quem vota em traidor?
ReplyO Picciani é o garoto Boca de Ovo, pois quando fala parece que tem im ovo na boca.
ReplyEle é arrogante, filonho de papai e um oportunista e sem luz própria.
Tomô!
DO RADAR ONLINE:
ReplyEx-deputado e um dos mais ativos articuladores da ala do PMDB oposicionista, Geddel Vieira Lima diz acreditar que dificilmente o ministro Luiz Fachin, do STF, anulará a decisão da Câmara que elegeu a chapa dissidente para a comissão do impeachment.
Irônico, o ex-ministro de Lula recorda: “Afinal, ele mesmo teve a nomeação para o Supremo votada em sessão secreta…”.
Chris/SP