Na retomada da votação da medida provisória do Código Florestal, hoje,
na comissão especial no Congresso Nacional, governo e ruralistas vão se
basear em estudos técnicos para justificar as suas posições
antagônicas. Os cálculos divulgados pelo deputado Valdir Colatto (PMDB-SC) apontam
um custo ao longo do tempo de R$ 1 trilhão para a implantação do Código
Florestal nos termos da proposta enviada pelo governo ao Congresso. O trabalho, segundo o deputado, integrante da bancada ruralista, leva
em conta os impactos econômicos, sociais e tributários na implantação
do Código Florestal.
Esse estudo foi elaborado pelo procurador da Fazenda Nacional Luiz
Moraes, que assessorou a elaboração do Código Florestal na Câmara dos
Deputados, e pelo economista especializado em gestão do agronegócio
André Meloni Nassar. Por outro lado, a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da
Presidência da República tem em mãos um estudo, publicado ontem pelo Estado,
concluindo que o texto final do Código Florestal reduziu em cerca de 12
milhões de hectares as áreas desmatadas ilegalmente que precisam ser
recuperadas.
Depois de compensação de áreas com existência de mata dentro dos
mesmos Estados e biomas, o tamanho da área a ser recuperada cai para
cerca de 18 milhões de hectares. A queda do passivo ambiental brasileiro
é um argumento do governo para contestar os ruralistas, que afirmam que
essa exigência da lei vai inviabilizar a agricultura em todo o País.
Os ruralistas usam os dados do custo na tentativa
de combater o texto do governo. Segundo o estudo divulgado por Colatto,
serão retirados 53 milhões de hectares utilizados, atualmente, na
agricultura e na pecuária para as Áreas de Preservação Permanente (APP) e
de Reserva Legal. Haverá também, de acordo com esse argumento, uma redução de 3,4% no
Produto Interno Bruto (PIB) e de 8,61% na arrecadação e questões
tributárias. "Essa recomposição custará R$ 215 bilhões, a perda de arrecadação
chegará a R$ 801 bilhões e o custo da implantação do Código Florestal
dentro da porteira, ou seja, na propriedade rural, será de mais de R$ 1
trilhão", afirmou o deputado da bancada ruralista.
O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), também integrante da bancada da
agropecuária, insiste na derrubada do texto do governo pelos
parlamentares e na retomada do projeto aprovado pelo Congresso e vetado
parcialmente pela presidente Dilma Rousseff com o envio da medida
provisória em análise pelos parlamentares. Assim como Colatto, o deputado Caiado afirmou que o governo não
apresentou dados sobre o impacto que o Código Florestal provocará na
diminuição da área plantada, no custo para os produtores, na diminuição
da arrecadação nem no aumento do custo dos alimentos que compõem a cesta
básica.
"Essa brincadeira vai doer no bolso do cidadão. A recuperação da área
tem custo alto e ninguém tem como arcar com essa despesa", afirmou
Caiado. Para o parlamentar, o governo tem de identificar recursos no
Orçamento para bancar a recuperação das áreas previstas no projeto. Ainda segundo dados apresentados por Caiado, o cercamento das APPs e
das reservas legais custará entre R$ 6 mil a R$ 7 mil por quilômetro e a
recuperação, de R$ 7 mil a R$ 8 mil cada hectare. "A proposta do
governo não tem razoabilidade nem possibilidade de ser aplicada", reagiu
Caiado.(Estadão)
4 comentários
Coronel,
ReplyEsses ecologistas do asfalto são insanos!!
JulioK
ReplyCORONEL, O MENSALÃO NUNCA EXISTIU, É PIADA DE SALÃO,
PURA FICÇÃO !!!!
MAS JÁ TEM 4 CONDENADOS, UAUAUAUAUAUAU.
CHUUUUUUUUUUUUPA MULLÃO, IGNÓBIL !!!!!
Coronel,
ReplyPasse lá no Blog do Reinaldo Azevedo. PT usou falso doente no programa eleitoral. Prefeitura foi atrás e descobriu tudo. O rapaz está sendo atendido pelo CEMA, um hospital de referência em SP.
Espero que o PSDB desminta no horário eleitoral, pq nem todo mundo lê o blog do Reinaldo
EU PREVEJO QUE NÃO HAVERÁ NENHUMA progressão nas negociações, a Dilma vetará até suas próprias medidas provisórias, o congresso não quer EM DIA DE PATÍBULO DE MENSALEIROS votar nada, a MP vai vencer e ser reeditada pois o prazo está a vencer.
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