A Agropecuária Santa Bárbara Xinguara S.A, ligada ao banqueiro Daniel
Dantas, doou ao PT R$ 1,1 milhão para custear campanhas eleitorais em
São Paulo, Rio, Paraná, Minas e Goiás. Desse total, o ex-ministro
Alexandre Padilha, que concorre ao governo paulista, recebeu a maior
parte, R$ 570 mil.Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a empresa doou apenas ao
PT, por meio da direção nacional da legenda.
No ano passado, a Santa
Bárbara foi denunciada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) por suposta
grilagem de terras públicas. Ela é citada na operação Satiagraha, feita
pela Polícia Federal sobre os negócios de Dantas e do grupo Opportunity
e suspensa sob ordem judicial. O banqueiro também é investigado nos
desdobramentos do mensalão, sob suspeita de irrigar o esquema. Ele
sempre negou participação.
Segundo a prestação de contas da direção nacional do PT ao TSE, a
Santa Bárbara doou R$ 1,1 milhão, por transferência eletrônica, no dia
12 de agosto deste ano. De acordo com o site do tribunal, esta é a única
doação feita pela empresa desde que foi criada, em março de 2005.
Segundo os documentos da Junta Comercial, a Santa Bárbara registra um
capital social de R$ 1,197 bilhão.
Entre os diretores da companhia estão a irmã de Daniel Dantas,
Verônica Dantas, e o ex-marido dela, Carlos Rodenburg, considerado homem
de confiança do banqueiro. A doação foi dividida pelo PT entre seis
candidatos. Além de Padilha, o presidente da Câmara de São Paulo e
candidato a deputado estadual, José Américo Dias, recebeu R$ 150 mil.
Outros quatro candidatos a deputado receberam cotas de R$ 95 mil, entre
eles Marcelo Sereno, do Rio, que foi assessor do ex-ministro José
Dirceu.
Um dos recebedores do dinheiro, o deputado Assis Miguel do Couto
(PT-PR) disse ao GLOBO que só soube da doação pela reportagem e que a
considerava de “altíssimo risco”. Com um mandato ligado à agricultura,
Couto disse que não conhece a empresa nem seus donos. —
Esse foi um recurso passado pelo PT e eu não sabia quem era o doador.
Agora, a lei obriga o partido a informar a origem da doação. Mas eu nem
sabia quem era. Não vejo problema em receber dinheiro do agronegócio e
doação de cooperativas agrícolas eu recebo de bom grado. Mas, agora
(sabendo da empresa), eu acho uma doação de altíssimo risco. Não sei nem
o que vou fazer. Vejo um problema sério — disse Couto.
O tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, afirmou por meio de
sua assessoria que “as doações foram feitas de acordo com a legislação
eleitoral e os repasses aos candidatos são efetuados conforme determinam
as resoluções do TSE”. Ele disse ainda que as prestações de contas do
PT “cumprem rigorosamente as determinações legais e são públicas", mas
não respondeu se a empresa foi procurada pelo partido para doar ou se a
Santa Bárbara procurou os petistas, nem explicou a escolha dos
candidatos para receber o dinheiro.
A resposta da Santa Bárbara segue a mesma linha do dirigente petista:
“A doação da Agro SB foi feita de acordo com a Lei Nº 9.504, de 30 de
setembro de 1997”. O tesoureiro da campanha de Padilha, Jorge Coelho,
não quis comentar a doação. Disse que a prestação de contas será feita
no devido prazo. — Antes disso, não tenho nada a declarar — disse Coelho.
José Américo enviou nota ao GLOBO na qual afirma que “a doação
mencionada é legal e está declarada junto ao Tribunal Regional
Eleitoral” e que “o candidato aceita doações de empresas, desde que não
ocorra nenhuma contrapartida, como é o caso da companhia citada”. Já o
tesoureiro da candidata a deputada Adriana Accorsi, de Goiás, Silvio
Eduardo Cavalcanti, informou que recebeu o dinheiro do PT e que não tem
vínculo com a empresa. — A origem da doação não cabe a nós — disse Cavalcanti.
A candidata Marília Campos (MG), que também recebeu R$ 95 mil,
informou que a doação foi feita pelo PT e que não tem nenhuma ligação
com a Santa Bárbara. A assessoria de Marcelo Sereno afirmou que o
candidato "não teve nenhuma ingerência na doação", tendo recebido o
dinheiro direto do partido.
OCUPAÇÕES DO MST
No ano passado, a Comissão Pastoral da Terra divulgou um estudo sobre
quatro das 50 fazendas que compõem o grupo Santa Bárbara, no Pará. As
quatro fazendas comportam ocupações de terra dos movimentos de
trabalhadores rurais e são focos de conflito agrário. De acordo com o
estudo, 72% da área seria composta por terras públicas federais ou
estaduais. Na época do lançamento do estudo, a CPT afirmou que, apesar
do uso de terras públicas, órgãos federais não haviam tomado
providência. A assessoria da Santa Bárbara afirmou que “não responde a
nenhum processo sobre a posse de terras” e que “não são verídicas as
informações prestadas pela CPT sobre a ocupação pela empresa de áreas
públicas seja do Estado, seja da União.” ( O Globo)
6 comentários
Coronel. procura saber quem é o sócio Majoritário do grupo SANTA BARBARA , lá no PARÀ todos falam que é o Sr. LULA , e ela pode doar a vontade somente este ano ela pegou um Empréstimo via SUDAN de R$200 milhoes , acredito que foi o único emprestimo via sudan depois do rombo da equipe do JADER BARBALHO quando a mesma chegou a ser extinta.
ReplySócio oculto de Daniel Dantas = Lula (pai e filho)
ReplyFORA PETRALHAS!
SOU 100% AÉCIO NEVES
Chris 45/SP
É a Cosa Nostra tupiniquim por traz de tudo isso.
Replycel,
ReplyQuem chupou na teta da Dilma, agora tem de pagar.
O que esse Daniel D. deve saber da familia Sapo!!!deve ser coisa de louco,é pena que homens desse tipo também não vale o que come.Aliás,só de ser sócio desses família de ratos,já mostra quem o cidadão é!!!!!
ReplyCoronel, você conhece aquele blog sujo "Brasil 171".Quanto ele vem levando em grana para enfiar goela abaixo os petralhas? É um negócio vergonhoso.
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