O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) José Jorge apresentou
nesta quarta-feira um voto sobre auditoria realizada no Complexo
Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) questionando a celebração de
contratos sem licitação de US$ 7,6 bilhões para a realização de parte
das obras. Os acordos foram firmados durante a gestão de Paulo Roberto
Costa na diretoria de Abastecimento. O relatório questiona ainda a
compra de equipamentos que não serão usados devido a mudanças no projeto
original e aditivos de R$ 1,5 bilhão pelo fato de equipamentos não
terem chegado ao local por falta de estrutura de transporte até o local.
Em
seu voto, o ministro destaca ainda que há números divergências dentro
da própria Petrobras sobre o custo do complexo. A previsão inicial era
de US$ 6,1 bilhões, com mudanças no projeto a companhia já admitiu a
elevação para US$ 30,5 bilhões, mas o relator observou que a área de
Estratégia Corporativa já estima que o custo total é de US$ 47,7
bilhões. A proposta de José Jorge é pedir explicações à companhia e
abrir fiscalização sobre um contrato de US$ 3,8 bilhões, sem licitação,
com empreiteiras citadas na Operação Lava-Jato. Houve, porém, pedido de
vistas do ministro Bruno Dantas e a votação do acórdão foi adiada.
O Comperj foi concebido inicialmente como uma petroquímica que seria
construída em parceria com a Braskem, empresa que tem a Petrobras e a
Odebrecht como sócias. Posteriormente, o projeto foi alterado passando a
incluir também uma refinaria. Por fim, chegou-se a um projeto de
construir inicialmente uma refinaria com capacidade para o refino de 465
mil barris de petróleo por dia e posteriormente construir a
petroquímica. Não houve ainda confirmação da parceria com a Braskem, que
se restringia à parte de petroquímica.
José Jorge observou que somente em agosto de 2012 passaram a ser
analisadas análises de risco relativas ao Comperj. Foi nesta data que
verificou-se ser impossível cumprir os prazos previamente estabelecidos.
Foi antes desta data que foram assinados os contratos de US$ 7,6
bilhões sem licitação. Dois contratos já estão sob auditoria. O maior
deles, de US$ 3,8 bilhões, foi celebrado para a construção da Central de
Utilidades do complexo com o Consórcio TUC Construções, formado pela
UTC Engenharia, Construtora Norberto Odebrecht e Projeto de Plantas
Industriais (PPI), e ainda não há fiscalização específica.
O
ministro destaca que a PPI foi a empresa que realizou o projeto
original dessa central, enquanto que as empreiteiras foram citadas por
supostamente pagar propinas a Costa dentro do esquema de corrupção na
companhia. — A questão que considerei mais grave foi a verificação desses
contratos de US$ 7,6 bilhões sem licitação e justamente na diretoria de
abastecimento na época de atuação do diretor Paulo Roberto Costa, que
está aí sub judice. Por isso precisamos investigar se há
superfaturamento nestes contratos — disse o relator, em entrevista após
apresentar o voto.
Ele observou que quando fez licitação para outras obras do Comperj a
Petrobras conseguiu um deságio médio de 14,27%. Por isso, na sua visão, é
preciso verificar se não houve sobrepreço na celebração dos contratos
sem licitação, ainda mais verificando que os prazos não foram cumpridos.Durante a sessão, o ministro substituto André Luis de Carvalho
sugeriu que fossem suspensos, de forma cautelar, os pagamentos relativos
ao contrato de US$ 3,8 bilhões até que se investiguem as
irregularidades. José Jorge ficou de avaliar a medida até a próxima
sessão, que ocorrerá no dia 22.
A auditoria que subsidiou o voto levantou ainda que a Petrobras já
teria pago R$ 1,5 bilhão em aditivos porque construtoras estão esperando
a chegada de equipamentos a Itaboraí, onde está sendo construído o
Comperj. Essa demora ocorreria porque as estradas para a região não
suportariam o peso dos equipamentos a serem transportados. Há ainda um
prejuízo estimado em mais de R$ 50 milhões com equipamentos comprados
que não serão mais utilizados devido às mudanças no projeto. (O Globo)
9 comentários
CARACAS, só esse ESCÂNDALO já não é mais do que suficiente para botar a Anta Gorda na PAPUDA???!
ReplyCoronel,
Replyagora deu medo.
Vamos pensar em Angra 3, Usina de BELO Monte e transposição do S. Francisco...
Vale ler e compartilhar!
Replyhttp://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/2014/10/15/dilma-x-aecio-mentiras-verdadeiras-e-verdades-falsas/
Gambá
Coronel da um geito de entregar as vontades dos eleitores para o Aecio colocar naTV. Na internet ele ja ganhou ,porem na TV ele esta perdendo, por propaganda de quem tem culpa no cartorio
ReplyPovo do Rio de Janeiro, patriotas que amam a Dilma e o PT, trabalhem duro, paguem em dia seus impostos. O PT espera com muita alegria o seu dinheiro.
ReplyCOM TANTO ESCANDALO E AECIO CAI NA ARMADILHA DE SE DEFENDER DE ACUSAÇÕES QUANDO DEVERIA SER O CONTRARIO! AH QUE FALTA FAZ UM DUDA MENDONÇA!
ReplyEsta equipe de marketing do Aecio das duas uma:ou são uns artistas,
Replysabem o que estão fazendo e o resto do povo não percebe ou é uma
turma de borra bostas, pois aqui
no blog têm milhões de idéias
sobre corrupção do PT que não
foram consideradas. Aliás,ganhar
eleições com uma adversária
envolvida em tantas corrupções
já nem é grande vantagem, agora
perder sem levantar os podres do
adversário, além de horrivel, pode
levantar uma série de dúvidas
sobre o Aecio.
Parece que o Petrolão não colou na Dilma. Tem que mostrar de que forma isso afeta a vida das pessoas. O cidadão trabalha, paga suas contas (por enquanto), recebe bolsa família, não muda seu voto. Tem que relacionar o dinheiro roubado com as carências da população. Falta de hospitais, escolas, segurança...
ReplyAí...o orçamento da NASA é de US$ 18 bi....huahuha
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