" De qualquer forma, de qualquer forma eu quero, Paulinho, agradecer, agradecer a sabedoria de todos vocês. Não é fácil fazer um documento como este. Os interesses pelas palavras são enormes, a importância das vírgulas ganha a dimensão de uma exuberância extraordinária. E esse teu jeito de ser, esse teu jeito equilibrado de fazer as coisas permitiu que nós chegássemos a este documento que agora vamos digeri-lo, vamos tentar trabalhar outra vez, transformar em projeto de lei aquilo que for projeto de lei, mandar para o Congresso Nacional debater, e assim nós vamos construindo a nossa democracia."
Trecho do discurso de Lula, em 21 de dezembro, no lançamento do programa para acabar com a Lei da Anistia. "Paulinho equilibrado" é Paulo Vanucchi, o ministro dos Direitos Humanos de Lula. Como o próprio texto mostra, Lula está ao lado do seu companheiro. "Vamos", "nós vamos", este é o tom. Que não venha com mais um "eu não sabia". Que honre as calças que veste ou que fique para o resto do mandato com a sua sunga vermelha pegando sol na Bahia.
8 comentários
Cel, abaixo transcrevo post deixado no blog da Adriana Vandoni: "...estamos alcançando a perfeição. O corrupto julgando os seus próprios atos de corrupção e, claro, tratando de desqualificá-los. Para o comportamento bovino da sociedade qualquer justificativa serve. Provavelmente dirão que as pessoas que aparecem nas fitas gravadas não são quem são, que são sósias e que tudo não passou de "perseguição política". E o brasileiro? Bem, o brasileiro tá vendo tudo e reage, fingindo que é mudo. Mas Adriana, esse episódio não é nada comparado com a gravíssima crise criada pelas quatro montarias do apocalipse, Tarso, Dilma, Franklin e Vanuchi, os "heróis" de araque da luta contra a ditadura. Penso que vale a transcrição do texto do Reinaldo Azevedo datado de hoje. Quanto a mim, para não me fingir de mudo dou uma sugestão definitiva para o trabalho da tal Comissão da Verdade: que se compare o crescimento patrimonial dos militares da época da ditadura com o dos civis que os sucederam no poder. Só isso. Fácil assim. Qualquer petista consegue. Jayme Guedes
Replysabia e quando foi enquadrado pelos milicos borrou a sunguinha...
Replydisse que assinou tudo no meio de um monte de papelada...
eh esse covardao o homem do ano eleito pela francesada vendedora de aviões?
SE APROVAREM A LEI AO MESMO TEMPO AS FORÇAS ARMADAS TEM QUE PRENDER OS GUERRILHEIROS, É O QUE DETERMINA A CONSTITUIÇÃO.
ReplyA PROFUNDIDADE DO PENSAMENTO DO NOSSOUGUIA:
Reply"Vamos transformar em projeto de lei aquilo que for um projeto de lei"; é o mesmo que "vamos transformar em porco aquilo que é um porco";ou "vamos transformar em merda aquilo que é merda".
O qu é um projeto só pode ser um projeto, um porco só pode ser um porco, e merda só podeser merda.
O nosso rei-filósofo está cada vez mais doido.
Quando é que vai aparecer alguém de raça para acabar de vez, definitivamente, com esse palhaço?
ReplyMais uma vez, Lula usou de sua mais conhecida prerrogativa: a de que nada sabia. Que empresário, administrador ou chefe militar pode, impunemente, alegar que um documento assinado por ele não teve sua participação? A justiça aceitaria essa alegação?
ReplyMais uma vez, incorre "noço guia" em crime de responsabilidade, sob as grossas vistas do PGR, do MP e do STF.
O PAÍS DECENTE PERGUNTA
ReplyTendo em vista o fato de que o regime é presidencialista e de que Vossa Excelência, sendo um homem autoritário e centralizador, jamais permitiria que nada se fizesse em seu governo nem em seu partido político sem que passasse antes pelo crivo da sua aprovação, permito-me pelo menos presumir que sempre soube de tudo o que tenha ocorrido em sua gestão. Admitindo que isso seja tão verdadeiro quanto parece ser, responda, por favor, a essas doze questões, apenas doze!, extraídas dentre muitas outras que o Brasil decente gostaria de ver esclarecidas:
1) Como permitiu que um representante do ministro da Casa Civil cobrasse - dentro do próprio Palácio do Planalto, diga-se de passagem -, propinas de um banqueiro do jogo do bicho?
2) Como pode permitir que uma "sofisticada organização criminosa", agindo dentro do seu governo, desviasse recursos públicos e privados para a compra de parlamentares, a fim de que votassem a favor de seus projetos - o que corresponde a um verdadeiro golpe no regime democrático -, sem tomar imediata providência para interromper a sua ação e punir os culpados?
3) Como é que teve a desfaçatez de tentar justificar, naquela abominável declaração pública feita em Paris, o crime cometido pelos seus partidários no Golpe do Mensalão Nacional, alegando que todos os partidos políticos agem da mesma forma?
4) Como pode permitir que Okamoto - o chamado "Doador Universal" - pagasse contas suas e de sua família, de modo muito semelhante ao ocorrido no governo Collor, e que levou, inclusive, ao seu impeachment?
5) Como é que teve a indecência de permanecer no cargo depois que veio à tona a informação de que fora eleito de forma ilícita, uma vez que o marqueteiro da sua campanha foi pago (em parte, pelo menos) fora do país, em moeda estrangeira?
6) Como pode permitir que um ministro seu, numa verdadeira confissão de culpa face a uma grave acusação que havia sofrido, violasse o sigilo bancário de "um simples caseiro"?
7) Como pode permitir que os chamados "aloprados" - alguns deles, comensais da sua intimidade -, se conluiassem para comprar um dossiê contra seus adversários políticos na campanha eleitoral de 2006?
( CONTINUA...)
( CONTINUAÇÃO...)
Reply7) Como pode permitir que os chamados "aloprados" - alguns deles, comensais da sua intimidade -, se conluiassem para comprar um dossiê contra seus adversários políticos na campanha eleitoral de 2006?
8) Como pode permitir que a Casa Civil do seu governo fabricasse um dossiê contra o ex-presidente FHC e sua esposa, e que teria até, por presunção, no caso desta última, contribuído para a sua morte?
9) Como é que pode permitir que um de seus filhos recebesse, em seu negócio, de forma absolutamente inadmissível sob todos os pontos de vista, financiamento de uma empresa que movimenta recursos públicos?
10) Como é que o seu governo, burlando leis internacionais e do nosso próprio país, dá asilo político a um criminoso comum condenado por um país democrático e se mostra disposto a mantê-lo mesmo depois que o Supremo Tribunal Federal concluiu, de vez, pela ilegalidade desse ato?
11) Como é que o seu governo permitiu, em provável conluio com um ditador e burlando leis internacionais, que a nossa embaixada em Honduras fosse usada como valhacouto de um golpista legalmente deposto, que a usou para insuflar a insurreição dos seus sequazes contra a pena que lhe fora imposta no seu próprio país?
12) Como é que se permite fazer campanha política antecipada de forma tão ostensiva e desavergonhada - com direito, inclusive, a um filme edulcorado, de culto e endeusamento pessoal, em pleno ano eleitoral -, às custas dos cofres públicos ou de empresas que têm interesses junto à administração pública, com início há mais de um ano antes da próxima eleição presidencial e, portanto, com total menosprezo à lei?
Como Vossa Excelência pode verificar, são questões graves e muito mal resolvidas, dentre muitas outras de igual relevância que, pertinentes ao seu governo, também clamam por resposta e esclarecimento. Questões que um povo - sem-vergonha, na sua grande maioria, já que se fez refém voluntário de "bolsas" e propaganda enganosa -, insiste em menosprezar e esquecer. Mas que eu, como cidadão brasileiro, pela responsabilidade que tenho perante a história e a honra deste país, faço questão de lembrar, para que sejam, um dia, absoluta e convincentemente esclarecidas. Caso contrário, permanecerão como uma imensa e indelével nódoa na sua verdadeira biografia, bem como na consciência deste país. E, o que é pior: farão com que jamais possamos encarar dignamente os nossos filhos e as gerações futuras.
Saulo - um cidadão brasileiro que, mesmo não sendo tolo nem vivendo de "bolsas" ou de juros, "não desiste nunca".