Chega de fascismo.

Aquele lá agora deu para atacar os acadêmicos, com post que denomina de "análise sociológica". Desta vez, destilou o seu ódio e os seus absurdos contra uma entrevista publicada pelo IHU, Instituto Humanitas da Unisinos, com Luiz Werneck Vianna. Ao analisar os recentes episódios de corrupção no Brasil, a partir da prisão (ou da tentativa de) do banqueiro Daniel Dantas, Werneck identifica apenas “o capitalismo operando”. Para ele, o mal não está em figuras como a de Dantas ou de Eike Batista, “como se a sociedade fosse melhorar se nos livrássemos delas”. Ele garante: “Não vai melhorar. A sociedade vai melhorar se organizando em torno das suas questões centrais”, que são, na sua opinião, o crescimento econômico, a reforma agrária e a democratização da propriedade. O pesquisador acredita que “os piores instintos da sociedade estão sendo suscitados com tudo isso”. E que a solução virá “com mais política”. “O que constatamos, ao longo desse episódio, é que a política recua. Não há política. Está faltando sociedade organizada, reflexiva. A política está reduzida ao noticiário policial”, explica. A intervenção não é briga e nem birra. Nem concordo, nem discordo com Werneck. Aqui se trata de respeito a um intelectual e de colocar o debate em alto nível. Por que entrei no assunto? A Unisinos é a "minha" universidade. Foi lá que obtive minha graduação e a minha primeira pós-graduação. Lá tive aulas com o Antônio Britto e com o Raul Pont, por exemplo, políticos conhecidos, de lados completamente opostos. Sei que o IHU é o "lado vermelho da força" da Unisinos jesuíta, mas, em termos acadêmicos, é um dos mais importantes canais de debates sobre ética, política, sustentabilidade e trabalho no país. Não censura ninguém, respeita o contraditório. A entrevista do pós-doutor Luiz Werneck Vianna é muito lúcida e consistente, principalmente quando ataca aspectos fascistas presentes no episódio Dantas. É claro que o maluco do megafone não gostou. Nem poderia. Para ele, dedico o currículo lattes do Prof. Werneck. Para que ele se coloque no seu devido lugar. Um lugarzinho muito feio, úmido e escuro.

14 comentários

Coronel,


Vi lá, no JN:
"Em Brasília, o presidente Lula exigiu que os Estados Unidos e a União Européia aumentem ainda mais o corte nos subsídios do setor agrícola. "

Você quer começar a rir agora, ou a gente deixa prá mais tarde? EXIGIU? Nooooooooossa, a UE e os EUA devem estar mrtos de preocupação!

Reply

O mesmo lugarzinho feio e úmido onde deveriam se colocar, estes, e os analfabetos "promovidos aos estrelato" pelos 17% dos eleitores analfabetos deçepaís.

experimentem fazer um teste simples, de 1º grau, no patife palanqueiro

não terão surpresas...

SÓ CERTEZAS!!


em tempo:
Juiz impugna candidatos reprovados em teste de português

jornal Zero Hora

Reply

Coronel

Li a entrevista do Prof. Werneck.

Vivemos numa sociedade capitalista, uma economia de mercado, marcada isso sim, por um capitalismo selvagem démodé, ultrapassado, próprio dos séculos 18, 19 e principio do século 20. Mas esse capitalismo retrogrado denominado de capitalismo selvagem voltou ao Brasil e, seu único responsável foi um analfabeto guindado ao mais alto cargo da Nação Brasileira empurrado por discursos demagogicos orientados para uma grande maioria analfabeta, sindicalista e frustrados com politicas dos presidentes anteriores, Collor e FHC.

Um cidadão com poucos estudos, economicamente débil quando assumiu o cargo, vivendo de lutas partidárias contra o Poder instituído. Um cidadão despreparado para tão elevado cargo, que se deslumbrou com as riquezas ao seu alcance dentro da sua visão obliterada pela pobreza em que anteriormente se movimentava, se socializou e onde sobrevivia. Daí a estabelecer "regras" com os principais banqueiros mundiais foi um ápice, cobrando certamente seu preço pelas elevadas taxas de juros, pela isenção de taxas na Bolsa e, pela garantia certa de retorno do capital investido no Brasil, terra de cegos onde quem tem um olho e apoio desse politico, è Rei.

Chamar no entanto de fascista a certas ações que sucedem na nossa "Democracia" recuso, opto por apenas um regime totalitarista já que vivemos num regime inserido na "sociedade de massas", paradigmas na história como os regimes totalitários de Adolf Hitler e Josef Stalin.

Infelizmente vivemos um paradigma politico, uma mistura de totalitarismo do capitalismo já que o totalitarismo de esquerda (Stalinismo, Maoísmo e variações) representa o controle do poder político por um representante imposto e empurrado pelos trabalhadores, mas no entanto pressupõe uma revolução de fato no regime de propriedades, coletivizando os bens de produção e as terras - trabalho dos MST, Via Campesina e outros) - enquanto que o de direita (Fascismo, Nazismo e variações) é essencialmente um artifício do grande capital para assegurar seus interesses de forma violenta. As semelhanças entre os regimes de Stalin com o de Hitler limitam-se aos métodos — por isso não se pode de forma alguma confundir os dois modelos: respectivamente, um coletiviza a propriedade, o outro a mantém para a classe burguesa.

È esse paradigma que vivemos, que prefiro definir como corruptocracia, com o apoio e benção do Clube de Bilderberg.

Pelo seu post, presumo que seus estudos sejam na área das Ciências Sociais, possívelmente Sociologia.

Reply

O do megafone não disponibiliza espaço para comentários?

Não consegue conviver com divergências? Chamem o psiquiatra.

Lilyanne

Reply

hehehehehehe

ao ousar ler o curriculo lates do Prof. Werneck... aquela lá, deve estar arrancando os pelos pubianos com alicate ou latindo

Reply

Caro Coronel
Já que falaram em magafone, sou mais o do chifrudo Carlos Alberto, figura já folclórica da nossa bela e Santa Ilha de Catarina.Pelo menos, há um q de decência, algo em falta lá no planalto e alhures.

Reply

Coronel

Capitão America promovido a Coronel? As voltas que a vida dá!

Reply

Não li a entrevista, mas dizer que a "reforma agrária" é questão central só pode mesmo ser coisa do lado vermelho da força... O Graziano já desmistificou esse assunto há muito tempo. Não há mais sem-terras, apenas protofarquistas desempregados.

Reply

Alô Boss.
Vai somando aí:
São VINTE .....da Farc que foram encontrar a DERCY...recém chegados
abraços

Reply

Já eu não estou impedido de impugnar tamanha besteira, Coronel.

Estamos cansados de ouvir essa baboseira de que a culta não são dos autores, mas sim de um ente abstrato, inatingível e, principalmente, inimputável.

O problema é a unicidade sindical e esse tumor que não para de crescer e que sobreviveu aos tempos da ditadura militar que são os pelegos.

Não estava aí um sujeito do megafone dizendo que você, Coronel, só poderia estar fora do País senão não estaria escrevendo o que vemos no "nosso" Blog.

Sim, essa corja é um tumor que só será contida pela IV Frota e quiças não tenham que usar quimioterapia para os extirpar.

Eles têm cara, nome, CPF, são maiores, capazes e perfeitamente imputáveis pelos seus crimes, o Dantas e os corrompidos.

Já nos disse Olavo de Carvalho há muito tempo que o lugar do Lula da Silva é na cadeia.

Reply

Engraçado são os comentaristas lá do blog do cara do megafone, tudo engenheiros, empresários e publicitários ;pelo menos é
o que eles escrevem no campo "profissão",
se for mesmo verdade, eu espero que eles saibam que a revolução cubana também teve o apoio de estudantes, jornalistas e até mesmo de empresários, que posteriormente
todos essas pessoas acabaram presas ou foram para o exílio depois da tomada do poder, apesar do apoio que eles deram aos revolucionários no inicio .



http://realidadesocialista.blogspot.com/

Reply

Esse blog do megafone foi criado para rastrear os comentaristas daqui.

Reply

Coronel,

As propriedades de Dr Evil, ellles nao vao democratizar.

Gracas a Deus, Dr Evil ja vendeu tudo que tinha por ai. E gracas a incompetencia do governinho, Dr Evil mais que duplicou se capitalzinho comprando dolares a preco de banana ( ou mais barato ).

De Dr Evil elllles nao tiram um centavo.

Reply

Não me sinto confortável para comentar o curriculo de uma pessoa que não conheço, embora saiba das facilidades oferecidas aos "companheiros" de esquerda para gravitarem em torno das universidades públicas em detrimento dos demais. Duvido, também, da capacidade, inteligência e isenção de quem aprisiona sua mente por uma ideologia.
Transcrevo um trecho do Blog do Reinaldo Azevedo (excelente, como sempre)que, com mais competência, ilustra nossa linha de raciocínio.


"Comento
Há aí um importante erro de premissa. Para afirmar que os “gênios da direita” (como ele diz de forma jocosa) não passam nesses concursos, forçoso seria que eles disputassem as vagas. E não disputam. Com as exceções de praxe, os cursos das chamadas “humanas” (de fato, filosofia, letras e ciências humanas) são monopólio da esquerda. Então, não há essa disputa. E, se houvesse, a “direita” perderia — ou seja: seria rejeitada nos concursos de acesso. Por quê? Porque essas áreas do conhecimento quase nunca têm um núcleo objetivo que possa ser cientificamente testado, de modo a se endossar ou refutar uma tese. Ao contrário: lidam, antes de tudo, com valores, que, na origem, já são escolhas também ideológicas.

Por que o establishment da área de humanas das universidades é esquerdista? Há nisso o que já poderíamos chamar de “uma tradição”, que remonta aos anos 60. E que se note: não apenas no Brasil. É assim em praticamente todos os países democráticos. Esses cursos abrigam os descendentes daquele pensamento “de resistência” que anteviu, há quatro décadas, o “fim do capitalismo”. Como o capitalismo, é claro, não acabou, o pensamento “resistente”, de matriz socialista, migrou para a proteção e exaltação do que chamo de “vários parcialismos”: passou a defender a mobilização de parcelas da sociedade que não mais falam em nome da sociedade universal — velha ambição da esquerda —, mas de verdades particulares: mulheres, negros, homossexuais, africanismos, orientalismos... Sigamos.

Nas universidades públicas em especial, não basta ter vocação acadêmica ou querer ascender na carreira. É preciso que o estudante que tenha concluído o curso demonstre interesse — e tenha condições financeiras para tanto — pelos vários estágios da pós-graduação e que haja alguém disposto a orientá-lo. Não é possível ascender na carreira acadêmica sem que haja uma espécie de adoção intelectual. Essa já é uma primeira peneira importante. E outras vão se estabelecendo ao longo do caminho. Seria perfeitamente possível uma banca liquidar com as pretensões de um não-alinhado com o establishment na defesa de uma tese. Mas isso nem chega a acontecer porque o não-alinhado já é barrado muito antes.

Nessas áreas do conhecimento, repudia-se a novidade e se busca a reiteração, perpetuado-se esquemas de poder e de influência ideológica. Nas carreiras que são atravessadas pelas demandas de mercado, por mais que a força do velho tente barrar a novidade, esta se impõe porque depende menos da arbitragem subjetiva. Nas chamadas ciências humanas, ou o sujeito paga o preço de endossar a metafísica influente ou está fora do jogo.

Nas universidades privadas, a realidade não é muito distinta, embora se deva atentar para um dado particular. Com raras exceções, quase nunca ela é formadora da, como chamarei?, “mao-de-obra intelectual primitiva”. Explico-me: o celeiro de “pensadores” e “humanistas” que seguirão carreira acadêmica e se dedicarão ao ensino são as universidades públicas, que formam a maioria dos mestres e doutores.

Estabelecida a competição entre eles — todos, já então, de um mesmo lado ideológico — pelos postos nas universidades públicas, o excedente opta pelo ensino privado, onde acaba reproduzindo os mecanismos de poder que o originaram. E que se note: os que não são aproveitados nem no ensino público nem no privado acabam se integrando a ONGs ou a instituições de grandes empresas que resolvem investir em cultura. O "comunismo" mais radical do Brasil, hoje — radicalismo de gabinete —, saibam, está nos institutos culturais financiados por grandes bancos. É gente que lastima a moderação de João Pedro Stedile e que acha o capitalismo uma porcaria...

Voltemos à velha questão: vão criar o comunismo no Brasil? Não, é claro. O comunismo, na forma que se conheceu, subsiste apenas em Cuba e na Coréia do Norte — vale dizer: acabou. Nem a China, hoje uma tirania do capitalismo de estado, é mais exemplo. O que essa gente faz, com sua militância contra os valores universais da democracia, é flertar com formas veladas de autoritarismo, impostas por grupos de pressão que se assenhoram do estado e de seus instrumentos de coerção para impor a vontade de minorias organizadas como se fosse a realização plena da democracia."

Reply