Amargando uma queda de 2,7% na produção em 2012, mesmo depois de receber bilhões em subsídios, a "indústria" se reúne em Brasilia, terça e quarta-feira, para definir as 130 propostas que vão integrar a Agenda Legislativa da
Indústria, que será lançada em abril. Virão 200 grandes empresários brasileiros chorar as pitangas em busca de mais apoio do governo, já que não conseguem competir em tecnologia e inovação. Depois do editorial de ontem, do Estadão, hoje é a Folha quem afirma:
A indústria produziu menos em 2012 do que em 2011. A
recessão foi expressiva na produção de máquinas e equipamentos e de
eletrônicos, mas também padeceram as fábricas de matérias-primas, de têxteis e
de automóveis e autopeças.
Atribui-se a letargia industrial à reticência do
empresariado em investir. Excesso de capacidade ociosa e de estoques, temor da
concorrência estrangeira, lucros reduzidos pelos altos custos e desconfiança
com a gestão econômica de Dilma Rousseff estão entre os motivos mais apontados
para explicar a retranca das empresas.
Os primeiros sinais de 2013 são ainda de algum desânimo do
empresário. A persistência da cautela reforça dúvidas sobre o futuro industrial
do Brasil. Caso os problemas das fábricas fossem de natureza mais conjuntural,
seria razoável esperar mais confiança dos executivos da indústria. Não é esse o
caso, mesmo após a batelada de incentivos oferecidos pelo governo.
Foram reduzidos os impostos trabalhistas. A queda da taxa de
juros também reduziu os custos.
Estava prevista, e se confirmou, a redução do preço da
energia elétrica. O câmbio mais desvalorizado favoreceu a maior parte do setor.
Mesmo o tumulto econômico no exterior arrefeceu, embora parceiros importantes
do Brasil, como a Europa e a Argentina, ainda enfrentem sérios problemas.
Dado tal contraste, entre custos menores e contexto mais
favorável, de um lado, e lerdeza da indústria, de outro, é natural perguntar
sobre a eficiência e a competitividade de alguns setores.
Note-se que o setor automobilístico conta com a benesse de
impostos de importação altíssimos, entre outras. Ainda assim, perde espaço para
importados.
Cabe indagar se, na atual configuração, o setor têxtil terá
como sobreviver à competição dos vizinhos da China, para onde se dirige tal
indústria, à procura de custos ainda menores.
Torna-se ainda mais inevitável a questão sobre a viabilidade
dos setores de eletrônica e de máquinas, caso tais manufaturas não se dediquem
intensivamente à pesquisa e ao desenvolvimento, o que raramente é o caso no
Brasil.
Sim, cabe perguntar pelo futuro da competitividade
brasileira, dado que o governo arrecada demais e investe quase nada em
infraestrutura e que a gestão econômica é confusa e atrabiliária. Mas o setor
privado precisa também fazer um exame de consciência.
7 comentários
Sr Coronel:
ReplyNenhum país civilizado aguenta a despesa de um senador e seus cargos de confiança,como no Brasil
Nenhum país civilizado aguenta o roubo e a depredação em estatais,PETROBRAS
É muito difícil um país quebrar por burrice e corrupção,mas os petralhas estão conseguindo.
Saudações
Cel.
ReplyNos meados dos anos sessenta, existiu um estudo, acho que da Fundação Ford, de transformar os então países como o Brasil em meros fornecedores de matéria prima...
Está acontecendo...
Coronel,
ReplyO Agronegócio só passou a ser a potencia que é hoje quando PERDEU a tutela do Governo.
A Industria Nacional é TUTELADA pelo Planalto. Vai MORRER!!!!!
Vide Argentina!!!
JulioK
130 propostas? Ora Coronel, então não vai acontecer nada. 130 propostas?!?! Estamos lascados e perdidos, com o incompetente Mantega comandando o bacanal.
ReplyCoronel,
Replyna economia não se faz mágica. Na contabilidade pode usar a marreta como o Mántega usou em 2012 tentando mostrar que o estrago da condução desse governo corrupto e incompetente foi menor. O custo Brasil está cada dia maior e, com a economia em franca desaceleração, teremos menos impostos, menos investimentos, menos empregos e a volta do Dragão. Não, não é o Dragão da presidente que já está lá, é o Dragão da inflação. Este é o legado do velhaco e sua quadrilha.
Antes mesmo do velhaco 9dedos colocar na vitrine esse poste, que hoje pensa comandar Banânia, o bebum de rosemery criou uma bolha financeira através do credito fácil e das desonerações, que foram ampliadas neste desgoverno pelo mantega e sua trupe Agora os economistas, sempre eles, dão como certo o que já deveriam saber de antemão; O estrago que essa política econômica mequetrefe que protagoniza “achismo” como meta para conduzir banânia ao crescimento econômico não esta funcionando, pois cada tiro disparado o projétil sai pela culatra.
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ReplyO empresário brasileiro encontrou o "caminho das pedras", estão trazendo produtos da China e colocando somente a sua marca.
Comprei à poucos dias uma parafusadeira da Maquita e uma esmerilhadeira da Dewalt, ambas fabricadas na China e com embalagem brasileira.
Estamos fú, vamos produzir empregos na China, Madame Satã deve estar eufórica.