As boas-vindas a Cuba foram de fato calorosas. O presidente Lula, na sua fala inaugural, fez questão de dar "destaque especial" à presença de Raúl Castro, que faz sua primeira viagem ao exterior desde que assumiu a Presidência -antes de chegar ao Brasil, fez escala na Venezuela de Chávez.Lula chegou a comparar a Bahia a Santiago de Cuba, histórica cidade colonial cubana."É muito importante para nós a sua presença, Raúl", afirmou Lula, para emendar: "Espero que seja a primeira de uma série de reuniões de que participa conosco" -a única frase do discurso de Lula que foi aplaudida pelos governantes presentes e suas comitivas.Raúl recebeu mais que boas-vindas. Uma "declaração especial" de todos os 33 países da América Latina e do Caribe pede ao governo norte-americano que "cumpra com o disposto em 17 resoluções sucessivas aprovadas na Assembléia Geral das Nações Unidas de forma a pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro que mantém contra Cuba".Raúl, em sua fala, foi menos enfático do que Rafael Correa na defesa de um esforço de integração voltado para dentro e excludente. Disse apenas ser "meritório" o empenho "a favor da integração e a defesa de seu espaço regional".Criticou, como todo dirigente cubano faz há 50 anos, "uma ordem internacional injusta e egoísta", à qual responsabilizou pela crise, que disse ser "a manifestação mais grave e contundente" dessa ordem injusta.Mas não deixou de apontar os obstáculos para a integração regional: os níveis diferentes de desenvolvimento entre os 33 países das cúpulas; as deficiências de infra-estrutura; a injustiça social. Festejou, porém, o fato de, pela primeira vez, haver um encontro que reúne "todas as nações ao sul do rio Bravo".Mas não deixou de introduzir uma pitada de ceticismo sobre o futuro dessas cúpulas, que só o terão "se contarmos com a vontade de seguir avançando e não nos limitarmos ao prazer de nos haver reunido".À tarde, Cuba foi formalmente integrada ao Grupo do Rio, fórum multilateral agora com 23 países de América do Sul, América Central e o México -país do qual, aliás, a ilha começou a se reaproximar com o anúncio de visitas recíprocas, de Raúl e de Felipe Calderón.À noite, Lula voltou a pedir a Obama o fim do embargo a Cuba. Pediu ainda paz no Oriente Médio. "Se isso ocorrer, penso que, mais do que o simbolismo da eleição de um negro, poderei dizer que creio, cada vez mais, que Deus existe".O chanceler Celso Amorim negou que a reintegração de Cuba e o caloroso tratamento representem algum tipo de pressão sobre o futuro presidente. "Não foi feito com a intenção de pressionar ninguém." Emendou: "Se servir para que o futuro presidente [dos EUA] veja para onde estão soprando os ventos, ótimo".
4 comentários
Cornel
ReplyÈ patético ver um vagabundo analfabeto e corrupto, dar sugestões aos EUA!
Eu tive um sonho que o queniano viverá sob sete palmos de terra antes de tomar posse.
A maior fraude dos EUA desde sua independência! Os "democratas" por lá, ainda são piores que a petralhada esquerdopata daqui.
Cadê os babacas da CNBB ? Cadê os religiosos manobrados pelo PT ?
ReplyAgora, a crença divina do idiota depende de atos do "deus" Obama ?
Coronel, o assassino saiu do seu esconderijo e veio ao Brasil. Aí eu pergunto: cadê aquele juiz espanhol que gosta de fazer cena para pedir a prisão dele? Acho que a mídia repercutiria bastante como o aquele juiz gosta... Safra64.
ReplyEle se encontra no meio dos seus iguais, enquanto tarefeiros que São do facinoroso Foro de São Paulo. Nada a estranhar, então, que seja reverenciado.
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