Golpe de mestre.

O PSD nasce morto e o DEM comete haraquiri.  O que era um partido moribundo vira em dois em estado de coma. É o resumo da ópera, com o maestro Aécio Neves (PSDB-MG)atingindo os seus objetivos. Tira o DEM da influência dos tucanos paulistas, esfacelando o partido no maior colégio eleitoral do país, levando o que interessa da massa falida: o tempo de TV. Vejam a notícia abaixo, publicada pelo Estadão:

O presidente nacional do DEM, José Agripino Maia (RN) anunciou na tarde desta segunda-feira, 21, que a cúpula do partido em São Paulo será substituída. Hoje, o diretório paulista é controlado pelo prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, que está deixando a legenda para criar o PSD. No último sábado, 19, Kassab telefonou para Agripino comunicando que enviaria sua carta de desfiliação. Mas até agora não chegou. De qualquer jeito, a decisão de trocar a decisão paulista é uma maneira de o comando nacional se precaver contra a influência de Kassab no âmbito estadual. “Devemos sacramentar a decisão de trocar o diretório paulista na reunião de quinta-feira da executiva nacional dos democratas em Brasília”, afirmou Agripino.

Com o DEM transformado em partido nanico, pelo gradual esfacelamento, Aécio poderá fazer a aliança que interessa, com o PSB, oferecendo ao partido nordestino uma vice-presidência que sempre foi dos democratas. Ou alguém acha que o DEM terá algum protagonismo dividido ao meio?
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Acaba de sair na Veja:

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tem dado claros sinais de que não quer se envolver na briga entre o DEM e os dissidentes que pretendem seguir o prefeito Gilberto Kassab na mudança para o Partido Social Democrático (PSD). Se no período de articulações para a criação da legenda Alckmin tentava impedir, a pedido do próprio DEM, a debandada em massa, com o cenário mais concreto o governador parece considerar a migração como fato consumado e evita interferir.

Em público, Alckmin afirma que a dança das cadeiras partidária não muda em nada sua relação com o prefeito ou com o próprio vice-governador, Guilherme Afif Domingos, que também sai do DEM para o PSD. “Respeito a opinião e a liberdade de todos. Isso faz parte do processo democrático, não vejo nenhum problema”, disse o governador repetidas vezes ao ser questionado sobre o assunto nesta segunda-feira.

A verdade é que o governador não quer se indispor com nenhum dos lados. Ciente de que alguns deputados democratas de São Paulo devem seguir Kassab, Alckmin pretende mantê-los como aliados de seu governo na Assembleia Legislativa. Por outro lado, sabe que o DEM continua tendo peso político, o que se reflete, por exemplo, no tempo de televisão para propaganda partidária. “O DEM foi muito correto conosco, estivemos juntos na campanha eleitoral, vamos continuar juntos, trabalhando em benefício da população”, afirmou.