Nas eleições municipais de 2012, o PT concentra toda a sua força em 118 municípios acima de 150 mil habitantes, responsáveis por 55,5 milhões de eleitores, que representam 41% do total do país. Nos pequenos municípios, o partido tem a Bolsa Família e os projetos sociais do governo. PMDB e PSB dão o gás que o PT precisa para se eternizar no poder. O PSDB, sem estratégia e sem quadros na maioria dos estados, caminha para a extinção como partido nacional. Leia, abaixo, matéria do Valor Econômico.
Depois de várias conversas informais e de bastidores, o PT fará hoje
com o PSB a primeira reunião partidária oficial com um aliado do
governo federal para discutir trocas de apoio para a disputa de
outubro. Os petistas chegam ao encontro munidos de um amplo mapeamento
do cenário eleitoral. A legenda, desde o ano passado, acompanha de
perto qual a política de aliança em andamento no grupo de 118
municípios acima de 150 mil eleitores - considerados, mais do que uma
prioridade, "uma necessidade". É o grupo de cidades mais relevantes,
que reúne 55,5 milhões de eleitores, cerca de 41% do total do país. São
polos de formação de opinião, por contarem com universidades e
retransmissoras de TV, e onde despontam os líderes com projeção
nacional.
O levantamento mostra que, até o momento, o PT decidiu que terá
candidato próprio em 86 (73%) destas grandes cidades. Em 75 já há
definição do nome e nas outras 11 o partido ainda precisa escolher quem
disputará o cargo. A sigla dará apoio a outras legendas em 13
municípios; nos 19 restantes debate se sai ou não como cabeça de chapa.
PMDB e PDT são os aliados aos quais os petistas estão fazendo mais
concessões nos grandes centros. Com os pemedebistas, há alianças em
quatro municípios, o que pode chegar a dez. Com os pedetistas, são
três, podendo totalizar nove. A quantidade de acordos está ligada ao
peso destes partidos no G-118. Enquanto o PT é o líder no número de
grandes prefeituras, 33 (28%), o PMDB, com 20 (17%), e o PDT, com 16
(13,5%), vêm em seguida.
Em seu resumo, o levantamento mostra surpresa pelo desempenho do
PDT. "Chama a atenção o crescimento do PDT, que ultrapassou o PSDB,
governando atualmente 16 cidades". Outra constatação é o definhamento
do DEM, em virtude da debandada ocorrida com a criação do PSD, pelo
prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, no ano passado. "Principalmente
devido à migração de seus quadros para o PSD, o DEM desidratou-se e
governa atualmente apenas a cidade de Mossoró (RN)", aponta o
relatório.
O PT é apenas o terceiro colocado no ranking geral dos 5.565
municípios. Elegeu 560 prefeitos (10%), atrás dos 790 (14%) do PSDB e
menos da metade dos 1.199 (21,5%) do PMDB. Mas rivaliza com os
pemedebistas no total de votos recebidos, por se concentrar em poucos
municípios, mas com grandes colégios eleitorais. Em 2004, foi o líder
do ranking, ao receber 16,3 milhões de votos a prefeito (17,2%). Em
2008, porém, com 16,5 milhões (16,6%), ficou em segundo e foi
desbancado pelo PMDB, que cresceu quase 30% e conseguiu 18,4 milhões de
votos (18,5%). Foi uma diferença de quase 2 milhões de votos. Ou seja,
o bom desempenho nas maiores cidades é fundamental para garantir a
volta ao topo.
Para o secretário nacional de organização do PT, Paulo Frateschi, o
resultado nas eleições municipais terá um efeito direto na correlação
de forças entre os partidos que se acotovelam por espaço na ampla base
da presidente Dilma Rousseff. Ele poderá aumentar ou diminuir o poder
de reivindicação e mudar, por exemplo, acordos já feitos, como o que dá
preferência ao PMDB na eleição do comando da Câmara e do Senado. "Por
outro lado, a palavra de ordem é cuidado", diz Frateschi, questionado
se o PT planeja avançar sobre prefeituras de siglas aliadas.
8 comentários
Acho que eles podem tentar o que quiser, mas a dúvida é será que ganham? O Haddad e a cumpinchada aposta tudo no Lula, para ganhar em São Paulo. Hoje no Estadão o Serra lembra para eles, que o Lula apoiou a Marta, o Mercadante e não levou. No interior fica mais difícil, pois o povo é fiel a lideranças locais independentemente de que partido sejam.
ReplyÉ um saco ler logo de manhã, algo como: "O PSDB, sem estratégia e sem quadros na maioria dos estados, caminha para a extinção como partido nacional".
ReplyÉ uma mentira, esta fraco mais esta lutando. Não é o partido que esta caindo, é o povo que esta se rendendo, que esta sendo comprado.
Mais uma frente de batalha
ReplyO Marco Civil da Internet, que define regras na rede, começa a ser discutido na Câmara
http://blogs.estadao.com.br/link/vem-ai-uma-longa-briga/
O PMDB e o PSB estão se servindo na bandeja para o PT: serão jantados!
ReplyQuem acredita que adular a presidente dará refresco, estará redondamente enganado.
ReplyQuando mais apoio, mais paulada, como dizem os garotos.
Esperem a contagem dos votos de outubro nos municípíos brasileiros. O que vai ter de chifre vermelho inchado e beiço roxo caído, não será mole, não! Ninguém perde por esperar e por não ter-se precavido a tempo... Tenho a brandir alguns exemplos daqui da minha Santa e Bela Catarina. Joinville, por exemplo, hoje a única prefeitura dentre os seis maiores colégios eleitorais do Estado nas mãos sujas do PT, não voltará nos próximos cem anos, acredito piamente, a cair outra vez na idiotice de eleger prefeito petista. Das cidades de médio porte, os trubufus do atraso têm hoje em mãos Brusque, Concórdia e São Miguel d'Oeste, e as indicações mais seguras são de que os PTerodáctilos serão forçados, pelo voto popular, a abandonar o cocho de farelo público também nestas três cidades. O PMDB é outro que não vai repetir por aqui a performance de 2008. O que vai surpreender mesmo será a quantidade de prefeitos que o PSD elegerá nas municipais deste ano em Santa Catarina. Aguardem...
ReplyEm vez de querer fazer filme essa velhinha horrorosa deveria é procurar uma mala de roupa pra lavar. Xô!
ReplyTo vendo tudo, to vendo tudo, mais fico calado faz de conta que sou mudo.
Reply“Pode ser o país dos petralhas, mas com certeza esse não é o meu país.”
“Zé ramalho”