Após semanas de embates entre governo e oposição, o Congresso concluiu
nesta terça-feira (9) a votação do projeto que permite ao governo
federal fechar as contas deste ano, por meio de uma manobra fiscal.
Deputados e senadores liberaram a União de cumprir a meta de economia
para o pagamento de juros da dívida (o chamado superávit primário),
estabelecida na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). O texto segue
para sanção presidencial.
A medida impede que a presidente Dilma Rousseff eventualmente responda
por crime de responsabilidade, como acusava a oposição, por descumprir a
meta de economia deste ano. O projeto permite que desonerações tributárias e gastos do PAC (Programa
de Aceleração do Crescimento) sejam abatidos dessa meta de poupança.
Com isso, a meta fiscal, de ao menos R$ 81 bilhões, deixa na prática de
existir, e o governo fica autorizado até mesmo a apresentar um déficit
em 2014.
O texto foi aprovado sob protestos da oposição, que promete recorrer ao
STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar declarar a medida
inconstitucional. "O nosso objetivo é entrar com uma ação mostrando a
inconstitucionalidade desta aprovação", disse o presidente do PSDB,
senador Aécio Neves (MG). "O governo estabelece um novo padrão de quando
a lei não é cumprida, as metas não são alcançadas, muda-se a lei, as
metas. Isso afugenta investimentos, desaquece a economia, deixa de gerar
empregos. O que nós assistimos foi a base dar uma anistia porque o
crime foi cometido, o que se faz agora é modificar a lei para que ela
seja anistiada", completou.
Com a aprovação da matéria, deputados e senadores garantiram um reforço
de R$ 444,7 milhões em verbas para investimentos principalmente em obras
em seus redutos eleitorais. Cada um dos 513 deputados e 81 senadores
terá a mais R$ 748 mil em emendas individuais, totalizando R$ 11,7
milhões no ano. A liberação dos recursos foi condicionada à aprovação da proposta em um decreto assinado pela presidente no dia 28 de novembro.
Na votação desta noite, o plenário do Congresso derrubou a última emenda
da oposição apresentada ao projeto, que pretendia limitar as despesas
correntes discricionárias (que o governo pode escolher se executa ou
não) ao montante executado no ano anterior. Em maioria no plenário, os
deputados derrotaram a emenda por 55 votos favoráveis, 247 contrários e
duas abstenções. A votação do Senado nem chegou a ser divulgada, já que
os deputados rejeitaram a mudança no texto principal.
O Congresso aprovou o texto principal
do projeto na semana passada, em sessão que durou 19 horas e se
estendeu pela madrugada. O debate instalou um verdadeiro clima de guerra
na Casa, com direito a troca de xingamentos entre parlamentares
governistas e da oposição, e até agressões físicas envolvendo
seguranças.
Na votação desta terça, congressistas da oposição voltaram a fazer
sucessivos discursos com ataques à manobra do governo. Em minoria, eles
não conseguiram empurrar a votação por várias horas, nem tiveram número
para aprovar a emenda. A votação não foi concluída na semana passada porque aliados de Dilma esvaziaram a sessão após horas de discussão.
Nas últimas três semanas, o Planalto chegou a sofrer derrotas impostas
por sua própria base aliada, que atuou para adiar a discussão diante das
insatisfações com a montagem da equipe para o segundo mandato de Dilma.
O desgaste foi exposto principalmente nas bancados do PMDB, PP, Pros e
PR na Câmara. (Folha Poder)
4 comentários
Coronel,
Replysão estes os, agora, mais de trezentos picaretas. O velhaco estava certo, só errou na quantidade.
Coronel
Reply"O governo estabelece um novo padrão de quando a lei não é cumprida, as metas não são alcançadas, muda-se a lei, as metas. Isso afugenta investimentos, desaquece a economia, deixa de gerar empregos. O que nós assistimos foi a base dar uma anistia porque o crime foi cometido, o que se faz agora é modificar a lei para que ela seja anistiada", completou.
Ora! Não só isso! E como fica o cidadão que cumpre as suas obrigações e tem essa 'merdalha' aí como péssimo exemplo de descumprimento de uma Lei!!!! Imaginem, um crime! E tudo bem. Vão pro diabo que os carreguem!
Cavalaria Ligeira
Não adianta a base alugada anistiar.
ReplySabemos que ELLA cometeu, entre tantos crimes, o de responsabilidade fiscal.
É um fato. E contra fatos não há argumentos certo????
Esses anos de desgraça total para o Brasil, governado por um crápula cachaceiro e uma uma ORCA terrorista que assassinou inocentes em ataques terroristas, ficarão para a história da humanidade como os tempos de vermes que tomaram o poder no Basil e zeraram os cofres da Nação.
ReplyDia 18 essa bandida cínica, corrupta e incompetente deverá se diplomada para um segundo mandato! ISSO NÃO PODE ACONTECER. UMA TERRORISTA, com tantos crimes nas costas, tanta corrupção e roubos, improbidades, FALÊNCIA DA PETROBRÁS (o maior roubo do dinheiro público da história do planeta), inclusive uma reeleição sob suspeita, que com certeza foi fraudada com o uso da máquina pública, dos correios, jatinhos, ausência no comando do cargo, etc uma explícita FICHA SUJA, essa meliante NÃO PODE REASSUMIR A PRESIDÊNCIA. Seria um governo ILÍCITO!
FORÇA BRASILEIROS E BRASILEIRAS, VAMOS IMPEDIR MAIS ESSE CRIME: A POSSE DE UMA IMPOSTORA NA PRESIDÊNCIA.