Lewandowski é o Ministro da Justiça da República de São Bernardo.

Em janeiro do ano passado, o município de São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo, ganhou um morador ilustre: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele ocupa a cobertura de um edifício residencial na Avenida Prestes Maia, no bairro Santa Teresinha, próximo ao centro da cidade em que se projetou, nos anos 1980, como líder do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. 

De lá para cá, a visibilidade do município – e sua prosperidade – só tem crescido. É de São Bernardo o prefeito Luiz Marinho, escolhido por Lula para ser o articulador político de seu grupo dentro do PT. No dia 5 deste mês, Marinho recebeu a visita de Dilma Rousseff na inauguração de uma unidade de saúde – ele foi o único prefeito petista candidato à reeleição que teve a oportunidade de posar para uma foto com a presidente. 

Marinho é amigo do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, que nasceu no Rio de Janeiro e foi criado em São Bernardo. Lewandowski foi o revisor do processo do mensalão e participa do julgamento que mobilizará o país a partir do dia 2 de agosto. Os três – Marinho, Lewandowski e o próprio Lula – são frequentadores do restaurante São Judas Tadeu e amigos do dono, Laerte Demarchi, um são-bernardense da gema. Laerte se orgulha de ter assistido, no estabelecimento famoso pelo frango com polenta, ao nascimento do partido político que há dez anos governa o Brasil.

Marinho, Lewandowski, Demarchi e Lula pertencem a um mesmo círculo de amigos – e o relacionamento dos quatro vem se estreitando nos últimos tempos. O prefeito Marinho é um homem afeito a celebrações públicas. Nos últimos dois anos, organizou três homenagens a Lewandowski, cuja família fez história em São Bernardo. Lewandowski esteve presente a todas. A mais recente foi no dia 28 de março, na Faculdade de Direito de São Bernardo, controlada pelo município. Lewandowski, com Marinho a seu lado, deu uma aula magna a um auditório lotado e foi saudado como o mais ilustre ex-aluno e ex-professor da faculdade. Um mês antes, Marinho inaugurara uma escola de educação infantil com o nome da mãe do ministro, Karolina Zofia Lewandowska, morta em 2010. Em 2011, Marinho já homenageara Lewandowski por ele ter sido o primeiro presidente do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural (Compahc) do município.

Lewandowski ingressou na vida pública pelas mãos dos Demarchis. Quando Walter Demarchi, irmão de Laerte, era vice-prefeito de São Bernardo, entre 1983 e 1988, ele convidou o então advogado a ocupar a Secretaria de Assuntos Jurídicos. O então prefeito, Aron Galante, mal conhecia Lewandowski. Ele recorda: “Foi a família Demarchi que indicou o secretário jurídico. Disseram: ‘Nós temos o Lewandowski’. Eu respondi: ‘Traz ele aqui’. Nem o conhecia direito”. Leia mais aqui, na Revista Época.

14 comentários

Isso pode ser um perfil.
Mas, não indica a tendência e nem a forma de agir e nem indícios de tendência.

Reply

Falando em PaTetas, alguém viu o Sebento da Caatinga nestes últimos 30 dias? Melhor: alguém por acaso ouviu falar do traste neste mê de julho, que já vai além do dia 20?

Reply

"Ricardo Lewandowski foi nomeado para o Supremo Tribunal Federal (STF) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2006. O ministro era desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo e sua escolha contou com apoio e torcida da mulher de Lula, Marisa Letícia. Ela é amiga da mãe do ministro, Karolina, que conheceu em São Bernardo do Campo (SP), onde Lewandowski foi criado. O ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos também o apoiou para o STF."
http://henriquelimaa.blogspot.com.br/2010/07/ricardo-lewandowski-presidente-do-tse.html

Reply

10h18: nao indica tendência? E papai Noel, você acredita né?

Reply

cel,


Com esse tipo de poder, jamais chegaremos a uma democracia. Cambada de fdp. Bem que poderia voltar os militares e colocar todos esses caras num cemiterio clandestino.

Reply

Todo mundo sabe porque Lewandowsky ficou 6 meses para "revisar" o relatório do Joaquim Barbosa. Boa coisa não foi. E bem que ele queria ter ficado mais. Mal posso esperar pelo dia 2 de agosto e seguintes.

Mariana

Reply

Agora vcs já sabem porque me mandei de São Bernardo.

Mago

Reply

Coronel, além do Tofolli, mais um que deveria estar impedido de julgar o mensalão.

Reply

Coronel,
realmente não indica tendência, é fato consumado. Aposto a ética e a honestidade do PT.

Reply
Observadordepirata mod

Nessas eleições , não vote no menos pior, VOTE NULO.

Reply

Na república de banania só se desenvolve o lugar onde tem ilustres petralhas.

Reply

É justamente por fazer parte da curriola de petralhas que o tal levandowiski ficou como relator do maior escândalo já visto na República da Banania. Para livrar a cara dos quadrilheiros. Êsse é um autêntico bandido togado. Foi tudo devidamente orquestrado desde que Lula foi pego com a boca na butija do mensalão, ou melhor com os 9 dedos saquenado os cofres públicos no Planalto.
Esse levaando o wiski deve ser no mínimo EXONERADO.

Reply

A que ponto chegamos. Um ministro do STF com partido. Cagliostro

Reply
elinei winston mod

A participação do Min Levandowski na tentativa de melar o processo do mensalão so surpreende a quem não sabe seu histórico, como era o meu caso, diga-se de passagem.
O min Levandowski foi indicado para o STF, pelo ex-pres Lula.Mas isto, na verdade, não quer dizer nada, pois, o paladino-mór do STF o min Joaquim Barbosa também o foi,so que a nomeação de levandowski foi chancelada pelo então min da Justiça Tomaz Bastos. Isto certamente é um diferencial significativo entre a postura dos dois ministros em relação ao MENSALÃO, que Lula e seus seguidores do PT( esta praga que assola o País )dizem não ter existido. AS PROVAS, QUE PROVAM QUE ELE EXISTIU para eles e seu projeto de dominar o País devem ser desprezadas.

Reply