Além da camiseta de futebol de Beckham, do fone tradutor no ouvido durante o jantar, da piadinha de Gordon Brown para Obama, da piadinha do Obama diretamente para ele, da entrevista coletiva onde o ponto alto foi o chiste mentiroso em relação ao FMI, a comparação de Obama com um baiano só porque ele não é louro e de olhos azuis e a grossura em relação aos países que estão dependendo do dinheiro do organismo para vencer a crise, qual foi a contribuição efetiva do Brasil na reunião do G-20? Nenhuma. Se fosse G-19 seria a mesma coisa. Só não vê quem é pago para não mostrar: a Imprensa brasileira, tupiniquim, apaixonada pelo eurocentrismo. O STF está votando pelo fim da atual Lei de Imprensa. Em horas como esta, quando a Imprensa se joga aos pés do poder, por leniência ou incompetência, o voto do relator, ministro Carlos Ayres Britto, soa como uma ironia. Em seu voto, salientou que o pensamento crítico “introjeta no público em geral todo apreço pelo valor da verdade, forçando a imprensa a informar em plenitude e com o máximo de fidedignidade”. Lembrou que a História ensina que, em matéria de imprensa, não há espaço para o meio-termo ou a contemporização. Segundo o ministro, “ou ela é inteiramente livre, ou dela já não se pode cogitar senão como jogo de aparência jurídica”.
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Já que a Imprensa não achou "chique" traduzir, segue a declaração final do G-20. Aqui, em inglês.
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A China está botando U$ 40 bilhões no FMI. Tem pouco mais que o dobro do Brasil em cotas.
4 comentários
ô, Coronel,
ReplyE o G19 riria se divertir com o que? Tem que ter o bobo da corte, puxa!
Bem, antes desta reunião, o Brasil detinha 1,3% do fundo. Dependendo do "empréstimo" que Vaidoso da Silva fez, este percentual pode ter se reduzido.
ReplyCoronel, a imprensa que se joga aos pés do poder é representada por aqueles que sempre pegam uma "caroninha" no Aerolula nestas viagens. Fazem a cobertura deste jeito porco que se vê e ainda nos vendem-na como "isenta".
ReplyCoronel,
Replyesse Britto enfim deu um parecer lúcido. Pena que foi depois da Raposa. Será que ela vai entregar os jornais para os índios? Ou vai impor como condição a publicação de percentual de espaço com notícias de comunidades excluídas? Deixa eu calar minha boca. Vai que ele aproveita essas idéias...
Sds.,
de Marcelo.