O PT marcha de mãos dadas com ao menos um dos três partidos de oposição ao governo Lula (PSDB, DEM e PPS) em 41,2% dos municípios do Brasil -2.292 das 5.563 cidades. O número é 13,9% maior do que em 2004, uma prova de que o tensionamento da política federal vem sendo deixado de lado em nome de questões locais.A Folha analisou todas as 30.847 coligações válidas, registradas no Tribunal Superior Eleitoral em 2008 e 2004.As alianças que unem as quatro legendas numa única chapa subiram 36% em relação às eleições anteriores, passando de 89 para 121 neste ano.A dobradinha PT-DEM, impensada em nível nacional, foi a que registrou maior crescimento em relação à eleição passada: 41,9%. Em 2004, os partidos estiveram juntos em 674 cidades. Agora, são 957.Com o PSDB, possivelmente o maior rival na campanha da sucessão de Lula, o PT selou 1.095 alianças -20,9% a mais do que há quatro anos (905).Com o PPS, satélite democrata-tucano, as parcerias ficaram no mesmo patamar -de 1.105 para 1.129 (a maior das alianças entre PT e pelo menos um dos partidos da oposição em números absolutos). O dado novo é que ela acontece em quatro capitais: Manaus (AM), João Pessoa (PB) e Palmas (TO), além de Aracaju (SE).As alianças em que o pragmatismo local prevaleceu sobre a política nacional não ocorreram apenas em cidades minúsculas e longe de Brasília.As quatro siglas estão unidas, por exemplo, em municípios como São João de Meriti (RJ), com 462 mil habitantes, e São Vicente (SP), com 323 mil.Entre os acertos formais, o mais significativo ocorreu em Aracaju. Lá, ao contrário de Belo Horizonte -onde o PT bateu pé, obrigando o prefeito Fernando Pimentel (PT) e o governador Aécio Neves (PSDB) a formarem uma aliança branca em torno da candidatura de Márcio Lacerda (PSB)-, o casamento é de papel passado.Na capital sergipana, o comunista Edvaldo Nogueira tenta novo mandato com o apoio de petistas, tucanos e também do PPS.Há casos em que o PT se uniu à oposição para reassumir o comando da prefeitura. Em Paraty (RJ), o petista Carlos José Gama Miranda, o Casé, encabeça a chapa formada por PSDB, DEM e PPS e outras quatro legendas para tentar impedir a reeleição do prefeito José Carlos Porto Neto (PTB).E há ainda municípios em que o PT se aliou à oposição para manter outra força política na prefeitura, como em Campinas. Na última eleição, Dr. Hélio (PDT) se elegeu prefeito somente com o apoio do PMDB e do DEM. Este ano, a chapa ganhou mais nove partidos, entre eles o PT e o PC do B. "As questões ideológicas permanecem, mas os embates não invadiram a administração", disse Hélio.A "trégua" entre PT e oposição ocorreu principalmente no Paraná e em Minas Gerais. No primeiro Estado, os petistas estão juntos com os três partidos de oposição em 19 municípios. Em São Paulo,as dobradinhas PT-DEM saltaram de 79 para 119, aumento de 51%. Em Minas, petistas e democratas também se aproximaram. Hoje, estão juntos em 175 coligações ante as 143 de 2004."O PT passou a existir em municípios em que não estava presente, o que facilitou novas alianças. Mas sempre em torno de questões locais", disse o senador Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB. Para Guerra, PT e PSDB são mais fortes juntos. "A tendência é crescer mais", avaliou. Em 2004, petistas e tucanos elegeram 54% dos candidatos apoiados pelas duas siglas.Em Nova Iguaçu (RJ), a chapa que elegeu Lindberg Farias (PT) em 2004 contava com PSDB e DEM. Os tucanos abandonaram a coligação este ano, mas os democratas permaneceram.
14 comentários
Cadê a oposição deste País?????????????
ReplyFoi assim, progressivamente, que o Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei - NSDAP (Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães) conseguiu tornar-se o partido único da Alemanha há 70 anos atrás, sob o comando do bigodinho esquisito que tinha mais de 90% de popularidade.
ReplyA história se repete e a humanidade não aprende...
O braZil soh merece um comentario: hahahaha. Eh ua piada. Abram-se as portas dos quarteis...fogo nos bolcheviques!
ReplyEleições 2008.
ReplyEnsinando a anular o voto
Nessas eleições de 2008 o eleitor vai ter que dar apenas dois votos: para prefeito e para vereador.
Acontece que, no Brasil, o voto é obrigatório. Por isso mesmo, precisamos pensar também naquelas pessoas que querem votar em branco ou anular o voto.
Na eleição para prefeito, que é uma eleição majoritária, só existe um cargo em disputa: quem tiver mais votos válidos, leva. O restante dos votos é jogado no lixo.
Mas na eleição para vereador, que é uma eleição proporcional, vários vereadores são eleitos. E para isso é preciso calcular o quociente eleitoral.
E como é que se calcula isso? Divide-se o número de votos válidos, isto é, fora brancos e nulos, pelo número de cadeiras em disputa. Assim, se uma determinada cidade vai eleger 50 vereadores, por exemplo, divide-se o número de votos válidos por 50. O resultado é o quociente eleitoral, mínimo que um candidato tem que atingir para ser considerado eleito.
Por isso, uma grande quantidade de votos brancos e nulos diminui o quociente eleitoral, permitindo a eleição de vereadores com um número menor de votos.
A situação contrária, ou seja, de poucos votos nulos e brancos, eleva o quociente eleitoral, exigindo um número maior de votos para considerar vitorioso um candidato a vereador.
Para ser inteiramente isenta, a Justiça Eleitoral deve ensinar o eleitor a votar em branco e a anular o voto.
Na urna eletrônica, quando se vota em branco, aparece no terminal: "Você está votando em branco", e o eleitor pode confirmar ou corrigir.
Mas quando se digita um número inexistente para anular o voto, o terminal diz: "Número incorreto, corrija seu voto", desencorajando o voto nulo.
Tanto o voto em branco quanto o voto nulo são manifestações absolutamente legítimas e democráticas da vontade do eleitor.
Ensinando como votar em branco e como anular o voto, a Justiça Eleitoral dará uma poderosa contribuição para o aperfeiçoamento do ato de votar e justificará sua própria existência.
Pois o que cabe a uma Justiça Eleitoral é garantir eleições limpas e o respeito à vontade do eleitor.
Coronel
ReplyAtualmente para além do PT, haverá outras legendas politicas?
Esse negócio do quociente eleitoral não é bemmm assim não.É uma interpretação...Há quem prove o contrário.Como poucos se interessam mesmo em deslindar a questão, os que põem em palavras bonitinhas o lero de que voto branco/nulo ajuda candidato passa como se fosse ponto pacífico,incontroverso.Não é nãooo.
ReplySeria muito bom que revissem debates anteriores sobre a questão de anulação ou não de eleição em razão do % de votos nulos.Duas interpretações opostas, não chegaram a uma conclusão irretorquível...
O contexto, certo, era outro — eleição presidencial —, e a polêmica era mais em termos de 'forçar' uma outra eleição, sendo que os candidatos deveriam ser outros,obrigatoriamente.
A tese, grosso modo, era: máximo de votos nulos/brancos considerados inválidos versus os válidos,se menor que 50% forçaria uma nova eleição?Numa nova eleição Lula (nem os outros, claro) não poderia ser candidato pelas regras do jogo?Era uma probabilidade ou só uma possibilidade?
Como o "menino índigo" de Garanhuns levou de primeira e de segunda, de goleada, o assunto morreu,ninguém mais se animou a manter na CTI a questão de anulação de eleições via resultado dos números[votos] das urnas.Salvo por questões outras,como fraude comprovada( ainda assim restrita ao local de ocorrência), golpe institucional, por aí.
Toda vez que tem processo eleitoral as pessoas se lembram de que:
a) o voto é obrigatório
b) o voto em branco é uma escolha e está mesmo na urna eletrônica, portanto é pra ser usado...Mas tem espaço pra defesa dele no horário eleitoral gratuito?que partido seria? o PB, Partido do Branco?
c) existe a possibilidade de voto nulo,tão perigoso que não tem teclinha pra ele nas urnas...São considerados nulos por ERROS e não por opção.
d) sempre ,entre uma e outra eleição, há ajustes na legislação , para confundir e não pra esclarecer..
e)jornalistas,sobretudo engajados,se acham donos da verdade vêm com conversinha de que voto nulo/branco ajuda candidato.Dá a impressão que só ela/ele, "entende" da coisa. Todo mundo é tapado e vai aceitar a informação só por que veio de um...jornalista!Estes não estão acostumados a serem confrontados,são os perfeitos representantes da turma dos 'estão se achando'...
Outro exemplo de polêmica que tem mais pressão pra ser silenciada do que estudada profundamente é a questão da segurança, da confiabilidade do voto eletrônico.
Quem gosta da rapidez dos processos de votação e apuração,por ser num meio tão caro e 'moderno', se recusa a pensar que possa , ali, ter algum tipo de fraude,ou, vá lá, na melhor hipótese, falha no sistema.
Os poucos que ousam levantar a questão são espinafrados, ridicularizados,reduzidos a oportunistas que querem holofotes, quando não malucos com teorias conspiratórias.
Até que um dia a casa cai,aí se lembram do clichê: "bem que avisaram..."
E continuo pregando o meu evangelho:aliança entre partidos é associação para o crime continuado.
ERa uma miríade de siglas(não de 'partidos'...)que levava o eleitor a nem saber em quem votava ou em que ideologia seu candidato se enquadrava.O solavanco de 64 acabou com a farra da sopa de letrinhas.Ficaram dois partidos,um de apoio total ao governo da vez,o partido oficial, outro de oposição, que na verdade só queria mesmo era ser 'posição'.Bem, chegaram ao poder e só estão no poder graças a essas alianças,nem é mais uma colcha de retalhos onde se vê bem as costuras e podemos desfazer, virou mesmo um tecido estampado,psicodélico,hipnotizante...
Tem até, vejam só,ex-arenistas, prefeitos biônicos,dividindo o pau da bandeira petista/comunista...
Aqui? mais de dois partidos é fazer de conta que há diferenças entre eles.Defendo 3 só:um claramente de 'direita', outro claramente de 'esquerda', seja lá o que signifiquem, e um terceiro que seria a, digamos, carne de contrapeso,só pra movimentar os pratos da balança.
¬¬
lia
Por isso deixei de me filiar ao PSDB , ao DEM e demais ...jamais seria do PT em quem nunca votei ou votarei,mas a política cada vez mais me enoja.Dora Jardim
ReplyLia, concordo contigo. O voto eletronico è FRAUDE.
ReplySempre foi fraude e vai continuar sendo fraude.
A mais ainda quando a ABIN toma conta das urnas eletronicas! Quando a ABIN como denunceiei ontem faz intercambio cultural e de amizade com os serviços de informação cubanos, è tão bolchevique como eles e daí manter o seu líder bolchevique cachaceiro no Poder, è sua missão sagrada como o G2 em Cuba que protege os irmãos Castro.
Só uma mudança de sigla. Pouca coisa para a mesma finalidade.
Onde era possível depois de tanto escândalo de corrupção, o cachaceiro ser reeleito com mais de 60% dos "votos"? Só aqui!
Somos um País de mentira!
Olha, visita este link de um Professor que dedicou sua vida a demonstrar que a urna eletronica è uma FRAUDE.
http://jrodriguesfilho.blogspot.com/
Pouco me importa o quociente eleitoral :)
ReplyMeu voto eh nulo e pronto. O PT provou que politico eh tudo bandido. Apenas uns sao mais comunistas, ditatoriais, assassinos, canalhas e o que quiserem a mais. Nestes nao voto nem morto. Nos da dita "oposicao", ateh tento votar, pra ser contra a petralhada, mas da nausea tb...
Se gritar pega ladrão, não ficar um político do Brasil.
ReplySó tem corruptos na política brasileira!
Vamos limpar a sujeira do Brasil, não vote em partido que faz alinça com PT.
O Lula é o Alibábábá!........
Fora Alibábábá... do dinheiro público!
Ô Lia
ReplyGostei do comentário sobre voto nulo e breanco. E gostei mais da piada do "menino indigo".
A "coisa" pensa ser um "indigo". E ainda tem tb os surtos de ser Deus. Lembra do que ele disse no comissio da Marta? "Deus é brasileiro, porque aqui tem um tal de Lula"
Coronel
ReplyEles não têm vergonha na cara! Nenhuma mesmo! lula e a petralhada que está embrulhada no negocio da compra Brasil Telecom pela OI.
Agência Estado.
"[ 30 de setembro de 2008 - 14h16 ]
MP "foi atropelado" na fusão BrT/Oi, diz sub-procurador
São Paulo - O Ministério Público "foi atropelado" pela compra da Brasil Telecom (BrT) pela Oi, um fato de caráter "político-econômico", e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está "com a faca no pescoço" para redigir mudanças na regulamentação que permitam a concretização do negócio. Essa é a opinião do sub-procurador Geral da República, Aurélio Virgílio Veiga Rios, para quem "misturar política com negócio privado é uma combinação explosiva". "Essa questão da compra, seja qual for o resultado, para nós é um fato político-econômico, mas não é um fato consumado", destacou."
(...)
http://www.ae.com.br/institucional/ultimas/2008/
set/30/2848.htm
Na minha cidade,quando a candidata do Dem,falou que iria administrar a cidade em parceria com Ana Júlia do PT(aquela da Santa Casa,dos bebês mortos)e o Molusco,perdeu imediatamente o meu voto e de meus familiares.Que oposição fraca.Pô,voces são oposição,não façam acordo, pois os petralhas se puderem, vão "enfunerar"(de fúnebre) vocês.Idiotas.
ReplyCoronel,
ReplyDepois do acordão costurado pelo Sr. Rodrigo Maia PFL (DEM) e os PeTralhas na CPI do Mensalão, só pra livrar a cara do Roberto Brant, ficou explicito que oposição e situação são siameses ligados pelo rabo.
VOTE EM DEFUNTO POR QUE POLÍTICO BOM É POLÍTICO MORTO E CREMADO.