No desentendimento entre as políticas monetária e fiscal do governo quem sofre são os menos favorecidos. Para combater o vírus da inflação não se pode usar um único tratamento, há outros antídotos que não apenas a alta de juros que impede o crescimento, gera desemprego e prejudica a sociedade.O Conselho de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) definiu hoje (23) o novo valor da taxa Selic, que passou de 12,25% para 13%. O impulso inflacionário que a economia do Brasil vive neste momento é conseqüência de um vírus, importado, que adoece países em todo o mundo. Não podemos, assim, ignorar o perigo de que se torne uma epidemia em nosso País.Como a atual onda de inflação tem presença mais forte no item "alimentos", as conseqüências do problema têm causado efeitos mais graves sobre as famílias de baixa renda, para as quais a alimentação significa maior peso nos seus gastos. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) preocupa-se com o custo da cesta básica que, segundo o Dieese, subiu mais de 30% nos 12 meses terminados em junho último, com destaques para o feijão com mais de 100%, o arroz beirando os 50% e a carne alcançando 33%.Para a Fiesp que — embora também defenda o firme combate à inflação — segue comprometida com o crescimento do País, seria mais eficaz se a gestão das políticas monetária e fiscal fossem compartilhadas, e a sua coordenação exercida de maneira adequada. O que, infelizmente, não é realidade. De um lado, temos uma política fiscal expansionista caracterizada pelo crescimento continuado do gasto público que, neste ano, deve aumentar 15% incentivando a demanda interna. De outro, uma política monetária restritiva que adota alta seqüencial na taxa de juros — que já é uma das mais elevadas do planeta —, como a única saída capaz de frear a expansão do consumo e do investimento."Temos, desta forma, um quadro surreal de política econômica, cujo resultado é uma taxa de juros muito elevada, vitimando a sociedade com danos imediatos e prejudiciais. Um exemplo disso, está na sobrevalorização da taxa de câmbio que, cada vez mais, compromete a competitividade do produto brasileiro", alerta Paulo Skaf, presidente da Fiesp.Numa efetiva demonstração de interesse em mitigar a questão social, o governo poderia remover, integralmente, os impostos sobre os produtos da cesta básica, que pesam no preço final de seus produtos. Isto teria um efeito imediato e positivo sobre as famílias de baixa renda, como já mencionamos as mais prejudicadas pela inflação."Os objetivos do governo devem ser partilhados por todos, e seria útil uma ação conjunta entre as políticas monetária e fiscal. Quando isso não existe, o custo para a sociedade acaba sendo muito maior, com menos empregos e renda, mais gastos com juros e queda na produção. Por fim, de que adianta subir juros, se o governo não controla os gastos públicos?", questiona Skaf.
9 comentários
Coronel,
ReplyNão sou tão frequente por aqui mas conheço seu trabalho desde os tempos de Noblat, que é meu blog de cabeceira. Endosso veemente o coro "xô petralhas" e sempre admirei sua opinião certeira. Mas, com todo o respeito, ficar pagando pau do Tio Sam é demais, não? Me desculpa a sinceridademas... Capitão América!? É só uma piada, certo coronel? Os EUA não são pesadelo só dos fascistas não. Os siamêses Lula-Cháves são uns pilantras mas é impressão minha ou senhor é pró Bush-it? Ficaria muito grato se você pudesse ser claro sobre a sua posição neste assunto.
Um abraço.
Um OFF bem IN:
Replyhttp://revistaescola.abril.uol.com.br/online/reportagem/repsemanal_291106.shtml
Nós aqui no Coturno que temos no computador um aliado percebemos o descaso com a Educação brasileira.
A bravata, a foto e o esquecimento tem sido a marca registrada das últimas gestões.
Será tão difícil assim usar o computador no processo pedagógico ?
Em nossa casa mesmo, não viajamos em idéias quando nos apresentam uma criança que não tem familiaridade com o computador ?!
De pronto não nos ocorre um tal joguinho útil, pedagógicamente falando, um dicionário, um site com tradução e pronúncia, um corpo humano online, etc etc etc ?!
O que é que há com o magistério, meu Deus ?!
Prá quê que servem esses Sindicatos e Federações ?!
Ora, é tudo pura má vontade.
O terror instaurado. As trevas.
A escola pública é de fato medieval no nosso querido Brasil!
- "Gestores públicos da educação!"
Selvaaaaaaa!!!
Começam as sugestões de soluções paliativas para corrigir as distorções de mercado causadas pela inflação.
ReplyO desgoverno Lula da Silva gasta muito e pior, gasta errado, subsidiando sem exigir prestação de contas e outras coisas igualmente execráveis.
Para cumprir com seus compromissos emite moeda e logo todos ficam sabendo. Já não adianta aumentar os juros por que a maioria não está mais disposta a trabalhar por trabalhar.
Agora os juros são o remédio que poderá matar o paciente por falência múltipla dos órgãos. Notem que estamos num ano de eleições e não estão conseguindo mitigar o problema.
As velhas desculpas esfarrapadas de que a inflação é problema de demanda e oferta, que estão todos empenhados para "combater a inflação" são nossas velhas conhecidas. Não colam mais.
A solução é uma só: cortar gastos.
O desgoverno Lula não pode mais fazê-lo, já que se o fizer irá é aumentar os gastos a curto prazo com dispensas imotivadas.
Triste fim esse da insana república bolivariana, mas totalmente previsível. Quem não sabe que fim levou a URSS? Cuba? Entre muitos outros.
É sempre assim: um punhado de espertos e sem competência se unem para tomar o poder e meter a mão no Dinheiro Público com a propaganda de que este não tem fim. Ledo engano.
Perfeito. Esse governo, se é que podemos chamar assim, só sabe aumentar a taxa de juros. O papel sujo fica com o Copom. Reduzir gastos, diminuir pessoal, privatizar, racionalizar investimentos, ah, isso dá trabalho. Essa última palavra o alho e crucifixo para os vampiros petistas.
Replyart
Coronel
ReplyE os banqueiros com o seu capitalismo selvagem, esfregando as mãos de contentes e fazendo já contas de quanto será a subida dos seus estratosféricos lucros trimestrais. E o etanol esfregando as mãos, pois sabe que quanto maior for o lucro desse capitalismo selvagem, maior è a sua percentagem!
Tudo o resto para conter a inflação, è história para os idiotas uteis, pois todos têm que consumir na alimentação, roupas e saúde.
Desgoverno canalha que distribui bilhões pelo mundo fora e coloca-nos na merda!
Bom, se minhas elucubrações estiverem certas, o governo de pulhas arruinaram a economia aproveitando-se da bonança externa. A crise dos titulos americanos não tem lá muitoefeito aqui. Porém toda a bosta foi feita por estes pulhas que se aboletaram formamlmente no controle do estado.
ReplyPensoque a primeira pedrinha do dominó está balançando perigosamente e, pior, não há muita chance de seghura-la.
Todo aquele besteirol de "superavit primário" (de fato um deficit nominal crescente), de "reservas" e blá blá blá vai virar fumaça.
Entrou-se numa caverna sem saber onde termina e se foi em frente até que a vela queimou já quase tudo - deveriam apostar só até a metade, a outra seria para iluminar a volta. Agora, se eu estiver certo, a volta será no escuro. Seria a hora de escovar essa camarilha toda, sem comiseração por estes facínoras ladrões e "tarados ideológicos".
Abs
C. Mouro
Coronel
ReplyNem vou comentar, coloco apenas a noticia e cada um de nós e seus leitores, pensem e vejam o que este maldito FDP está fazendo com a nossa economia. Falo da nossa divida interna e tudo quanto rola à sua volta. Capitalismo selvagem no seu estado mais puro.
"(...)
Em primeiro lugar, cabe ressaltar que este suposto recorde não passa de manipulação estatística, originada em 2001, durante o Governo FHC, e perpetuada no governo Lula: a exclusão dos empréstimos intercompanhia (dívidas de filiais de transnacionais no Brasil com suas matrizes no exterior) do cálculo da dívida externa. Estes empréstimos dobraram em 2007, passando de US$ 20 bilhões para US$ 42 bilhões, mas são ignorados pelo governo, para que possa propalar um suposto marco histórico.
Em segundo lugar, o que está por trás deste acúmulo desenfreado de reservas cambiais? Uma verdadeira farra dos especuladores nacionais e estrangeiros, que trazem seus dólares em massa ao Brasil para comprar títulos da dívida “interna”, em busca dos juros mais altos do mundo. O resultado disto é a explosão da dívida interna, que atingiu R$ 1,4 TRILHÃO em dezembro de 2007, tendo crescido 40% em apenas 2 anos!
Em 2007, o governo federal gastou R$ 237 bilhões com juros e amortizações da dívida interna e externa (sem contar o refinanciamento, ou seja, a chamada “rolagem” da dívida), enquanto apenas gastou R$ 40 bilhões com a saúde, R$ 20 bilhões com a educação e R$ 3,5 bilhões com a Reforma Agrária. E o governo ainda tem coragem de afirmar que a dívida não é problema!"
(continua)
http://www.conlutas.org.br/exibedocs.asp?tipodoc=noticia&id=890
Coronel,
ReplyDr Evil nao paga imposto quando compra comida e produtos de higiene pessoal no supermercado. Aqui, os itens basicos, como arroz, feijao, macarrao, carne, batata, salada, agua, sucrilhos, ovos, desodorante, pasta de dente, etc,etc,etc sao isentos do imposto de venda.
Dr Evil descobriu tambem, quando foi reformar a casinha, que alguns itens basicos para conservacao da propriedade nao pagam imposto: carpete, tinta, telhas, etc,etc,etc.
Vai ver, eles nao entendem nada de arrecadacao por aqui. Cobram so o imposto sobre a venda e o imposto de renda. Por isso a situacao por aqui e tao ruim. Por aqui, nunca vamos chegar a ser um pais de primeiro mundo, como o Brasil.
Quem mandou votar nos PeTrossauros?
ReplyPT= governo maximo, incompetente, ineficiente e caro. A unica coisa que esses trogloditas sabem fazer e aumentar imposto para cobrir sua ineficiencia e suas politicas populistas. O povo desinformado reclama quando os juros aumentam mas nao reclama quando o governo gasta mal e muito.
Agora aguenta.