Kassab, como de praxe, depois que ganhou tempo de TV e fundo partidário, segue ao sabor das conveniências. As próprias.

Existe um Kassab antes do tempo de TV e do fundo partidário do PSD. E um Kassab depois. Obviamente, era o mesmo Kassab, apenas escondia o seu caciquismo caquético que joga o novo partido, tão esperado, na mesma categoria de um PDT, um PPS, de um partideco qualquer que age ao sabor das conveniências do seu dono. A intervenção em Minas Gerais para apoiar o PT, tomada sem reunir a Executiva, atropelando o estatuto, foi estudada pelo prefeito paulistano. Foi uma traição planejada aos fundadores do partido.  Kassab queria marcar o apoio à "presidenta" Dilma como uma atitude sua, pessoal, uma demonstração de poder que o habilitasse para o tão sonhado ministério. Se tivesse feito uma reunião da Executiva, o resultado teria sido o mesmo, mas os louros do puxa-saquismo e da babação para cima de Dilma não seriam só dele. Dizem que Dilma não pediu absolutamente nada a Kassab. Dizem que foi Kassab quem correu para Brasília para oferecer o apoio em Minas Gerais. Obviamente, Dilma aceitou, mas não se sente nenhum pouco comprometida com os projetos pessoais do prefeito, até porque possui outros interlocutores muito mais poderosos no partido. Hoje Kassab concede entrevistas a dois jornais, a Folha de São Paulo e o Estadão. Como sempre, a única coisa que se tira de tudo o que respondeu, são não respostas. E o que fica escancarado é o  verdadeiro Kassab, o cacique partidário que desabrochou depois do tempo de TV e do fundo partidário.

Leia aqui a entrevista do Estadão. E abaixo a entrevista da Folha.

Em plena campanha para fazer de José Serra (PSDB) seu sucessor em São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) não esconde sua inclinação em apoiar o governo da presidente Dilma Rousseff após as eleições municipais. "Não tenho constrangimento em afirmar que se as eleições fossem hoje, eu me sentiria muito confortável em apoiar a reeleição da presidenta Dilma", diz.

À Folha, Kassab diz que bancou uma intervenção e rompeu com o PSDB em Belo Horizonte para evitar o apoio de seu partido a um candidato do senador Aécio Neves (PSDB), provável adversário de Dilma em 2014. Questionado sobre seu futuro político e uma possível candidatura ao governo do Estado em 2014, afirma: "não descarto nada". Veja os principais trechos da entrevista.

Seu partido, o PSD, participará de eleições este ano pela primeira vez e apoia candidatos que vão do PC do B ao PSDB. Como vê isso?
Não há maleabilidade. O partido nasceu agora e nessa transição tem que respeitar os compromissos de seus membros. Os companheiros da Bahia apoiaram a presidenta Dilma. Em São Paulo, apoiamos o Serra, então não é confortável nos transformarmos em governistas. Mas todos sabem da minha simpatia com a presidenta. 

E como vê a posição do PSD em 2014, na próxima eleição presidencial?
Vamos aguardar o resultado das eleições municipais e a performance do governo da presidenta Dilma. Mas não tenho nenhum constrangimento em afirmar que se as eleições fossem hoje, eu me sentiria muito confortável em apoiar a presidenta Dilma.

O PSD teve seu primeiro embate político por conta de sua intervenção em Belo Horizonte. O sr. agiu em Minas para afastar o PSD do senador Aécio Neves (PSDB)?
A intervenção não foi de cima para baixo. Não quero ser injusto de dizer que o PSDB provocou essa situação, mas poderia ter evitado. E, na medida em que não evitou, partindo do princípio que lá temos o provável adversário da presidenta Dilma, o senador Aécio Neves, houve a nacionalização da campanha. O partido entendeu que essas condições poderiam desequilibrar nossa posição de independência. 

Em Recife o sr. teve postura diferente. O governador Eduardo Campos (PSB) rompeu com o PT e o PSD o acompanhou.
Lá a circunstância é local. 

Mas Campos também é apontado como presidenciável...
Ele é apontado, mas não se considera presidenciável. O Campos tem afirmado disposição em apoiar a presidenta Dilma. Já o senador Aécio Neves tem manifestado disposição em disputar a eleição.

Em São Paulo, pessoas próximas ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) o veem como provável adversário em 2014.
As eleições de 2014 não podem ser discutidas antes de 2012. Isso não existe.

Mas como o sr. se vê? Candidato ao Senado, ao governo?
Não faço política com ansiedade. Vou continuar na vida pública e não tenho preocupação sobre a posição que vou atuar. Tenho convicção que não se deve pensar em 2014 sem esperar 2012.

Mas o sr. não descartou disputar o governo...
Não descarto nada. Hoje, em relação ao governo Alckmin, somos aliados.

Alguns alckmistas também reclamam de sua postura de na campanha de Serra.
Não é questão de assumir posição de destaque, mas de contribuir com pessoas que se sentem realizadas com esta gestão e escolheram o candidato identificado com ela. 

Mas o sr. atua para fazer acordos até com quem está fora da coligação...
A minha rotina de prefeito exige diálogo. Ainda tenho seis meses de gestão. É minha rotina, não quer dizer que sejam conversas de adesão. 

Foi esse o intuito da conversa com o partido do candidato Celso Russomanno (PRB)?
O erro é isolar esse encontro. A minha rotina é ter encontros com partidos aliados. O PRB me apoia [na Câmara]. O PC do B tem um secretário conosco. Agora, se o Serra vai em casa e eu estou lá com a bancada do PC do B vou dizer 'Serra, não venha'? 

E o apoio a candidatos de coligações adversárias, como vereadores do PTB?
Como cidadão, procuro ajudar as pessoas da coligação do Serra. Agora, como prefeito, tenho continuado as minha relações com todos os vereadores, em especial com os da minha base. 

Antes de o Serra decidir ser candidato, o sr. propôs apoiar o candidato do ex-presidente Lula, Fernando Haddad (PT).
Procurei o primeiro o PSDB. Fiz tudo às claras. Diante da negativa dos tucanos, entendi que o melhor candidato era Haddad. E volto a dizer: tirando o Serra, Haddad é o melhor candidato. 

Com a candidatura de José Serra, como ficou sua relação com o ex-presidente Lula?
A conversa começou pela questão do Serra: 'se o Serra não for candidato...'. Fiz de peito aberto. Portanto, a relação com o Lula é boa. Hoje tenho posição de independência, o que não nos impede de caminhar juntos em 2014. 

Questionado sobre seu baixo índice de aprovação, José Serra afirmou que a criação do PSD pode ter dado a sensação de que o sr. abandonou a cidade. Concorda com a avaliação?
Se passou, foi uma sensação errada. Não teve um dia em que eu me afastei das funções de prefeito. Mas como a questão política ocupou o noticiário, alguns podem ter ficado com essa impressão, que será corrigida com o passar do tempo e a campanha. 

Como assim?
A campanha vai poder mostrar o que fizemos. O próximo prefeito vai encontrar a cidade liberada dos três turnos e poderá trabalhar pelo ensino integral. Reformamos e ampliamos a rede de saúde, dobramos os equipamentos. O tempo acaba privilegiando os grandes projetos. 

Que impacto acha que o julgamento do mensalão terá na eleição de São Paulo?
Numa eleição, tudo tem impacto. Seja o mensalão, seja os erros dos candidatos. 

A prefeitura convive com o denúncias de corrupção na Aprov. O sr. errou por ter nomeado Hussain Aref Saab?
Aref é funcionário público há 30 anos. Chegou uma denúncia anônima no meu gabinete e eu pedi apuração ao corregedor e que se desse ciência ao Ministério Público. As investigações decorreram dessa postura.

Mas ele ficou sete anos no cargo...
Quando soube fiz o meu papel. É o que importa.

16 comentários

"Em São Paulo, apoiamos o Serra, então não é confortável nos transformarmos em governistas. Mas todos sabem da minha simpatia com a presidenta."

o sujeito eh mais patético do que o tal do Lupi, que fez aquela ridícula declaração de amor a presidentA tentando faturar algumas migalhas...

Cassabi não tem eleitores, por isso terá que ficar eternamente mendigando carguinhos públicos na maquina governista...

de resto, a primeira parte do paragrafo eh de dar engulho...

sinceramente, nao da pra torcer para que um pais com uma politica porca como essa possa dar certo...

o "sucesso" do Brasil, com esse tipo de politica vigente, seria a ratificação desse sistema podre e promiscuo de fazer politica..

o resto do mundo civilizado não pode ser contaminado por essas brasileirices...

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A sanha do Coronel em apoiar incondicionalmente José Serra (Paciência. Está no direito dele) o impede de ver as más companhias do prefeitável tucano no presente e no passado. Como Gilberto Kassab, "dono" do PSD. Agora é tarde. O homem deve ir direto da Prefeitura de São Paulo para o Ministério.

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Esse babaca se refere a Dilma como PRESIDENTA. É um petralha enrustido! Suas atitudes se assemelham às de Aécio Neves, pouco diferentes. No Brasil estamos criando uma casta de bostas-ralas, safados e sacanas que só prestam para a política ou o serviço público. E o Coronel acreditava nesse vivaldino! Eu bem que avisei!

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Te cuida Serra. Seria prudente se desvincular desse crápula, sabonete.
Se Haddad chegar ao 2o. turno, tenho minhas dúvidas se ele não vai aprontar para ganhar um ministério.
Lula poderia usá-lo como otário útil, pois no 2o.turno o Serra praticamente vai ter apenas o apoio dos atuais partidos coligados. E os outros, vão apoiar o PT, inclusive o Russomanno. Já pensaram, se Aécio em BH e Serra em SP perderem, quem levará os Louros? Não só isso: para 2014, o Kassab poderá ser o candidato do PT em SP para derrotar Alkmin. Qdo Kassab foi dormir com o Haddad com apoio do Lula e recebido na convenção do PT, e acordou com o Serra e bagunçando o próprio PSDB paulista, fiquei ressabiado. Será que a conversa com Lula foi só o apoio ao Haddad?

Outra coisa que me intriga: o que está pensando o czar Bornhausen dessa movimentação ditatorial do Kassab, já que ele foi um dos mentores do PSD?

Até

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Kassab é um escroto!

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Esse partidinho de merda criado pelo kassab, que diz que é de direita, de esquerda e de centro na verdade é de merda.

Esta levando para o esgoto, pessoas honestas que acreditaram nesse pulha.

Se a Katia Abreu sair agora, esse partidinho explode e vai ser merda para todos os lados.

Kassab acabou aqui em São Paulo. Que vá para o inferno junto com a bandidagem petista.

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Coronel,
Pobre de espírito é realmente uma Josta.
Nunca viu melado, quando come se lambuza.
Como um aprendiz de mecânico, "sentou na graxa"
Tontinho esse um, se achou!!
Fonebone

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Ou sou muito ingênuo, ou Kassab e Kátia são muito burros. Ambos estão em cima do muro. O próprio Serra precisa tomar uma posição firme contra o PT, seus satélites e o lulismo, se não quiser ser o segundo, novamente.

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Eu te disse que ele nao prestava, Coronel....

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Cel
Para mim que moro em S. Paulo o Kassab é tão elegível aqui quanto o PT. Vai ser engraçado ele se candidatar a governador com o PT a tiracolo e não ter votos suficientes nem para se consolar. Esse infeliz, que quer abraçar o mundo com as pernas não se elege mais nem para síndico de condomínio, muito menos o bosta, quer dizer, o poste com tupete do Lula.
Esther

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Cabra esquisito...abre o olho, Serra ! Esse esquisito estah a servico do PT.

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Kassab,

Pega esse partido e vai pro inferno.

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O rosado príncipe etílico Gilberto 24 Kassab é pior que RATTAT em sua CARA-DE-PAU e de QI igual, de mesma etnia de Burraddad e Maluf, sem comentário.

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Eu votei na besta do Kassab no primeiro turno. Como eu me arrependo! E o Serra? Vai me dizer que o Serra não tem nada a ver com isso? As "oposições" viraram uma disputa ridícula entre serristas e aecistas. A saída é o aeroporto.

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CARO CORONEL,
COMO CIDADÃO DE UM GRANDE PAÍS E DE UMA PROVÁVEL FUTURA GRANDE NAÇÃO, PENSO QUE EXISTEM MOMENTOS NA VIDA DE UM PAÍS QUE HISTORICAMENTE OU SE VAI PARA FRENTE OU SE VAI PARA TRÁS - A REVOLUÇÃO FRANCESA, A GUERRA CIVIL AMERICANA, O FIM DA DITTADURA MILITAR NO BRASIL,A MAGNA CARTA DE JOÃO DA INGLERRA . O JULGAMENTO DO MENSALÃO PARECE SER ESTE PONTO DA ESTRADA DA VIDA PÚBLICA BRASILEIRA, DA FUTURA CONSTRUÇÃO DA PERCEPÇÃO PELOS JOVENS DA DIGNIDADE PÚBLICA . ASSIM, OU SE DÁ UM GRANDE PASSO PARA UM PAÍS QUE SE LIMPA DA CORRUPÇÃO OU QUE CONTINUA ATOLADO NESTA LAMA..., O CERTO É QUE O RESULTADO DA PERCEPÇÃO SUBJETIVA SOCIAL CERTAMENTE SERÁ INDEPENDENTE DO RESULTADO DO JULGAMENTO, PORÉM FAVORÁVEL OU DESFAVORÁVEL.
EDUARDO SOBREIRA

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Kassab usa a palavra 'presidenta'. 'PresidAnta' está mais próximo da realidade.

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