Em editorial publicado hoje, o jornal Estado de São Paulo faz uma dura crítica, baseada em dados, sobre o amontoado de mentiras e espertezas contidas no programa de governo com o qual Dilma Rousseff pretende exercer um suposto segundo mandato. Leia abaixo.
O descaramento como política
O programa de governo Dilma
Rousseff 2014 é uma peça publicitária, com forte dose de ficção. Um dos
tópicos, intitulado “Os 12 anos que transformaram o Brasil”, é constrangedor.
Ali, a mentira parece adquirir status de verdade histórica.
O que primeiro choca é a incongruência
entre o título do programa (Mais mudanças, mais futuro) e o conteúdo proposto.
Era de esperar que, com resultados tão pífios - reconhecidos não apenas por
analistas econômicos, mas, como as pesquisas têm indicado, pela população em
geral, que já percebeu qual é a qualidade do atual governo -, o leitor do
programa se deparasse com algo diferente do que viu nos últimos anos. Mas o que
lá está é mais do mesmo, com a reedição de "programas" pontuais e
desconexos, sem uma visão ampla do que o Brasil precisa. Vê-se logo que é um
programa feito pró-forma, em que o País é um simples acessório.
Furtando-se de analisar os seus
anos de governo - o que seria mais honesto -, sempre que pode Dilma inclui os
oito anos de Lula nas suas comparações. Disso resultam afirmações que se chocam
com a verdade. Por exemplo, "ao final de três mandatos, todos os
indicadores do período são positivos e sempre muito melhores do que os vigentes
em 2002". Haja criatividade nos números para tamanha miopia!
Em relação ao seu calcanhar de
aquiles - a inflação -, não tendo o que apresentar, usa bravatas pouco
convincentes. "Entendemos o poder devastador da inflação (...) e por isso
jamais transigiríamos ou transigiremos com um elemento da política econômica
com esse potencial desorganizador da vida das pessoas e da economia". Se
de fato Dilma entendeu o poder devastador da inflação, seus anos de governo são
um exercício explícito de má-fé. O que ela de fato compreendeu foi o efeito
político da inflação, daí a manipulação de números e os preços e tarifas
administrados.
Há passagens que são a mais
deslavada mentira. "Os governos do PT assumiram a histórica tarefa de
investir na infraestrutura logística brasileira. (...) O Brasil dos governos do
PT e de seus aliados ficará marcado como o período da história recente com mais
entregas de grandes obras de infraestrutura." Será uma piada de mau gosto?
Se há um setor onde existe uma distância abissal entre o que o País necessita -
e o governo prometeu - e a administração petista entregou, este é o da
infraestrutura. É dessa forma que a Mãe do PAC vê os resultados pífios do seu
mandato?
No programa, renova-se a
"profissão de fé do PT" no seu modelo de desenvolvimento. Informa que
ele está assentado em dois pilares - a solidez econômica e a amplitude das
políticas sociais - e que ganhará no próximo governo um terceiro sustentáculo:
a competitividade produtiva. Infelizmente, não houve, como afirma o documento,
"defesa intransigente da solidez macroeconômica". É fato de domínio
público.
Sobre as políticas sociais, também é conhecido como o PT entende o seu
maior trunfo: repasse de verba, sem acompanhamento de resultados efetivos.
"Social", para o governo atual, é sinônimo de voto. Na sua lógica, se
deu voto, houve transformação social. E o terceiro pilar é algo de que o PT
pouco entende, como já se viu. No máximo, sabe dar incentivos pontuais, de
alcance duvidoso, sem uma política de governo séria e responsável, que garanta
a confiança no ambiente dos negócios.
Para aparecer bem na foto, o PT
não tem escrúpulos de editar a imagem real. No programa, afirma-se que "a
tarefa de combater a extrema pobreza (...) foi superada". Confundem o
título de programa social, "Brasil sem Miséria", com a realidade
vivida. Afronta a sensibilidade humana fazer campanha eleitoral ignorando a
realidade de tantos brasileiros e brasileiras que ainda vivem em condições
sub-humanas.
Não foi o PT quem inventou certa
"flexibilidade" nos programas de governo. Já existia antes dele. Mas
o atual governo pôs em outro patamar o nível de descaramento. Eleições merecem
respeito, porque o cidadão merece respeito. Há limites até mesmo para o que se
põe no papel, ainda que na ética petista tudo aquilo que o mantenha no poder
seja visto como legítimo. O Brasil merece outra ética, outra política.
10 comentários
Coronel,
Replyexcelente editorial do Estado de São Paulo. Pergunto: estou lendo certo ou a imprensa já começa a admitir que a presiDanta perde?
Pura verdade, será que conseguiremos eleger o Aécio para tirarmos essa súcia de canalhas do governo? Esses governo de comunistas não pode continuar!
ReplyO que move o PT é a mentira, sempre a mentira como método para alcançar o poder. O pior é que isso tem dado certo até agora, conseguiremos mudar nas próximas eleições de outubro? Por mim sairiam de lá na borracha, com o lombo quente. Corja de canalhas, não é atoa que ser petista virou sinônimo de vagabundo, ladrão e corrupto.
ReplyO que esperar de alguém que mentiu descaradamente no seu próprio curriculum vitae, atribuindo-se títulos acadêmicos que não possuía?
ReplyNada diferente de mentiras !
Não me surpreende, nem um pouco.
cel,
ReplySão quase 12 anos deste governo, cuja marca é a enganação, o faz de conta, feito nas coxas, tudo feito a toque de caixa, parece um bando de amadores, roubo atras de roubo, tudo superfaturado, ninguém aguenta mais, todo mundo de saco cheio, por isso, fora pt, fora dilma, nunca mais volte.
Coronel,
ReplyA "Família Dillma" esta bem representada na sua base de apoio!!
A "Família Scolari" mostrou a todo a população brasileira a podridão.
Valeu Felipão!! Valeu Davi Luiz!! valeu Neymar!! Valeu Julio Cesar!!
Falando em mentirosos: o choro do Neymar, na coletiva, NUNCA existiu!!
JulioK
Dilma é despudorada, descerebrada, desmiolada, despreparada, desavergonhada, desonesta, desatinada, desordeira, desorientada, enviando para Cuba o nosso dinheiro suado. Fora!!!!
ReplyQuando estes crápulas não mentiram?
ReplyPT é sinônimo de mentira.
Esperar o que dessa gentalha?
Reply>>
ReplyCom a fachada ai da foto e portanto uma AK47, a ex-assaltante de bancos deveria espalhar o terror entre suas vitimas, os funcionários das agências bancárias assaltadas pelos terroristas.
<<