Merval demole números petistas (2).

O texto abaixo, de Merval Pereira, colunista de O Globo, completa outro artigo publicado ontem, aqui no Blog. Clique aqui para ler.

Estas tendências, entre outras, segundo ele, são desindustrialização; reprimarização das exportações; maior dependência tecnológica; desnacionalização; perda de competitividade internacional; crescente vulnerabilidade externa estrutural; maior concentração de capital e política econômica marcada pela dominação financeira.

Até mesmo no campo social o professor da UFRJ vê ilusão onde o governo vende “conquistas notáveis”. Para ele, as políticas distributivas não atingem a estrutura de concentração de riqueza e não alteram a distribuição funcional da renda (salários versus juros, lucros e aluguéis). No que se refere ao desenvolvimento social, tomando o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) como referência, Gonçalves constata “a total ausência de ganhos do país relativamente ao resto do mundo”.

O Brasil Negativado também aparece em outro importante indicador de desempenho econômico, a inflação. Durante os governos petistas a taxa média de inflação é 6,1% (preços ao consumidor). Segundo o estudo, a taxa de inflação no Brasil é maior do que média mundial em 6 anos e maior do que a mediana mundial em 9 anos.

A melhora na distribuição de renda, na visão de Gonçalves, não é vigorosa ou sustentável em decorrência da própria natureza do modelo de desenvolvimento, que envolve trajetória de desempenho fraco e instável. Ele alega que os indicadores capturam fundamentalmente os rendimentos do trabalho e os benefícios da política social, e a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (PNAD), que serve de base para o cálculo dos indicadores de desigualdade, subestima os rendimentos do capital (juros, lucros e aluguéis).

Segundo o estudo, a distribuição da riqueza, muito provavelmente, não se alterou tendo em vista a vigência de elevadas taxas de juros reais no governo Lula, o reduzido crescimento do salário médio real, a concentração de capital e a ausência de medidas que inibam práticas comerciais restritivas (abuso do poder econômico) das grandes empresas.

Também como exemplo de concentração de capital e de riqueza, Gonçalves ressalta que no início do século XXI o valor dos ativos totais dos 50 maiores bancos era igual aos ativos totais das 500 maiores empresas; em 2011 os ativos dos 50 maiores bancos eram 78% mais elevados do que os ativos das 500 maiores empresas.

A base de dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com coeficientes de Gini (que mede a desigualdade) num painel de 110 países mostra que, apesar de haver queda da desigualdade na América Latina na primeira década do século XXI, os países da região continuam com os mais elevados indicadores de desigualdade de renda no mundo.

Em meados desta década, lembra Reinaldo Gonçalves, 4 entre os 5 países com maior desigualdade estão na região (Colômbia, Bolívia, Honduras e Brasil). No conjunto dos 10 países mais desiguais, há 8 países latino-americanos. Segundo o levantamento, o Brasil experimentou melhora marginal na sua posição no ranking mundial dos países com maior grau de desigualdade entre meados da última década do século XX e meados da primeira década do século XXI, saiu da 4ª posição no ranking mundial dos mais desiguais para a 5ª posição.

Gonçalves ressalta que os avanços que ocorrem no Brasil não implicam ganhos em relação ao resto do mundo durante os governos petistas. Ele toma como exemplo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do PNUD. Embora ao longo do período 2000-11 o IDH do Brasil tenha aumentado de 0,665 em 2000 para 0,718 em 2011, este mesmo fenômeno ocorreu com a maioria dos países. Em consequência, destaca Gonçalves, não há mudanças nas diferenças entre o IDH do Brasil, que se manteve praticamente estável (70ª posição) durante os governos petistas, e a média dos IDHs dos outros países. ( O Globo)

6 comentários


POr falar em "latinoamérica", deem uma olhada na intromissão que o do megafone faz no modo de vida da Yoani Sánchez. Aquilo é puro dedo em riste, como se ele vivesse na ilha e comesse por lá o pão que o diabo amassa todos os dias. Dos que não compactuam formalmente daquela ditadura, claro.

Lilyane

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Todas as pessoas inteligentes entendem isso, mas, o que fazer com os 75 % de analfabetos funcionais ?
Enquanto houver emprego de 700 pilas e crédito fácil, fica difícil mudar algo !

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Só poderia deterior assim mesmo esse País. Dez anos de Brasil nas mãos de Lula, um analfabeto, ignorante, inexperiente em matéria de govenabilidade, cercado por um bando de aproveitadores, que se valem da sua ignorância, um bando de sindicalistas, terroristas, e militância ignorante e fanática, todos com a única intenção de levar vantagens, junto com o chefe, peitando as Leis, a Constituição e os que não aplaudirem suas idéias retrógradas e mentirosas de governar e acabar com a miséria.

Prova da mentira é que os miseraveis, que não foram extintos pela incompetência do Lula/Dima/PT, vão sendo pendurados aos bandos no bolsa votos.

A cantilena deles de acabar com a pobresa é um puta contrasenso, conversa para preencher discurso. Acabar com a miséria seria acabar com os ignorantes que votam neles, isso elles sabem que não podem fazer,e nunca farão! Se continuassem no governo estariam falando daqui a 50 anos a mesma ladainha: vamos acabar com a miséria, e o Brasil seria 50 anos pior e mais miseravel, como Cuba onde o povo morre a míngua quando não são fuzilados como dissidentes desde 1959 pelos irmãos Castros.

FORA LULA/DILMA/PT e o resto dos fdp que defende essa quadrilha.

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Por conta do papel de Judas na última ceia, nossa cultura sempre desconfiou do número 13 (para os japoneses, fatídico é o 4). Nos aviões da Lufthansa não há as poltronas de nº 13. Em vários prédios americanos vai-se direto do 12º ao 14º andar. Como poderia não se f* um país entregue a uma corja de meliantes, ainda por cima com a marca da traição?

Mas lembremo-nos do dito: não há bem que sempre dure nem mal que nunca se acabe. O Reich de mil anos só durou 12, e até a União Soviética que parecia inexpugnável foi a pique. O nazi-comunismo trópico-carnavalesco também chegará ao fim, e muito antes de nossos netos estarem em idade de votar.

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Coronel,

Resumindo:

-Perdemos a maior "janela" de prosperidade mundial dos últimos 50 anos!!

- Apesar de avarçarmos, não ultrapassamos ninguém!!!

JulioK

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Sr Coronel

As esquerdas canalhas,assassinas e corruptas, antigamente usava o jogral para fazer propaganda e lembro-me de um refrão muito simpático
SUB-DESENVOLVIDO,SUB-DESENVOLVIDO,SUB-DESENVOLVIDO,SUB-DESENVOLVIDO,queria dizer que tudo de errado na época era culpa do sistema,que exportava produtos primários e a pauta era comandada pelo café,isso condenava o país a ser SUB-DESENVOLVIDO SUB-DESENVOLVIDO SUB-DESENVOLVIDO,lenbra chico jabuti do teatro tuca?O sr não fica com vergonha de ser obrigado pelo seu lobo alfa de chamar sarney de exelência
Hoje com a esquerda canalha assassina corrupta,estamos vendo a volta do:
SUB-DESENVOLVIDO SUB-DESENVOLVIDO SUB-DESENVOLVIDO
Estamos em decadência ampla geral e irrestrita

Saudações

Ps VIVA ORLANDO ZAPATA TAMAYO

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