Michel Temer não manda nada no PMDB. Quer apenas sustentação para o seu "vice mandato", caso haja um impeachment ou, se não, para levar o mesmo até o fim como sempre: em cima do muro. Não é com ele que a Oposição deve negociar. O PMDB que conta não está mais no Palácio Jaburu. Está no Congresso Nacional. A notícia abaixo é da Folha de São Paulo.
Em meio à crise aguda que o governo Dilma Rousseff (PT) enfrenta, o
vice-presidente Michel Temer (PMDB) manteve nas últimas semanas vários
contatos com membros dos dois principais partidos de oposição à
presidente, o PSDB e o DEM.
Temer esteve com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) há
cerca de um mês, em São Paulo. O vice afirmou que queria uma conversa
sobre mudanças na legislação eleitoral, segundo aliados do peemedebista. O mesmo assunto foi usado depois para justificar um encontro com o
senador José Serra (PSDB-SP) em Brasília, na residência oficial do vice. O senador Aécio Neves (PSDB-MG), que perdeu para Dilma a eleição de
2014, foi procurado no dia 10, seu aniversário. Temer ligou para Aécio,
deu os parabéns e falou sobre o cenário político, segundo um aliado do
tucano.
Nesta semana, o vice-presidente esteve com o prefeito de Salvador, ACM
Neto (DEM). Na segunda (16), promoveu um jantar para deputados do DEM em
Brasília. O pretexto era discutir um projeto de fusão com o PMDB
--ideia improvável hoje, já que o DEM negocia com o PTB. Durante o jantar, Temer mencionou a necessidade de aprovar as medidas de
ajuste fiscal propostas pelo governo ao Congresso e se comprometeu a
arranjar um encontro com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para
esclarecer dúvidas dos deputados.
Aliados dizem que o objetivo do vice-presidente com essas conversas é
reduzir a tensão nas relações entre o governo e a oposição, sem
melindrar os líderes do PSDB e do DEM com versões conspiratórias ou
especulações que sugiram a negociação de um pacto para salvar Dilma. Os tucanos descartam qualquer possibilidade de trégua com o governo, mas
Temer tenta vender a ideia de que é possível ainda assim promover uma
agenda comum ao PMDB e ao PSDB.
Um primeiro resultado dessas conversas surgiu nesta semana, quando o
PMDB apresentou no Congresso uma proposta de reforma política com vários
pontos coincidentes com os que os tucanos defendem, como o fim das
coligações partidárias nas eleições legislativas. Em entrevista à Globo News na noite de quarta (18), Temer fez acenos à
oposição. "Se o país tem uma situação dramática, nada impede um diálogo
com a oposição, e eu tenho feito isso com muita frequência", afirmou o
vice.
MINISTÉRIOS
Afastado pelos petistas do centro das decisões do governo, ele também
enfrenta dificuldades para lidar com a sombra do presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o desafeto de Dilma que manda na bancada do
partido.
Nesta quinta (19), após almoço na casa de Temer, os líderes do PMDB no
Senado decidiram apresentar um projeto para reduzir de 39 para 20 o
número de ministérios. Horas depois, Cunha desengavetou projeto
semelhante que tramita há anos na Câmara.
Na entrevista à Globo News na quarta-feira, Temer reconheceu que é
"difícil" governar com tantos ministérios e afirmou que "o governo pensa
que certos ministérios possam ser acoplados a outros"
11 comentários
Coronel, o PSDB está negociando com o futuro presidente. Foi assim também com o Itamar em 92.
ReplyPreste atenção que os tucanos não pactuaram com a Dilma, Lula e o PT.
Essa notícia revela exatamente que o Impeachment já foi "autorizado" pelo FHC. Agora resta aguardar o "Fiat Elba".
Coronel,
Replyele colocou a pá de cal sobre si mesmo e perdeu qualquer credibilidade no dia em que disse que Impeachment é inconstitucional! Oras bolas! O maior constitucionalista do Brasil disse uma mentira deslavada para enganar pelo menos 50 milhões de "trouxas" , que somos nós. E se somem a esses todos os tolos que caíram no conto do vigário, ou melhor, no conto da Dna Dilmentira!
O Brasil está num momento crucial de sua existência. Ou os políticos mudam suas condutas ou serão execrados em praça pública, em qualquer lugar onde estejam. Vide Guido Mantega no hospital Albert Einstein.
Não devemos ser violentos, mas devemos mostrar nossa indignação e tais pessoas devem ter suas vidas transformadas em um inferno. Onde forem, que não haja silêncio respeitoso ou de desprezo. Há que ter barulho: vaias, comentários do tipo: fora! Deixe nosso país em paz! Saia do governo! CorruPTo ou coisa que o valha, desde que merecido.
Sei que não é o ideal, mas todos esses bandidos, desde togados vermelhos até Ministros Bolivarianos (leia-se aqui o Porcão Garboso Cardoso) precisam entender que aqui não é Venezuela e que somos os donos do país!
Dilma não pode mais mostrar a cara nas ruas. Está refém da própria inépcia e mal caratismo. Que todos elles sintam sobre os próprios ombros o peso de todo o mal que estão causando a nossa Pátria amada, Brasil. Ficarão achatados com tal peso, pois estão destruindo nossa Nação. Colocaram irmão contra irmão seguindo aquele maldito Gramsci à risca.
Querem nos transformar numa Venezuela e farão de tudo para conseguir seu intento. Intentona comunista bolivariana em curso!
OLHO VIVO E FARO FINO, BRASILEIROS!
E quando ouvirmos a palavra sagrada DEMOCRACIA na boca suja e podre dessa corja asquerosa, comunistas da esquerda caviar, que amam o bem bom e querelo nos ferrar, gritemos:
COMUNISTA MENTIROSO - VOCÊ NÃO NOS ENGANA MAIS!
VÁ PRA CUBA QUE O PARIU!
Flor Lilás
PS: Temer não é comunista. É oportunista. Sem limites para manter o poder nas suas sujas satanizas mãos.
Espero que o DEM não se misture com ninguém precisamos um partido de direita exige responsabilidades e sabe o que é respeitar o Estado de direito.
ReplyTem tudo para crescer, espero que aqueles que saíram do DEM voltem as suas voltem ao DEM, voltem as suas origens.
Nós povo estamos cansados de paridos socialistas e de trabalhadores.
“Ser de direita é ser ante esquerda, defender um estado pequeno e eficiente, que seja cumpridor de suas obrigações, respeitar o estado de direito e cumprir a lei”.
https://www.youtube.com/watch?v=TAj4iRawaF0
https://www.youtube.com/watch?v=nKTEfA0EF0U
Ser de direita, exige de você responsabilidade do que você faz, a esquerda absorve você no coletivo e a culpa é dos outros “
https://www.youtube.com/watch?v=nhav_SXGV5s
Espero que Ronaldo Caiado não entre nessa.
Com 15 ministérios dou um show de administração mas difícil mesmo é ver que tem gente que é vice de um governo corrupto e faz cara de passagem.
ReplyPaís subdesenvolvido é isso.
Eduardo Cunha será, em futuro próximo, Presidente do PMDB.
ReplyCada dia está mais forte.
Chris/SP
Sujeito PEDANTE, MERCANTILISTA nojento!
Replynão sejamos ingenuos, pelo amor de Deus.
ReplyTemer tá se preparando pra assumir a presidencia do Brasil, sem mais.
Viva Temer.
Temer está negociando apoio. Ele sabe que, sem a ajuda da oposiçao, ele nao vai conseguir governar. E ele nao e besta de apoiar o impeachment publicamente e sofrer o "assassintao de reputações" do PT.
ReplyAliás, quanto menos ele abrir a boca, melhor para ele... Se nao me falha a memória, o Itamar Franco tambem nao falou muito na época do Collor...
Coronel, v. escreve (num tom até meio enfezado) que o "Temer não manda nada", mas eu pergunto a v., caro amigo: existe algum caminho razoável para sairmos dessa crise absurda que não passe pelo Temer? Porque esse negócio de manifestações de rua, povo protestando, CPI, Operação Lava Jato, Fora Dilma!, Juiz Moro, etc., é muito emocionante, mas o país não pode ficar eternamente brincando com o caos, não tem país que suporte por muito tempo um tranco desses. A economia está derretendo, minha gente, e analistas financeiros já acusam uma tempestade financeira internacional no horizonte. Crises políticas devem ser debeladas o mais rápido possível -é a lição dos sensatos. Quem pensa que um país possa se valer de crises políticas para fazer catarses sociais e coletivas só pode ser um louco rematado.
ReplyA política é a arte do possível, já disse alguém. Temos um problema sério que precisa ser resolvido o quanto antes, que é a retirada do petralhismo do poder, porque o país não pode seguir sendo governado por uma organização criminosa. Isto é ponto pacífico. Mas como faremos tal coisa? O brasileiro não raro mostra-se superficial e com uma lamentável tendência a carnavalizar tudo. Mas o país não é um trio elétrico. A queda do atual desgoverno há de observar uma estratégia de redução de danos, não dos políticos, mas da economia, da vida de todos nós, porque se a nau afundar vamos todos nos danar. Portanto, o meu itinerário para sairmos do charco em que nos metemos é: 1) forçar, através da pressão das ruas, o isolamento da DilmAnta até um ponto em que ela se veja na contigência de renunciar. Se não houver jeito, que se faça o seu impedimento, sempre tendo em conta que este é o caminho mais traumático para o país. Lembrem-se que o Brasil não é parlamentarista; 2) com a saída da DilmAnta e do petralhismo, sem prejuízo, claro, da apuração judicial de todos os seus crimes, assume o Temer, para pacificar o país e terminar o mandato; 3) em 2018, sem o petismo (que, atenção!, não pode ser poupado; tem de ser destruído sem complacência) o caminho estará aberto para o retorno do PSDB, que não é a oitava maravilha do mundo, mas é o que temos hoje de mais racional para gerir o país; 4) com PMDB e PSDB se revezando no comando do país pelos próximos 7 ou 8 anos, talvez haja condições de realizar a reforma política necessária para fortalecer as instituições, notadamente a representação; 5) talvez haja também, com o petralhismo desbaratinado fora do poder e concentrado em se livrar das grades, condições para ajustar a economia e reparar as destruições dos últimos 13 anos, especialmente a reconstrução do tripé macroeconômico que a DilmAnta jogou por terra; 6) finalmente, num ambiente em que as instituições não estarão sob pressão de aloprados bolivarianos, talvez seja possível que a direita democrática consiga se aglutinar minimamente e constituir uma força política viável no parlamento para, quem sabe, almejar o poder num momento não muito distante. Eis o meu itinerário. Ele inclui o Temer, sim, porque não tem outro jeito. A quadra que atravessamos é terrivelmente perigosa, e a população, por mais que se mostre politizada neste momento, nem sempre compreende o risco monstruoso que a democracia está correndo. O objetivo primeiro de todos os democratas neste momento é defender a ordem jurídica e garantir ao país uma transição dentro da democracia e da ordem. É momento de criarmos pontes e não de dinamitarmos caminhos. Temer é o líder dos sonhos? Óbvio que não! Mas é o que temos. A política é arte do possível, não se esqueçam.
Um abç. a todos.
Muito sensato, o LG. É por aí. A prioridade é nos livrarmos dessa escória. Depois a gente vê o que fazer.
ReplyChegamos onde eu vinha prevendo há tempos... Falei aqui que o PMDB deveria ser chamado de Partido Moderador da Democracia Brasileira, tal era seu poder de mudar o cenário e destronar o PT!
ReplyE o povo, hein amigos coturneiros? Quem diria! Nunca antes nesse país se viu o povo exercer sua força política de uma forma tão pura! Fantástica #OndaVerdeeAmarela
E tudo começou com os #20doMASP... Quem lembra?