O empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, orientou um de
seus operadores a entregar dinheiro a um assessor do governador de
Goiás, Marconi Perillo (PSDB), em julho de 2011. Escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal durante investigações
sobre os negócios de Cachoeira mostram-no tratando do assunto com o
ex-vereador Wladimir Garcez, um de seus operadores. "É pro governador", disse Cachoeira a Garcez. "Vamos lá pagar logo pra
ele no palácio lá. Chega lá, paga pro Jayme. Já manda ele levar o
dinheiro, já entrega a chave aí pra ele, depois tira os trem que tem que
tirar aqui."Jayme Rincon é um dos principais auxiliares de Perillo no governo de
Goiás. Ele preside a Agência Goiânia de Transporte e Obras Públicas e
foi um dos responsáveis pela arrecadação de fundos para a campanha de
Perillo.
À Folha o governador negou ter feito negócios com Cachoeira, mas
reconheceu que seu operador atuou como intermediário na transação.
Perillo afirma que vendeu o imóvel por R$ 1,4 milhão para outro
empresário, Walter Paulo Santiago. A Folha não conseguiu localizar Santiago ontem. Na campanha
eleitoral de 2008, ele se candidatou a vereador em Goiânia e declarou à
Justiça Eleitoral que não tinha renda nem patrimônio. Quem ocupa o imóvel desdesde a sua venda é o próprio Cachoeira. Ele
estava na casa quando foi preso em fevereiro, acusado de explorar jogos
ilegais e outros crimes.
O diálogo entre Cachoeira e Garcez é mais um indício de que Perillo
manteve com o empresário nos últimos anos um relacionamento bem mais
próximo do que ele tem admitido em suas entrevistas. A revista "Época" publicou outro diálogo em que Cachoeira trata da venda
do imóvel com Cláudio Abreu, ex-diretor da construtora Delta na região
Centro-Oeste. Ele se irrita quando questionado pelo telefone sobre o
negócio."Você [ininteligível] de falar para os outros que eu tenho casa para
vender no Alphaville... do Marconi, rapaz?", diz Cachoeira. "Pode de
jeito nenhum falar que eu que tenho casa para vender."
No início da semana, o blog QuidNovi divulgou o conteúdo de outro
diálogo, em que o grupo de Cachoeira fala de uma entrega de dinheiro no
palácio do governador, escondido numa caixa de computador. A PF interceptou 12 conversas entre Cachoeira e seus assessores na qual
tratam do assunto. Todas de junho de 2011. A PF desconfia que o dinheiro
teria como destino final o governador Perillo.
"Cê contou?", pergunta Cachoeira ao assessor. "Então lacra aí, entrega
pro Gleybão entregar pro Wladimir lá na praça lá. Ele está lá na praça
perto de palácio. Fala pra ele passar lá e deixar", orienta o
empresário.Dois assessores de Perillo já foram afastados do governo por causa de
suas relações com Cachoeira. A chefe de gabinete dele e o presidente do
Detran também foram mencionados em conversas com o empresário.(Folha de São Paulo)
11 comentários
O PT apodreceu os habitos dos brasileiros, principalmente o dos politicos. Depois do Mensalão tudo ficou possivel.
ReplyO PT apodreceu os habitos dos brasileiros, principalmente o dos politicos. Depois do Mensalão tudo ficou possivel.
ReplyCoronel,
ReplyO Lulla botou gasolina na fogueira para pegar o PSDB. Vai conseguir.
O problema é que para pegar o PSDB, ele vai derrubar o Cabral, a Dilma, o Zé Dirceu, a Copa, a ....... e etc...
Vingança cega dá nisso. O Lulla é esperto, mas não é inteligente. Tem muita diferença!!!!
JulioK
Além de tudo, é burro.
ReplyE parece que a vingança "daquele" que foi avisado do mensalão é das bravas. Maquinou direitinho.....não brinquem com ele. Só Deus, e parece que ele deu uma trégua.
Lilyane
OFF
ReplyUM EDITORIAL CONTRA A DECISÃO DO STF, QUE OFICIALIZOU A DISCRIMINAÇÃO RACIAL NO BRASIL
RA publicou o excelente editorial do Estadão. Leiam ! Segue link.
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/um-editorial-contra-a-decisao-do-stf-que-oficializaou-a-discriminacao-racial-no-brasil/
Infelizmente, os ministros do STF jogaram a CF, Art. 5º no lixo !
Chris/SP
OFF
ReplyCel,
Os ratos, mais uma vez, perderam!
A Veja só fez o seu trabalho!
Leia o post de RA.
O TRIUNFO DA VERDADE: e os ratos pariram… mais ratos! Inquérito sobre Demóstenes vaza na íntegra e evidencia o que os decentes já sabiam: jornalista da VEJA estava apenas fazendo seu trabalho. Ou: como senador tentou abafar repercussão de reportagem da revista sobre a Delta a pedido de Cachoeira
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-triunfo-da-verdade-e-os-ratos-pariram-mais-ratos-inquerito-sobre-demostenes-vaza-na-integra-e-evidencia-o-que-os-decentes-ja-sabiam-jornalista-da-veja-estava-apenas-fazendo-seu-trabalho-ou-c/
Chris/SP
Oi, Cel
ReplyMuito bom o link do WWFOME!
Sou pelo APROVADILMA!!!
Chris/SP
Cel,
ReplyPT acabou com o Brasil, viabilizou todo tipo de corrupçao, pois o grade chefe do mensalo LUla da Silva continua solto e comandando o Pais, e tudo uma farsa pois a mentecapta da Dilma corre para os braços do cachaceiro quando a rosca aperta. Sera que num Pais coberto pela safadeza e maracutaia podemos confiar nos indices fornecidos por IBGE, FGV, acredite quem quiser que a inflaçao e essa mesmo com tudo subindo todos os dias e o salario sempre o mesmo.
Está demorando para aparecerem as ligações do Cachoeira com o PCdoB goiano, particularmente do ex-deputado ficha-suja Fábio Tokarsky, a dirigente Lúcia Rincón e o secretário de Esportes e Lazer de Goiânia, Luís Carlos Orro.
ReplyEste, aliás, teve há poucas semanas um susto com a revelação de que comprara equipamentos velhos e superfaturados em mais de 2.000% para a cidade, em conluio com o bicheiro Cachoeira; mas a denúncia foi abafada pela aparição das peripécias do Demóstenes nos jornais.
E ainda tem o ex-vereador Euler Ivo, chefe do partidão, que tentou montar a fábrica de motos chinesas em Piracanjuba, como laranja do Cachoeira, mas foi ambicioso demais e o defenestraram.
Goiás está podre de ligações criminosas com contraventores e estelionatários. E o PCdoB apoia o Marconi e participa de seu governo desde o primeiro mandato dele.
Por enquanto....as bandas bandeirantes estão fora de foco.
ReplyParece que vale a pena ter um governador xuxu e religioso. Vamos aguardar o início da campanha eleitoral... nestas alturas, tudo é possível.
Lilyane
Cara Chris,
ReplyAcho que muitas pessoas estão fazendo confusão sobre a decisão do STF.
O que o STF fez, foi apenas julgar a constitucionalidade das cotas, nada mais.
Mas se o Art. 5º da constituição foi jogado ao lixo, vamos ver o que diz o Art. 6º: São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Ora, sendo a educação um direito social, deveria ser natural que TODOS TIVESSEM ACESSO ÀS UNIVERSIDADES.
Mas nem todos tem. Ou melhor, pouquissímas pessoas tem esse acesso. E até então não vimos ninguém sair em público para defender esse artigo da constituição. É mesmo uma vergonha a que acontece em nosso país. E não é de hoje ou de uma governo apenas. Foram necessários muitos anos de descaso para com a população, para que chegássemos ao nível em que chegamos. Não vamos levar esse assunto ao nível ideológico, pois não nos levaria a lugar algum. Certamente que a antiga classe média, que podia colocar seus filhos na escola, e nunca se preocupou com aqueles miseráveis, que na mairia das vezes servia na senzala aos seus senhores, pudessem ou não ter essa condição.
As cotas, embora sejam vistas por muitos como ma forma de discriminação, na verdade jamais o foram. Apenas mudaram o conceito de quantidade para os negros nas universidades.
Seria bobagem colocar cotas de 20% numa universidade catarinense, pois naquele estado os negros são a infinitam minoria. Mas no Rio de Janeiro, aí a coisa muda. Então, não vamos discutir se os percetuiais das cotas são corretos ou não. Mas podemos discutir, e é o que nos interessa, o porque de serem criadas cotas.
Não seriam necessárias se as nossas escolas fossem de boa qualidade em todos os níveis. E ainda assim, muitos cursos oferececidos nas faculdades, exigem uma boa renda por parte dos estudantes, daí a necessidade de bolsas de estudo.
Mas eu tenho uma sugestão; que se faça, ao invés das cotas uma seleção por renda familiar.
Obtenha-se a média nacional da renda familiar, veja-se qual a quantidade de vafas nas faculdades públicas e a partir daí se estabeleçam as cotas sociais, permitindo que dentro do índice, sejam admitidos os alunos de acordo com seu poder aquisitivo. Assim, se algum filho de pai rico não pudesse entrar numa universidade paga com o dinheiro de TODOS OS CONTRIBUINTES, ele poderia pagar uma universidade particular, independente de cotas ou programas de governo. Afinal, quem tem, tem. Quem não tem, pede ajuda.