Bê-a-bá da Educação: não adianta ter dinheiro, tem de ter gestão.

Nos primeiros seis meses deste ano, o MEC (Ministério da Educação) usou menos de um terço do orçamento aprovado para a pasta. Desse total, 2% foram usados em investimentos, ou seja, no que é incorporado ao patrimônio público. A Agência Brasil solicitou às Consultorias de Orçamento da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, que acompanham a execução orçamentária do governo, detalhes sobre o orçamento para o setor de janeiro a junho de 2013.
 
De acordo com os dados, até o dia 22 de junho, o governo federal liquidou R$ 27,7 bilhões dos R$ 89,1 bilhões autorizados para uso do MEC e financiamento estudantil, ou seja, 31% do que foi aprovado pelo Congresso Nacional no início do ano.
 
Do total liquidado, R$ 541,7 milhões (2%)  foram usados na construção de escolas e compra de materiais como computadores, mesas e cadeiras. Além do que cabe ao MEC, o valor inclui recursos destinados a outros órgãos que investem em crédito e financiamento estudantil. Se incluídos os restos a pagar,  ou seja, o que foi empenhado em anos anteriores, mas não foi pago pela pasta, o orçamento do ministério passa para R$ 105 bilhões. Dos R$ 15,9 bilhões de restos a pagar, R$ 9 bilhões são investimentos –R$ 2,8 bilhões já foram pagos.
 
Pela Constituição Federal, a União deve aplicar, por ano, 18% dos recursos arrecadados com impostos, incluindo as transferências constitucionais, em educação. Os Estados e municípios devem investir no setor, pelo menos, 25% da arrecadação tributária. No primeiro semestre, a União empenhou 26,47% da receita líquida de impostos com educação, segundo o Relatório Resumido de Execução Orçamentária do Tesouro Nacional. Isso equivale a R$ 31,6 bilhões que ainda não foram pagos, mas estão comprometidos com gastos em manutenção e desenvolvimento do ensino. O valor já pago soma R$ 18,4 bilhões, o que equivale a 15,5% da receita.
 
O MEC lembra que o orçamento foi aprovado com atraso este ano (em março) sendo publicado em abril. Em 2012, foi publicado no dia 21 de janeiro.  "O atraso na aprovação da LOA [Lei Orçamentária Anual] gera atrasos na execução das despesas de investimento", disse por meio da assessoria de imprensa.
 
Além disso, as eleições municipais e a renovação da maioria dos gestores fizeram com que o prazo da entrega de projetos ao governo federal fosse adiado em 2013. Os municípios tiveram até o final do primeiro semestre deste ano para solicitar transferências destinadas à infraestrutura para a educação básica. Dessa forma, as transferências para os municípios devem se intensificar após a aprovação dos projetos encaminhados.
 
Nesta semana, o setor recebeu a garantia de mais recursos: os royalties do petróleo. O primeiro repasse, de R$ 770 milhões, deverá ser feito ainda em 2013; chegando a um total de R$ 112,25 bilhões em dez anos. Antes disso, ainda em 2013, o ministério vai receber crédito suplementar em valor pouco acima do que os royalties destinarão ao setor. O MEC também não foi afetado pelo corte de R$ 10 bilhões no Orçamento Geral da União, anunciado pelo governo em julho. Alguns dias depois, recebeu crédito suplementar no valor de R$ 2,99 bilhões.
 
A Campanha Nacional pelo Direito à Educação, rede formada por 200 organizações, em todo o Brasil, questiona os gastos da União. Em nota, na qual comemora a sanção dos royalties, a entidade diz que "o ente que mais arrecada é aquele que menos contribui com a educação". Segundo a rede, a cada R$ 1 investido em educação, o governo federal contribui com R$ 0,20, contra R$ 0,41 dos 26 estados e do Distrito Federal e R$ 0,39 dos municípios. Os dados oficiais são do Instituto de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). (UOL)

7 comentários

É muito dinheiro, mal gasto. Muito gasto em cursos universitários com poucos alunos, sem mercado de trabalho. Gastos com pesquisas inúteis. Bolsas no exterior que só servem para alunos fazer turismo em Portugal. E a caixa preta do FIES? Toda pessoa que já teve sua inscrição no FIES travada pelo famigerado erro 302 (limite financeiro da instituição ultrapassado) sabe que o FIES é uma roleta. Ou depende de QI? O governo dos petralhas prefere dar empregos para curandeiros cubanos ao invés de investir na formação de bons médicos no Brasil. Apenas as famílias que pagam uma fortuna em um bom curso de Medicina tem condições de avaliar a revolta. O restante da população se deleita em vilanizar a classe médica, sem imaginar que os próximos serão os engenheiros, os professores....
A regra é: vamos dar empregos aos cubanos!

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Caro Coturneiro de 14 de setembro de 2013 15:38

"A regra é: vamos dar empregos aos cubanos!"

Iria além!
A regra é financiar Fidel e sua ditadura sórdida, que elles tanto amam e tanto querem copiar...

Flor Lilás

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Piada do dia!

CRISTINA KIRCHNER DIZ QUE OS ARGENTINOS VIVEM MELHOR AGORA DO QUE HÁ DEZ ANOS

Em sua primeira entrevista depois de quatro anos, Cristina Kirchner disse que sua grande arma política são seus "FEITOS" e que os argentinos vivem melhor agora do que há dez anos.
(...)
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013/09/1342217-cristina-kirchner-diz-que-os-argentinos-vivem-melhor-agora-do-que-ha-dez-anos.shtml

Este discursinho mequetrefe não faz vocês lembrarem de alguém??? Não sei quem copia quem, mas é sempre a mesma coisa - feitos, avanços, investimentos no social, e dá-lhe o mesmo blá,blá,blá.

Chris/SP

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Anonimo - 15:38

Com petralhas no comando da educação, não irá melhorar NUNCA!

É exatamente o que eles querem, porque um povo educado não elege PT nem para síndico de prédio!

Chris/SP

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Como é que pode haver gestão no mec com um ministro que só se preocupa com o bigodão, e além disso o homem que se tornou falso doutor pela Unicamp sem ter defendido nada, somente o ladrão 9 Dedos. É de dar pena da estudantada.

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Coronel,
não é a toa que o chamamos de merdadante.

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Fosse o Brasil um país sério, esse verme asqueroso e totalmente despreparado jamais seria ministro da EDUCAÇÃO.

VERGONHA!!!

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