Rio, campo de concentração olímpico(2).

No post abaixo, onde foi feita uma associação entre o muro que estão querendo construir para esconder as favelas e proteger os alegres passageiros da violência natural de quem não tem emprego, escola, futuro e nada, com um campo de concentração, recebi o seguinte comentário:

"A respeito de favelas e do Rio de Janeiro, o blog podia se segurar um pouco.Estes comentários de campo de concentração são tão simplificadores que mostram pouco conhecimento dos problemas das favelas e da opinião pública carioca.Um comentário desses definitivamente não pega bem no Rio, e torna-se, do ponto de vista de combater o atual governo federal, totalmente contraprodutivo."

Faço a réplica sugerindo um artigo muito interessante, que trata da humanizaçao das barreiras acústicas. Nele são mostrados, inclusive, boas iniciativas aqui no Brasil. Com fotos. Estou pouco me lixando para o que a opinião pública carioca, se é que ela existe, pensa das favelas. Agora, não venham com a desculpa esfarrapada de que o muro que o prefeito Eduardo Paes quer construir é para proteger os favelados do barulho dos carros. Se assim fosse, as barreiras acústicas seriam transparentes e leves, como aquelas que margeiam as ferrovias européias.
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Cariocas do blog, não fiquem com mania de perseguição: ninguém aqui tem absolutamente nada contra vocês e nenhum outro estado do país. A não ser contra uma certa "opinião pública" que concorda em cercar as favelas para esconder o problema. Pelos cálculos do Blog, inclusive, a "opinião pública" que conta, neste caso, não está na Zona Sul e nem na Barra. Está justamente nas favelas, onde a maioria mora.

15 comentários

Caro Coronel(General)

Gostaria que, se possivel, fizesse um comentário sobre algo que pensei; com esse muro, a realização fisica e concreta da divisão social imposta pelos politicos de esquerda (desde brizola politicos ligados mais ou menos a esquerda tem governado o Rio) não dá pra imaginar que a população ficará mais ainda refem dos traficante? Não aconteceria algo como o que ocorre em gaza com os palestinos? Não podem recorrer a Israel(que no rio seria a classe com maior poder aquisitivo) e ficam nas mãos do hamas(que no caso daqui seriam os traficantes ligados as farcs colombianas).

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AH...eles não querem criticas...deveria então o Coronel dizer- que o MURO é apenas mais um painel para arte, pixações e tals... Vão pra p...ops

É que se seu comentário pega, vai ter muito carioca Pt da vida com eles, então eles não querem que voce dê ideias assim meio que subversivas.


"Ai que tener coj..."opss roxo pra aguentar esses COMUNISTAS de merda, no poder.

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Bem que poderiam aproveitar e finalmente verticalizar a Rocinha,por exemplo.

Construir um Vila Olímpica na Rocinha em pleno São Conrado,verticalizando a favela(comunidade,tão ao gosto carioca), com apartamentos avarandadados para a população residente,com água,luz e ruas calçadas.
Emprego garantido durante todo o evento.
Depois,depois já foi mermão!
Vai sobrar um imenso espaço para que o estado possa entregar à iniciativa privada "regulamentar"
explorar e lucrar.

Nome Próprio

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Sou leitora assídua do blog e confesso que não me sinto muito à vontade quando você sugere, em certos posts, que, nós cariocas, somos uma cambada de mentecaptos.

Esse problema pessoal com o Rio é nhem nhem nhem demais para o meu gosto.


PS continuarei leitora do blog.

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Alô amigos
minha sugestão para não incomoidar ozzzz cariocas com barúio é:
DISTRIBUIR GRATUITAMENTE FONES DE OUVIDO OU AQUELAS MERDINHAS DE PLÁSTICO QUE SE COLOCA PARA REDUÇÃO DE ATÉ 80% DO RUÍDO!!!
pronto tá tudo dominado,pode aumentar o volume até das casas de funk,eliminar a lei do silêncio e tiroteio não se escuta mais.
tá bom ou querem mais?
ai meus decibéis
abraços

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Carioca se acha tão issssssssssssperto, então vão para ruas protestarem contra isso...
Lá tudo vira samba, futebol, carnaval...
Tem aquela coisa hollyudiana..

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Que artigo esclarecedor esse sobre a contenção de ruidos.

Agora entendi porque uma casa aqui no Jardim Europa fez uma espécie de morrinho diante da sua entrada. É tão original mas eu não imaginava a sua utilidade.

Quanto ao que querem fazer no Rio, mesmo antes das Olimpíadas estarem definidas eu já achava uma aberração.

Lilyane

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Se o blog tem interesse em abordar o problema das favelas (que aliás não são só um fenômeno carioca ou brasileiro),está sendo muito patriótico.

Se o blog tem interesse em criticar o que os governos não têm feito pelas favelas, está sendo muito patriótico.

Mas se o blog acha que a opinião pública carioca não existe e está se lixando para ela, eu diria que está dando um tiro no pé.

Quando um deputado gaúcho, em maio deste ano, disse na Comissão de Ética da Câmara que "se lixava para a opinião pública", todos achamos que era até uma quebra de decoro parlamentar. E ser contra indiscriminadamente era coisa do PT na oposição.

Quanto à protreção sonora: no Rio, como foram feitos muitos viadutos e pistas colados a áreas habitadas, devia haver proteção em vários lugares.

No elevado da Paulo de Frontin, onde os automóveis praticameente "entram" pelos apartamentos, está-se tentando um sistema de árvores para isolamento.

Já que mencionou, este sistema é muito usado tanto em diversos países da Europa quanto nos Estados Unidos.

No Rio, porém, creio que o único sistema de proteção acústica que funciona bem é o isolamento da auto-estrada para a PUC-Rio.

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Coronel,
Sou carioca, conheço muito bem o problema de favelas da minha cidade e discordo completamente do comentário acima.

A construção de muros é uma das medidas mais imbecis que se poderia imaginar para conter o processo de favelização. Se pensarmos no que eram as favelas há 30 anos atrás, com predominância de barracos precários, onde faltava esgoto e água encanada, luz que falhava no meio da novela, recolhimento de lixo inexistente, vias de acesso improvisadas, enfim, quase nenhuma infra-estrutura e precaríssima e rara presença do poder público, constatamos que a mudança ocorrida, de lá para cá, foi radical. Naquela época, a idéia que predominava na cabeça dos políticos era de que "problema de favela se resolvia com bica d'água em véspera de eleição". Hoje, parece que se quer resolver com muros.

Bem ou mal e apesar de todos os percalços, as favelas vêm aos pouco se transformando em autênticos bairros, prontos a serem integrados à cidade, com casas e edifícios de alvenaria, água e esgotamento sanitário, escolas, postos de saúde, vias de acesso, luz elétrica, recolhimento de lixo, amplo comércio e serviços variados.
A desculpa de que a natureza e as matas têm de ser preservadas, não se sustenta para justificar a construção de muros. Afinal, essas primeiras favelas que estão sendo cercadas – Rocinha e Santa Marta – há anos que já não avançam sobre a mata, mas sim têm crescido verticalmente.

Pessoalmente, não gosto nem um pouquinho da idéia de se construir muros. Primeiro, porque acho que se não forem tomadas outras medidas eficientes de controle – e, aqui entre nós, já sabemos de antemão que não serão tomadas – esses muros não vão servir para nada, vão ser derrubados a cada noite, vão ser aproveitados para a construção de lajes ou paredes nos barracos, ou vão ter mais buracos que um queijo suíço, para facilitar a fuga dos traficantes locais. Mas, sobretudo, vão se constituir em um fator de acirramento das tensões entre as comunidades muradas e o resto da cidade.

Eu descreio das soluções ideais, mas abomino soluções como esta que não foram discutidas com a sociedade nem mereceram um estudo mais aprofundado. Não vejo aspectos positivos na construção dos muros, mas um monte de negativos, alguns dos quais podem ter reflexos profundos na deterioração do tecido social do Rio de Janeiro. Mais a mais, vindo de quem veio a decisão de construir esses muros, e considerando-se o volume dos recursos financeiros envolvidos, desconfio que será um maná que irá engordar muitas caixinhas de políticos “acima de qualquer suspeita”.

Para não alongar muito o assunto: a idéia de muros que isolem comunidades é rejeitada em todo o mundo e irá criar – aliás, já está criando – uma péssima imagem para o Rio de Janeiro. Quando se pensa nesses muros, vem à mente coletiva a idéia dos muros que os nazistas construíam em torno dos ghetos; do muro da vergonha, como ficou conhecido o muro de Berlim; dos muros construídos por Israel, para isolar os palestinos; ou dos muros do Bush, para impedir a entrada de mexicanos nos EEUU. Todos eles abominados e mal vistos por todo o mundo civilizado.

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Carioca, não gosta de ser criticado, isso me faz lembrar os PeTRalhas.

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Que idéia Maravilhosa.
Todos devem copiar.
3 metros de muro p/ esconder tralhas (te cuida Eduardo Paes).
A governadora do Rio Grande cercará
todo o PT gaúcho.Poderão sair apenas em noite de lua cheia.
SP contruirá um cerquinho bem pequeno.Só p/o Circo Gomes.
Mercadante tá louco p/ entrar mas n vai.Fica solto c/ Ideli.

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Coronel, vou ficar zangada por cinco segundos com o blog, depois eu volto..... Voltei!!!!
Um grande abraço.

Edelweiss.

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O mais esclarecedor e copmpleto exemplo de opinião pública da história da humanidade se resume numa expressão bíblica:

"Crucifica-o! Crucifica-o! Crucifica-o!"

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Prezado Coronel,
Você está muito equivocado: o muro não é "para esconder as favelas", pois, se assim fosse, teriam de ter mais de 300 metros de altura...
O muro é para impedir a expansão das mesmas além do descalabro de expansão que já fizeram, com mais de 1.000 favelas.
O argumento do "esconderijo" mostra o total desconhecimento do Rio por parte do prezado.
E nem acho que muro resolveria, é mais um paliativo para uma situação que não tem solução factível, politica e economica, nos próximos 50 anos. No mínimo...

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O Coronel está "pouco se lixando para a opinião pública do Rio". Acha mesmo que a "opinião pública do Rio" está nas favelas e não nos leitores cariocas aqui do blog.
Então faz o seguinte Coronel: vai (mais seguro, manda alguém) nas favelas aqui do Rio divulgar a tua mensagem anti-lula e anti-pt para você ver o que é bom...
Quanto a mim, como humilde integrante da "opinião não-pública" do Rio, já decidi: a partir de hoje, estou me lixando para a opinião e o blog do "Coronel"...

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