A "ruivinha" de Pasadena pagou a campanha do petista Delcídio Amaral


Em delação premiada, o lobista Fernando Baiano afirmou ter sido autorizado pelo ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró a repassar sua parte de propina pela compra da refinaria de Pasadena, no Texas, ao senador Delcídio Amaral (PT-MS). Segundo Baiano, o petista estaria pressionando Cerveró. Baiano teria repassado cerca de US$ 1,5 milhão a um amigo de Delcídio entre 2006 e 2007. O dinheiro teria sido usado para pagar dívidas de campanha. A matéria é de O Globo.

Baiano afirmou ainda ter sido procurado por Cerveró em 2006 para acertar o pagamento. O ex-diretor reclamou com o lobista. Disse que se sentia “muito pressionado" pelo senador petista, que na época era candidato ao governo do Mato Grosso do Sul. Cerveró teria dito a Baiano que uma pessoa de codinome “Godinho” ia procurá-lo para acertar os pagamentos. Segundo o lobista, Godinho se apresentou como amigo de infância de Delcídio, afirmando que teriam até estudado juntos.

Baiano e o amigo do senador combinaram pagamentos periódicos em dinheiro. Os repasses foram feios no escritório de Baiano no Centro do Rio entre o segundo semestre de 2006 e os primeiros meses de 2007. Num dos encontros, Godinho teria dito a Baiano que os recursos eram para pagar dívidas da campanha do petista.

Após os pagamentos, Cerveró voltou a procurar Baiano. O senador petista estaria novamente pressionando o ex-diretor por dinheiro. Delcídio teria cobra o recebimento integral da propina de Pasadena. Cerveró e Baiano fizeram uma reunião de acerto de contas para ver se o repasse teria sido pago integralmente. Eles perceberam que faltou um pagamento de menos de R$ 100 mil. As reclamações de Delcídio teriam deixado Cerveró “chateado”, segundo Baiano.

A relação entre Cerveró e Delcídio é antiga. O senador promoveu o funcionário da Petrobras a cargos gerencias quando o parlamentar era diretor de gás e energia da Petrobras entre 1999 e 2001. Ele também foi o principal padrinho de Cerveró no primeiro mandato de Lula. Foi ele quem indicou Cerveró ao cargo de diretor internacional em 2003.

A compra de Pasadena custou, em valores e câmbio da época, R$ 1,25 bilhão para a Petrobras, segundo estimativa do Tribunal de Contas da União. A transação foi avalizada pelo Conselho de Administração da companhia comandado, à época dos fatos, pela presidente Dilma Rousseff, então ministra de Lula. Questionado pelos investigadores se a Dilma sabia das irregularidades, Baiano não sou dizer.

O nome de Delcídio já apareceu em depoimentos da Operação Lava Jato. Em março deste ano, o Supremo Tribunal Federal decidiu arquivar uma investigação contra o senador. Na ocasião, a Procuradoria Geral da República pedia que ele fosse investigado, após outro delator, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa ter dito que ouviu falar sobre o pagamento de propina a Delcídio, quando o senador ocupou o cargo de diretor de gás e energia da estatal, entre 2000 e 2001. O pedido foi arquivado porque o STF considerou que faltavam evidências concretas do pagamento de propina a Delcídio.

Através de sua assessoria de imprensa, o senador Delcídio Amaral não respondeu aos questionamentos da reportagem. Em vez disso, ele ameçou usar a nova lei de “direito de resposta, sancionada recentemente pela presidente Dilma Rousseff, para se posicionar:

“O senador Delcídio, considerando a improcedência da informação, prefere se valer das prerrogativas a que tem direito pela Lei 13.188, que trata do “direito de resposta”, compatível com a dimensão do dano que lhe for causado pela sua eventual veiculação, como preconiza a lei”, diz a nota.

4 comentários

Cabra safada,,onde tem pt tem m

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O qu depender do supremo nao vai sair do lugar. Delcidio ja' foi citado por outro delatores e nada.

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Abra a gaveta seu janot só tirou o cunha da gaveta p ele n aceitar o impeachment e livrar a bandilma ,cade os demais ....cleptocracia, governo d ladrões

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Olha a roubalheira do PT
Quem paga é você
Quem paga é você...

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