Se for condenado por todos os crimes descritos na denúncia do
mensalão, conforme indica a maioria de quatro votos a dois formada até
agora no Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado João Paulo Cunha
(PT-SP) pode pegar pena de prisão. Ele é acusado de corrupção passiva,
dois crimes de peculato e lavagem de dinheiro, condutas que, somadas,
geram uma pena mínima de 9 anos de prisão e máxima de 46. O STF caminha
esta tarde, ao que tudo sugere, para a condenação do parlamentar -
único réu a disputar as eleições de outubro, como candidato a prefeito
em Osasco. Mas uma eventual pena só será conhecida ao fim do
julgamento.
A situação de outros réus políticos do mensalão também não está
confortável, inclusive a de José Dirceu, ex-ministro chefe da Casa
Civil. Ao votar na segunda-feira, os ministros Rosa Weber e Luiz Fux
apresentaram premissas que abrem brecha para condená-lo com base em
testemunhos e no contexto da acusação. O principal argumento da defesa
de Dirceu é que não há nada no processo contra o ex-ministro além de
provas testemunhais.
Mas Rosa começou seu voto defendendo a importância das testemunhas
nos "delitos de poder", nos quais se justificaria uma "elasticidade das
provas da acusação". Ela fez um paralelo com o crime de estupro, "cuja
consumação sempre se dá longe dos olhos do sistema de vigilância".
Nesses casos, disse a ministra, algumas garantias são quebradas para
punir com base no depoimento da vítima. "Com delitos de poder, não pode
ser diferente. Quanto maior o poder ostentado, maior a facilidade de
esconder o ilícito", declarou.
Fux seguiu linha semelhante, dizendo que os fatos devem ser
analisados segundo o "contexto" e que cabe à defesa "a produção da
prova do álibi". Após a sessão de segunda, advogados deixaram o Supremo
bastante pessimistas. "Os votos surpreenderam nos precedentes
divergentes da orientação consagrada na doutrina do direito penal e da
jurisprudência do Supremo", disse o advogado de Marcos Valério, Marcelo
Leonardo.
Algumas das premissas de Rosa e Fux poderão, no entanto, ser
contestadas esta tarde, com os votos de quatro ministros considerados
"garantistas", ou seja, protetores das garantias da defesa: Cezar
Peluso, Gilmar Mendes, Marco Aurélio e Celso de Mello. Um dos pontos
que pode ser contestado é o fato de o réu ter que apresentar provas de
que não é culpado. Em direito penal, isso significaria uma inversão do
ônus da prova, que sempre é feita pela acusação. O fato de esses
ministros seguirem uma linha garantista não significa, porém, que
votarão pela absolvição. O último a votar será o presidente da Corte,
Carlos Ayres Britto.
O veredito mais aguardado para hoje é o de João Paulo. Além do
placar atual com quatro votos contrários, comentários feitos por Britto
e Mendes durante o julgamento contribuem para a expectativa de
condenação. Se a tendência se confirmar, estará formada a maioria de
seis votos necessária para condenar. O primeiro comentário foi feito por Britto durante o voto de Ricardo
Lewandowski, revisor do mensalão. Lewandowski defendia a absolvição de
João Paulo lembrando que em 2007, ao analisar a denúncia, três
ministros rejeitaram a acusação de lavagem de dinheiro contra o
deputado: Mendes, o próprio Britto e Eros Grau, já aposentado.
No que Britto tomou a palavra: "O juízo do recebimento da denúncia é
diferente do atual. São sedes de análise diferentes", ressalvou. De
forma semelhante, Gilmar Mendes comentou que, à época do recebimento da
denúncia, parecia que João Paulo mandava um parente próximo (sua
mulher) para receber uma ordem de pagamento (os R$ 50 mil de Marcos
Valério). "Mas, hoje, viu-se que foi uma forma de esconder", antecipou.
João Paulo é acusado de receber R$ 50 mil de Marcos Valério para
favorecer sua agência em contratos com a Câmara.
Na primeira etapa de julgamento do mensalão, que analisa o desvio de
recursos públicos na Câmara e no Banco do Brasil, já se formou maioria
pela condenação do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil,
Henrique Pizzolato, e dos publicitários Marcos Valério, Ramon
Hollerbach e Cristiano Paz. No cenário atual, todos devem pegar pena de
prisão.Pela lei brasileira, penas de mais de oito anos de prisão são
cumpridas obrigatoriamente em regime fechado. Penas menores podem ser
prestadas em regime semiaberto ou substituídas por serviços
comunitários. Antes de estabelecer uma pena, porém, os ministros terão
que discutir se aplicarão o mínimo previsto em lei ou algum tipo de
agravante. Isso só será feito ao fim do julgamento.
Também será preciso considerar a possibilidade de prescrição. Para
os crimes de quadrilha, corrupção, peculato e evasão de divisas, a pena
mínima já prescreveu. A repercussão do caso e a repetição dos crimes
por vários réus, no entanto, podem pesar como agravantes, levando os
ministros a aumentar o mínimo da pena. (Valor Econômico)
13 comentários
Coronel, esta notícia você precisa publicar:
Reply29/08/2012 - às 5:57
KÁTIA ABREU RECEBE TÍTULO DE DOUTORA HONORIS CAUSA DA ACADEMIA BRASILEIRA DE FILOSOFIA !
Post escrito por Reinaldo Azevedo, sobre um Seminário em Tocantins, que ocorreu no início desta semana, do qual ele também participou.
Título mais do que merecido.
Parabéns Katia Abreu!
Chris/SP
Borracha Coronel, borracha no lombo da canalha! Mas a justiça ainda será parcial, o grande safado ficou de fora. Vai ser apanhado mais adiante! E o senhor Coronel, contribuiu para a justiça fluir certeira e imparcial. Parabéns!
ReplySe provar inocência fosse dispensável não existiria o álibi.
ReplySe o cara está lá, fez parte do contexto e existem depoimentos que confirmam a participação, querer desqualificar os relatos é pura expertesa.
Se a palavra de quem depõe afirmando não merece crédito, muito menos a do suspeito negando.
Tadinho do JP Cunha Coronel. Ele é bem pobrinho, e nem curso superior tem. Muita dó dele...
Replyhttp://www.facebook.com/photo.php?fbid=493310190680443&set=a.230192880325510.71751.100000043987133&type=1
Coronel,
ReplySaiu na Época que o MPF esta processando o BMG pelo mesmo caso do Mensalão BB/Visanet.
Agora podem chamar o Lulla para dar explicação!!!
A chapa do barbudo esta esquentando!!!
JulioK
Elles estão vendo o circo pegar fogo. Será que vão conseguir pegar algum, com certeza estão com os passaportes prontos para escaparem do xilindró indo para Cuba ou Venezuela!
Reply
ReplyCORONEL,
SERIA UM BELO TAPA NA CARA DO CAFAGESTOWSKI E DO DIAS COCÔLLI
Hi!Hi!Hi!Hi!Hi!Hi!
ReplyO ex-presidente molusco 51 está abatido com o resultado parcial do julgamento do mensalão, de acordo com reportagem da Folha de SP.
A água já está batendo na bunda.... crime de peculato foi o que ele mais cometeu nos seus 10 anos de desgoverno, locupletado e enfiando a mão na grana pública!
ReplyDizem que o pinguço 9 dedos já não está mais conseguindo dormir à noite. Ele entrou no planalto com duas malinhas e saiu com 11 caminhões.
Segundo o Código Penal:
Peculato
Art. 312 - O funcionário público apropriar-se de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Nos 2 mandatos do sem vergonha na presidência foi o que ele mais fez!
UM DOS JUÍZES MAIS CORRUPTOS DO JUDICIÁRIO BRASILEIRO...
ReplyENTENDA O QUE "ROLA" NOS BASTIDORES DO JULGAMENTO DO MENSALÃO ...
UM DOS JUIZES MAIS CORRUPTOS DO JUDICIÁRIO BRASILEIRO.
Esse idiota veio de São Bernardo do Campo. O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, é o juíz mais pilantra e corrupto do judiciário brasileiro. Mandou interromper uma investigação onde Juízes são acusados de receber R$700.000,00 de auxílio moradia. ( Ah! Quase esquecia, ele também recebeu...). Atualmente está tentando adiar o processo do mensalão, até que os crimes prescrevam. Ajude a combater a corrupção no Brasil, divulgue! Um fato anterior relevante : o filho do Lula comprou uma casa da mãe desse então Desembargador; e logo em seguida ele foi indicado para o STF, pelo então Presidente Lula. Vejam só que coincidência... Leiam abaixo: Em 2003, aos 29 anos, Sandro Lula da Silva vendeu 50% da empresa que tinha fundado 5 meses antes, com R$ 100 mil e por R$ 5 milhões e adquiriu uma mansão localizada no "Swiss Park", ao lado da fábrica da Volkswagen do Brasil, em São Bernardo do Campo. De uma antiga chácara sobrou no centro do condomínio um imenso castelo estilo europeu onde ainda mora a matriarca, Dona Karolina Zofia Lewandowski, conhecida como Dona Carla, amiga de dona Marisa e de Lula e mãe do novo Ministro do STF, Enrique Ricardo Lewandowski. A mansão de Lulinha é a de número 737. O fato pode ser confirmado pela Ativo Imoveis, (14) 3531-6969.
Coroné, um bande indios vagabundos estão trancando a rodvia que liga Cuiaba a C.Grande e Goiania,e ninguem faz nada para amenizar o sofrimento dos caminhoneiros e a população, já falta combustivél e começa aracionar alguns alimentos,se eu fosse caminhoneiro metia o caminhão em cima desses sem vergonhas e pronto, eta povo mole esses Brasileiros, cadê o Exercito é a Justiça para mandar prender e descer o cambito nesses malandros, que vão para suas grandes fazendas oras eles não querem tanta terra, trabalharem, que vão protestar e fechar o congresso e a sede do desgoverno do pt, grande abraço.
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ReplyPÓS-MENSALÃO
http://www.alertatotal.net/2012/08/petralhas-temem-condenacao-de-politicos.html
Cadeia nelle! Só espero que os ministros que precisam de provas depois não queiram inocentar o chefe da sofisticada organização criminosa.
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