Quem lê os blogs da esgotosfera que apóia José Dirceu e demais membros da quadrilha do Mensalão sabe que o controle social da mídia é o sonho de consumo das ratazanas. Por ele, será possível transformar todos eles em Azenhas, Nassifs e Amorins, financiados pelos cofres públicos, além de acabar com a liberdade de imprensa. Muitos deles nem traduzem o objetivo: uma Ley de Medios. Vejam abaixo o que está acontecendo na Argentina.
A Associação Nacional de Jornais (ANJ), entidade que congrega 155 empresas jornalísticas do Brasil em defesa da liberdade de imprensa, emitiu ontem uma nota manifestando preocupação com o projeto de lei da presidente argentina, Cristina Kirchner, que declara de "interesse público" a produção, a comercialização e a distribuição de papel-jornal em seu país. Na nota assinada pela presidente da ANJ, Judith Brito, e do vice-presidente e responsável pelo Comitê de Liberdade de Expressão, Francisco Mesquita Neto, a entidade qualifica de "extremamente preocupante" o projeto que "dará ao governo argentino o poder de limitar o acesso das empresas jornalísticas ao papel, numa evidente ameaça à liberdade de imprensa". "É inadmissível a disposição das autoridades argentinas, já demonstrada em outras oportunidades, de coagir e interferir na atividade jornalística. Essa permanente postura de confronto com os jornais é fruto do autoritarismo e da dificuldade de convivência com a crítica, essencial nas sociedades democráticas", diz a ANJ.
O alvo do projeto de lei é a empresa Papel Prensa, única fabricante de papel-jornal da Argentina. A aprovação da medida prejudicará os jornais Clarín e La Nación - editorialmente críticos ao governo de Cristina -, que possuem, respectivamente, 49% e 22,49% das ações da Papel Prensa. O Estado argentino é o segundo acionista, com 27,6%. "A ANJ se solidariza com os jornais argentinos diante de mais essa iniciativa constrangedora ao exercício do jornalismo e espera que o projeto não seja aprovado, em benefício dos cidadãos do país, os maiores prejudicados com o cerceamento à liberdade de expressão." A Câmara dos Deputados argentina aprovou o projeto de lei na sexta-feira, por 134 votos a favor, 92 contra e 13 abstenções. O Senado tem até o fim do mês para votar a legislação.
Em outubro de 2009 o governo aprovou uma controvertida lei de mídia que, entre outras regras, restringe a possibilidade de empresas manterem ao mesmo tempo a posse de jornais diários e emissoras de TV numa mesma praça. Além de seguir uma política discricionária de publicidade oficial - favorecendo meios de comunicação que considera "aliados" -, a Casa Rosada promove blitzen fiscais sistemáticas contra jornais independentes e faz vista grossa a piquetes de seus partidários que impedem a circulação desses diários. (Do Estadão)
9 comentários
Cabe aos “gringos” o poder de contestar se acham que tá bom que continuem dado corda pra CK , elle lá como cá sabem o que é “melhor” para a maioria garanto quanto mais pobre mais vão sofrer e isso é questão de tempo.
ReplyA cumpanhera apresentadora da cumpanhera tv estatal norte-coreana anunciou a morte de grande líder cumpanhero Kim Jong-il aos prantos. Coisa de causar inveja aos cumpanheros jornalistas tupiniquins.
Replyeh, ANJ...
Replyse ficarem nesse lenga-lenga só a tua hora vai chegar...
já ha controle na Bolívia, Equador, Venezuela e agora na Argentina...
no Brasil ainda não rolou por causa do gigantismo do setor e da resistência da sociedade, que ainda eh expressiva...
mas paisecos com apenas dois ou três jornaizinhos já estão comendo na mão da comunistada...
ARGENTINA, VELHOS MITOS
ReplyDesde criança escuto que a Argentina, sim, é um país bacana. Lá, quando o povo fica bravo vai prá rua, etc...
Sempre me impressionei com isso.Mas, depois de algumas décadas de observação, creio que os argentinos não são nem melhores e nem piores que nós, los brasileños.
Está certo que lutaram bravamente contra a ditadura militar (muitos também de olho em uma ditadura comunista, como aqui), mas depois aceitam essa sequência de governos peronistas que acabam com a economia argentina.
Não sei que diabos de preparo político é esse que aceita truculentos e mafiosos como os Kirchner e outros.
Buenos Aires é uma linda cidade, etc, mas está em decadência. Notamos claramente a pobreza que aumenta, e a criminalidade, além das favelas.
em suma, lá como cá, vive-se de mitos.
Um dos mais interessantes é o de Gardel.
pergunte a um motorista de táxi sobre Carlos Gardel. O motorista dirá com a maior seriedade:
Canta cada vez mejor! O homem morreu há mais de 50 anos.
CEl,
ReplyLos hermanos que se cuidem. Com o controle do governo sobre o papel de imprensa, restará o papel higiênico, por enquanto, mas se a ditadura recrusdecer, vão ter que limpar o buzanfam com folhas de macieira. E olha que as maçãs Argentinas deixaram de ser as melhores há muito tempo, vão se ralar todos.
Índio Tonto/SP
Olha, já faz vários anos que eu li O Papel do Jornal, de Alberto Dines, e considero que em relação ao tema em epigrafe o livro continua bastante atual, apesar tolerar mais o socialismo do autor de antigamente do que sua puxasaquice lulista diária de seu Observatório Petista da Imprensa...
ReplyAs críticas ao projeto do governo chegam a ser ridículas porque não vão no cerne da questão:
ReplyExiste um monopólio privado (a única empresa do ramo é propriedade do Clarín e do La Nación), que a presidente de lá vai trocar por um monopólio estatal.
O problema é o monopólio que compromete a liberdade de imprensa. Problema que já existe e não será resolvido com essa lei. Eles sairão de um problema e irão para outro, mas a situação atual também é absurda.
Não vai adiantar o estadão ficar sem papel, já tem promoção para assinar o jornal DIGITAL por dois anos e ganha um tablet de marca conhecida e com o softwere Android ( Google ), o jornal sai e não precisa papel, a Cristina K está na idade da pedra, pensa que as fotos são só filmes, jornais e livros seriam só de papel. O JORNAL DIGITAL SERÁ UM PÉ NA BUNDA DA CRISTINA K.
ReplyPODERÁ SER IRRADIADO DE MONTEVIDÉU e do outro lado do rio ( Buenos Aires está a 30km e emitido em provedor uruguaio ( e chilenos ) o jornal poderá circular sem papel e a Cristina K que cobre impostos dos jornais sabujos e do diário oficial do país ( devem ter ainda os velhos copy-desk, tipógrafos que montam as páginas uma a uma com tipos de Pb ou chumbo e as fotos por meio de vários fax-simile.
Caro bpistelli, observe a crise de vendas dos jornais impressos dos barões da mídia brasileira e vc verá que a mudança para a versão digital não será por pressão ou perseguição política. A mudança é porque os jornais não vendem mais como antes, o n° de assinantes diminui consideravelmente a cada dia. Será a aposta derradeira e agourenta da grande mídia para sobreviver.
Reply