Uma empresa investigada sob suspeita de participação no esquema de
Carlos Cachoeira pagou R$ 5 milhões para a defesa do empresário. A MCLG Empreendimentos e Participações fez dois pagamentos, um de R$ 3,3
milhões para o escritório Márcio Thomaz Bastos Advogados e outro de
cerca de R$ 1,6 milhão para Cavalcanti e Arruda Botelho Advogados, que
dividiu o caso com Bastos. Nenhum dos dois quis comentar o caso. Thomaz Bastos disse apenas ter
recebido "honorários legítimos". Ex-ministro da Justiça no governo Lula
(2003 a 2007), ele advogou de março até julho deste ano para Cachoeira. O empresário é acusado de explorar o jogo eletrônico e corromper agentes públicos.
Quando assumiu a defesa de Cachoeira, Thomaz Bastos sofreu
questionamentos. Um procurador da República no Rio Grande do Sul pediu
investigação sobre a origem dos honorários. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) saiu em defesa do ex-ministro e
afirmou que a ação atentava contra o exercício de uma profissão. Em artigo intitulado "Em defesa do direito de defesa", publicado em maio na Folha,
Thomaz Bastos rebateu as críticas ao dizer que nada o proibia de
"assumir a defesa de alguém com quem não me sinto impedido, legal, moral
ou psicologicamente, cobrando ou não honorários". O pagamento aparece nas quebras de sigilo da CPI.
A MCLG funciona como empresa de participação e administração dos
negócios do seu diretor-presidente, o empresário Marcelo Limírio. Entre
2008 e 2011, movimentou R$ 254,2 milhões. Segundo o relator da CPI do Cachoeira, Odair Cunha (PT-MG), a MCLG
"funcionava como instrumento da atividade criminosa [de Cachoeira],
sendo utilizada, entre outras finalidades, nas atividades ilícitas de
lavagem de dinheiro e evasão de divisas."
Além da CPI, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal em Goiás
investigam a MCLG. O processo judicial indicou movimentações suspeitas
de R$ 45 milhões entre 2007 a 2011. Quando Thomaz Bastos entrou no caso de Cachoeira, a empresa já era investigada pelo Ministério Público. Apesar de Cachoeira não figurar como sócio da MCLG, a empresa tem
participações no Instituto de Ciências Farmacêuticas, que tem a
ex-mulher de Cachoeira como uma das proprietárias.(Folha de São Paulo)
3 comentários
Coronel,
ReplyBah, noticiazinha para azedar o dia de um brasileiro trabalhador!!!
JulioK
"MCLG Empreendimentos e Participações"
Replyadoro empresas com esses nomes genéricos e abstratos, podendo atuar em qualquer atividade que se imagina...
desde procurar cabeça de bacalhau ate vender geladeira pra esquimó...
Sinceramente, tem gente que nasce para ser mafioso e bandido mesmo! Passar a vida no meio dessas máfias só pode ter nascido sem moral, sem caráter e desvirtuado mesmo! Qualquer cidadão comum na qual deve educação moral em casa pelos pais não suporta viver no meio de máfias por muito tempo, pode até ficar por necessidade mas contra a própria vontade. Porém quando se tem qualificação, condição financeira e social para fazer algo melhor, preferir as máfias só pode ser um desvirtuado! Somente nascendo de novo se Deus, Jesus, a natureza ou seja quem for tiver piedade e der outra chance.
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