Comentário: Márcio Thomaz Bastos foi ministro da Justiça de 2003 a 2007, tendo agido pelo governo para tentar abafar o Mensalão. Hoje advoga para o Banco Rural, um dos fornecedores do dinheiro do esquema de corrupção. Sem dúvida, este conhece todos os meandros do Mensalão.
Márcio Thomaz Bastos, advogado do então diretor do Banco Rural José
Roberto Salgado, comparou a denúncia do mensalão a um ato terrorista. "É
um julgamento de bala de prata e, como se trata de destinos de pessoas,
é preciso um duplo cuidado." Ele se referia à decisão da semana passada do Supremo Tribunal Federal,
que negou um pedido seu para enviar parte do processo do mensalão para a
primeira instância.
Os ministros ouviram ontem as defesas do "núcleo financeiro", formado
por integrantes do Banco Rural, acusados de crimes como formação de
quadrilha, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta.Segundo a denúncia, eles negociaram empréstimos fraudulentos para
financiar o esquema em troca de vantagens na liquidação do Banco
Mercantil de Pernambuco. Bastos, ministro da Justiça quando o mensalão foi descoberto em 2005,
afirmou que a intenção da denúncia era "dizer terroristicamente" que o
banco emprestava para ter benefícios no futuro, o que, disse, não se
comprovou.
Segundo Bastos, a acusação cometeu enormes incongruências ao usar um
mesmo fato para fazer três acusações distintas -"a teoria da
relatividade foi muitas vezes afrontada e agredida dentro deste
processo"- e não viu que Salgado era só um funcionário de terceiro
escalão. A defesa de Vinicius Samarane, vice-presidente do Banco Rural, atacou a
Procuradoria. "Faço o desafio: não há um saque que não foi comunicado ao
Banco Central", disse o advogado Maurício de Oliveira Campos Jr. Embora
o banco tenha informado os saques à fiscalização, só revelou que os
beneficiários eram políticos quando o escândalo veio à tona.
Último a falar pelo "núcleo financeiro", Antônio Cláudio Mariz, advogado
da ex-diretora Ayanna Tenório, disse que eram frágeis as acusações
contra ela, que só foi denunciada por ser diretora. Uma tese repetida entre os reús foi a de que o ex-vice presidente do
banco José Augusto Dumont, já morto, foi o responsável pelos empréstimos
investigados no mensalão.Os advogados do ex-ministro Luiz Gushiken criticaram a Procuradoria por
ter omitido dos autos um laudo de 2006 que atestaria sua inocência,
"omitido inclusive na denúncia apresentada em agosto [de 2007]". O advogado José Roberto Leal disse que Gurgel não foi magnânimo ao pedir
a absolvição de Gushiken por falta de provas, "mas mesquinho" por não
reconhecer a sua inocência.(Folha de São Paulo)
7 comentários
So quero saber quando sera ouvido o "Nucleo Presidencial"?
ReplyAi sim tudo sera esclarecido!
Será que os postos chaves do banco rural esta vago ainda?
ReplyBorras ninguém tem responsabilidade por nada, este banco ainda não falui?
Estou a procura de um cargo de ASPONE (assessor de porra nenhuma), neste banco provavelmente esse é cargo.
Esses bandidos togados dão nojo. Fica na mão de calhordas integrantes da SOC a defesa do País. Como esses 'pé na lama' continuam ministro de uma suprema corte. Já deviam ter sido EXONERADOS.
ReplyMinistro ocupar cargo por indicação significa ser cargo de confiança de quem indica.
ReplyUma pessoa de confiança do Lula, o maior %$#@*&¨% da história desse País, jamais poderia estar votando no julgamento do mensalão, onde é claro vão defender os interesse do Lula/PT, que os indicou.
Esses indicados já deveriam ter sido tirados do cargo, porque são parceiros dos réus, não serão imparciais e votarão, com certeza, na absolvição dos criminosos.
Que pouca vergonha virou esse Brasil. Que vergonha ter ministro como esses que temos no STF. Um Suprema Corte desacretidada e rizível! O mundo deve estar perplexo.
Obs. Onde está escrito esta vago leia-se estão vagos.
ReplyBom dia Coronel,
ReplyEm minha opinião Thomas Bastos gosta mesmo é de IBOP. Devemos dar um desconto ao decano, pois, ao que parece está mesmo é com ódio de não ter sido, apesar de se achar "O Cara" do direito penal brasileiro, nunca foi convidado para se sentar o outro lado da mesa. E repare que ela é grande, cabe muita gente. Que pena. Vai morrer sem ter este prazer.
SE DO CACHOEIRA ELE MAMOU 15 MILHÕES, QUANTO SERÁ QUE ELE MAMOU DO BANCO RURAL???
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