(Estadão) A gasolina, os alimentos e a tarifa de
eletricidade residencial mais caros pressionaram a inflação da baixa
renda em outubro. Com isso, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-C1)
acelerou a 0,70% no mês passado, contra 0,48% em setembro, informou
pouco a Fundação Getulio Vargas (FGV)
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Em 12 meses, o IPC-C1 segue acima da média de inflação, com elevação de 10,67%. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) divulgado pelo IBGE e considerado uma prévia da inflação oficial brasileira fechou outubro em alta de 9,77%.
Já
o IPC-Br, índice da FGV que mede a inflação geral, tem alta de 10,01%. O
IPC-C1 capta preços percebidos por famílias com renda mensal entre 1 e
2,5 salários mínimos.
Ao todo, cinco das oito classes de despesa
aceleraram na passagem do mês, mas a principal influência veio de
Transportes, que saltou de 0,48% em setembro para 1,44% em outubro. A
principal causa foi o aumento da gasolina, que avançou 5,49% nas bombas
dos postos, resultado do reajuste de 6% praticado pela Petrobras nas
refinarias desde o dia 30 de setembro.
Também ganharam força os grupos Alimentação (0,20% para 0,45%),
Habitação (0,88% para 1,06%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,39% para
0,48%) e Comunicação (0,16% para 0,22%). Os destaques partiram dos itens
aves e ovos (0,24% para 3,31%), tarifa de eletricidade residencial
(0,53% para 1,49%), medicamentos em geral (-0,05% para 0,25%) e
mensalidade para internet (0,46% para 0,86%), respectivamente.