As cinco maiores centrais sindicais do país divulgaram ontem apoio à
greve conduzida por dezenas de categorias do funcionalismo. No documento
assinado pelos presidentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT),
Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central
Sindical (NCST) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
(CTB), os sindicalistas repudiam as alternativas buscadas pelo governo
de cortar ponto e substituir trabalhadores grevistas por terceirizados
"que servem apenas para acirrar os ânimos e por lenha na fogueira do
descontentamento do funcionalismo público federal".
— Não é
pressão e autoritarismo que acaba a greve, é persuasão e negociação que
acaba com qualquer greve. As centrais sindicais estão preocupadas porque
a greve já dura 50 dias e isso prejudica toda a sociedade —diz o
secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. O
movimento sindical pede que o governo regulamente a Convenção 151 da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata das relações de
trabalho na administração pública, estabelecendo o direito de negociação
e a data-base para servidores públicos. "A falta de negociação entre as
partes — postura adotada pelos governos passados — que gerou o
descontentamento generalizado dos servidores, há décadas submetidos a
uma política de desvalorização e de arrocho salarial" afirma a nota
conjunta das centrais.
O documento divulgada ontem é apenas um
primeiro movimento das centrais em apoio aos servidores, diz Ricardo
Patah, presidente da UGT. Segundo ele, caso o governo não chame as
centrais para negociar a situação do funcionalismo público, o assunto
deve ser levado pelos sindicalistas na reunião de quarta-feira com
Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da
República. Originalmente, a reunião fora convocada pelas centrais para
discutir a criação de um fundo anticrise com recursos do FGTS.
Atentos
ao prazo para o envio da proposta do orçamento do ano que vem ao
Congresso, que termina no fim deste mês, os servidores federais
insistirão: querem aumento de até 78% para um contingente de 500 mil
servidores. A reivindicação será apresentada em reuniões marcadas para
amanhã, mesmo depois de a presidente Dilma Rousseff ter declarado que a
prioridade de seu governo é preservar o emprego de trabalhadores que não
têm estabilidade nestes tempos de crise econômica.
A greve dos
servidores será tema do primeiro compromisso da presidente em uma
reunião com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, hoje. Amanhã, o
ministério receberá os manifestantes. Eles defendem que o governo
estenda um benefício da Lei 12.277/2010, que criou uma tabela salarial
diferente para cinco cargos de nível superior do Executivo (estatístico,
engenheiro, geólogo, economista e arquiteto), para outras categorias.
Segundo
Josenilton Costa, secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no
Serviço Público Federal (Condsef), 18 categorias da base da Condsef têm
interesse nisso. No grupo, estão funcionários dos ministérios da
Agricultura, Justiça, Saúde, Trabalho, Previdência, entre outros. —
É uma gama de servidores responsáveis para que a máquina do governo não
pare. Não posso garantir se a reunião vai ser bem-sucedida — diz Costa.
Para
pressionar, os funcionários públicos montarão acampamento amanhã em
frente à Catedral de Brasília. Na quarta-feira, prometem parar a
Esplanada dos Ministérios. Hoje, no Rio, policiais federais farão uma
manifestação em frente à superintendência do órgão, na Zona Portuária.
Ontem, grevistas da Polícia Federal fizeram um protesto distribuindo
pizza no aeroporto de Confins (Belo Horizonte). Na quinta-feira, a
Polícia Federal promete nova operação-padrão no aeroporto de Cumbica, em
São Paulo.
Enquanto isso, o governo tenta minimizar os prejuízos
com a greve. Para evitar uma queda das maior das exportações por causa
da paralisação de inspetores federais nos portos, o Ministério da
Agricultura pode firmar convênios com estados e municípios, se a
categoria conseguir reverter na Justiça a decisão que garantiu a
suspensão da greve. Na semana passada, o Superior Tribunal de Justiça
(STJ) decidiu que os 3.200 servidores do ministério retomem as
atividades. O sindicato da categoria afirmou que irá recorrer, mas
respeitará a decisão e voltará aos postos.
Felipe Salto,
economista da Tendências Consultorias, avalia que, do ponto de vista das
contas públicas, o ideal seria que o governo não concedesse aumento ao
funcionalismo. Mas, como há uma demanda contida dos últimos dois anos,
ele acredita que a equipe econômica precisará ceder. — Por isso,
acreditamos que em 2013 o resultado primário (economia para pagar juros
da dívida pública) ficará em 2,6% do PIB, abaixo dos 3,1% estimados para
este ano — ressaltou. Para o economista Alcides Leite, da
Trevisan Escola de Negócios, o governo foi inábil na negociação. Ele
acredita que a greve provocará problemas ao comércio exterior, mas
estima que a situação voltará à normalidade com o envio do orçamento ao
Congresso. (De O Globo)
10 comentários
Vai dar aumento e jogar a conta no aumento de impostos.Povo é babaca!!!
Reply„Die ich rief, die Geister, / Werd’ ich nun nicht los.“
ReplyLula acaba de puxar o enforcador de Dilma.
Replye esse mesmo povo babaca que vai pagar a conta eh o que fica sensibilizado com as greves dos servidores em época eleitoral, elegendo pelegos sindicalistas que só querem mesmo eh fazer carreira politica, e que depois reclama que os serviços são uma porcaria....
Replyvá entender esse eleitorado tresloucado...
Caro coronel, de onde aparece tanta gente falando pelos cutuvelos em nome do servidor, hora isso não me parace justo, nós servidores não passamor procuração para essa gente, muito menos autorizamos tal ação. Os servidores se embassam pela Constituição Federal, não por instinto. A greve geral é uma perpectiva. Não vejo o por que ficar defendendo pessoa ou governo, se temos a instituição do impechamente, para evitar um lastro de derramamento de sangue e destruição de cidades, como vem acontecendo em muitos outros países. É uma causa a pensar.
ReplyTem que acabar com esse paternalismo, tá ruim?pede demissão e vem pra iniciativa privada e vê se consegue salario desse nível aqui.Ou então o governo dá o aumento e acaba com essa estabilidade que só nos leva a instabilidade.
ReplyVão trabalhar,meus senhores!!!!!
Agora é o DILeMA : dá os aumentos e esculhamba as contas públicas ou não dá e cria milhares de insatisfeitos, que foram muito mal acostumados nos anos do molusco ! Tudo que o Lulla queria nesse momento, desestabilizar a Dilma para ele surgir como salvador da pátria.
Replyvagabundos!
ReplyTomem socialistas!
ReplyAcho que estão até gostando - vocês têm mesmo uma quedinha por "festa de arromba"!!!
As greves só acabam quando o reizinho LUIZ 51 TATUZINHO ETANOL DA SILVA "pedir" para parar, quem manda nas greves são os sindicalistas aliados dos mensaleiros, quando a sentença do STF estiver no forno, AS GREVES FICAM MAIS SELVAGENS e apenas refluiriam e mesmo com aumento de 0,1% porque um DECRETO DO REI tem que ser aceito.
ReplyMuito parecido com um SALVE GERAL do PCC, os decretos da máfia-governo são todas respeitadas com muito zelo pela população pois se sabe que DESAFIAR O PCC É SUICÍDIO.
O partido do crime tem a pena de morte e expropriação grátis de habitações para servirem de cafofo dos criminosos em favelas do RJ e casebres de bairros da periferia de São Paulo e barracos de favela para o uso NO VAREJO DO CRIME, CHEFES DE BIQUEIRAS, apontadores de bicho e outros criminosos. JOGO DO BICHO É CRIME E NÃO CONTRAVENÇÃO PENAL HÁ MESES, O CACHOEIRA TEM QUE CUMPRIR TODA A PENA EM RDD POR SER UM CONTUMAZ CRIMINOSO DE BICHO, JOGOS OUTROS DE AZAR, chefe miliciano e CÚMPLICE DE CÚMPLICES DO MENSALÃO, os culpados indiretos são apenas condenados por formação de bando ou quadrilha, o resto são absolvidos, no caso do Cachoeira seriam mais doze anos de CANA BRAVA pra puxar.