Quem espera revelações do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos
Cachoeira, em seu depoimento marcado para amanhã na CPI (Comissão
Parlamentar de Inquérito) que apura sua relação com autoridades deverá
se frustrar. A defesa de Cachoeira definiu a estratégia no fim de semana: ou o
empresário ficará calado ou ele não vai comparecer ao depoimento. A alternativa a prevalecer depende da resposta do Supremo Tribunal
Federal sobre o pedido dos advogados para que a CPI dê a Cachoeira
acesso ao material que tem contra ele, além de prazo para analisar os
documentos.
Se o STF negar o pedido ou não decidir até amanhã, Cachoeira deve permanecer em silêncio no depoimento -ou falar muito pouco. Se o Supremo aceitar o pedido, a defesa espera que seja dado um prazo
para Cachoeira analisar os autos da CPI, o que adiaria o depoimento. Para a defesa, ele não pode depor sem saber o conteúdo da investigação.
"Precisamos acabar com essa situação kafkiana", disse ontem o advogado
de Cachoeira, Márcio Thomaz Bastos, ministro da Justiça no governo Lula. No romance "O Processo", de Franz Kafka, o personagem principal é investigado sem saber por qual motivo.
Se o depoimento de fato ocorrer, será a primeira oitiva pública à
comissão. Até agora, só dois delegados da Polícia Federal falaram, mas
em sessões secretas. "Ele adotará a linha de não falar", disse o senador Humberto Costa (PT-PE). Por ora, a CPI do Cachoeira em nada se assemelha à CPI dos Correios, que investigou o mensalão em 2005. Naquela época, não havia investigação policial prévia nem extensos arquivos com intercepções telefônicas. "É que, neste caso, as investigações já estavam avançadas", completou o senador.
Na quinta, a CPI ouvirá dois procuradores da República que conduziram a Operação Monte Carlo, que levou Cachoeira à prisão. Os integrantes da CPI querem, por exemplo, solicitar ao STF acesso ao
sigilo bancário do senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), investigado
pelo envolvimento com Carlinhos Cachoeira. O Supremo já autorizou a abertura dos dados bancários do senador a
pedido do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Se não tiverem
acesso por meio da corte, os membros da CPI pretendem votar requerimento
para conseguir os documentos.(Folha de São Paulo)
9 comentários
E ainda há quem pronuncie o nome dele de boca cheia, acompanhado de elogios e reverência , como se fosse um cidadão do bem ...
ReplyCLARO ,CLARISSIMO , O SÓCIO E O ZÉ DIRCEU , E AS OBRAS FORAM SUPERFATURADAS NA TRANSPOSIÇÃO DO SÃO FRANCISCO, COM O AVAL DA DILEMTNIRA E DO LULLA MOLUSCO, COMO PODE O CACXHOEIRA ABRIR A BOCA , DE JEITO NEUNHM OS PETRALHAS UTILIZARM-NO COMO LARANJA PARA ROUBAREM MAIS AINDA A NAÇÃO.
ReplyCoronel,
Replydepois do fiasco no tocante a querer tungar o MENSALÃO, A CPMI deixou de ter serventia. Para o governo é claro.
Santa inocência! vocês acham que o MTB foi ser advogado do Cachoeiragate a mando de quem e para quê?
ReplyVocês acham que ele vai deixar o homi colocar o outro homi e seus amiguinhos no xadrez????
Me engana que eu gosto!
Cel
ReplyEssa CPI é mais uma palhaçada com o dinheiro do povo. Ninguém fala nada, o Judiciário não acolhe a denúncia e tudo fica como antes.
Sabemos que foi invenção do Inútil da Silva, que continua cada vez com "menas" serventia, a não ser para atrapalhar, inclusive o seu partido.
Esther
Vai à CPI sim e depois convoquem também esse advogado do diabo, ataquem com uma pesada saraivada de questões até acabar de atordoar as cabeças diabólicas desses contraventores.
ReplyCom perguntas inteligentes eles mesmos se entregarão com contradições.
Se este contraventor permanecer calado durante a investigação, será uma desmoralização para a CPI. Ele está ali para ser investigado e não interessa a ele o que aparece nas ligações gravadas. Ele que diga a verdade.
ReplySE ESSE SAFADO DO CACHOEIRA DESDE O MENSALÃO JÁ ESTÁ METENDO A MÃO COM O LULA, VOCES ACHAM QUE ELE VAI ABRIR O BICO, E A TURMA DO ZÉ DIRCEU E SOMBRA NÃO VÃO APAGA-LO , ELE SABE QUE TERÁ UM FIM COMO O DO PC FARIAS, MORTO LOGO , LOGO.
ReplyTÁ CERTO, NÃO TEM QUE FALAR MESMO.
ReplyQUEM TEM QUE FLAR É DEMOSTENES/PROCURADOR GERAL E SUA MULHER/POLICARPO JR/ROBERTO CIVVITTA.