Alexandre Pereira da Silva, filho do candidato do PDT à Prefeitura de
São Paulo, o deputado Paulo Pereira da Silva, conhecido como Paulinho
da Força Sindical, comanda um escritório paralelo na Secretaria de
Estado de Emprego e Relações do Trabalho, controlada por pedetistas,
onde recebe prefeitos, decide sobre aplicação de recursos e toma
decisões institucionais sem que tenha sido nomeado oficialmente para
exercer a função.
Chefe informal da Coordenadoria de Operações desde março, quando o
sindicalista Carlos Ortiz assumiu a secretaria por indicação de
Paulinho, Alexandre, de 32 anos, é responsável por uma rede de 243
Postos de Atendimento ao Trabalhador, os PATs. Criados em parcerias com
as prefeituras, esses postos são importantes vitrines eleitorais no
interior. Oferecem serviços como habilitação ao seguro-desemprego,
emissão de carteira de trabalho e qualificação profissional. Os PATs
movimentaram cerca de R$ 10 milhões em 2011.
No papel, quem aparece como coordenador de Operações da pasta é
Marcos Akamine Wolff, um funcionário de carreira sem ligações com o PDT.
Questionado sobre a atuação de Alexandre, Marcos disse que "ele é um
assessor do secretário" e que "presta assessoria à sua coordenadoria". A secretaria negou na terça-feira que Alexandre exerça o cargo na
prática. Disse que ele é contratado da Fundação para o Desenvolvimento
das Artes e da Comunicação (Fundac), com quem a pasta tem acordo para
"prestar serviços de assistência técnica à coordenação de políticas de
emprego e renda".
Estrutura de chefe. O filho de Paulinho da Força, no
entanto, tem um gabinete no segundo andar da secretaria, em prédio no
centro da capital, e até secretária. O Estado ligou para a pasta e pediu
para falar com o coordenador de Operações. A secretária afirmou que era
Alexandre quem respondia pelo cargo.A página da secretaria chegou a divulgar notícia em que Alexandre
recebia, como o coordenador de Operações, um prefeito do interior a fim
de "discutir ações realizadas no município".
No dia 27 de junho deste ano, às 16h07, a secretária de Alexandre,
funcionária do governo, mandou um e-mail para colegas de trabalho no
qual dizia: "Prezados Senhores, em nome do coordenador de Operações, sr.
Alexandre, solicito que encaminhem até o dia 4 de julho de 2012
relatórios atualizados sobre o andamento dos seus PATs".
O PDT passou a controlar a Secretaria de Emprego após acordo
costurado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) no qual Paulinho se
comprometeu a apoiar sua reeleição em 2014. A nomeação faz parte da
estratégia do PSDB de se aproximar do movimento sindical, historicamente
ligado aos petistas. Alexandre, integrante do diretório estadual do
PDT, que é presidido por seu pai, não é o único integrante do partido
que passou a ocupar postos na hierarquia da pasta após a indicação de
Ortiz. O chefe de gabinete da secretaria, o advogado Cristiano Vilela de
Pinho, é secretário de Assuntos Jurídicos da legenda. Luciano Martins Lourenço, ex-assessor de Paulinho e também integrante
dos quadros pedetistas no Estado, foi nomeado coordenador de Políticas
de Inserção no Mercado de Trabalho.
Na ponta. Ortiz também nomeou integrantes do PDT
para os Centros Regionais da secretaria, espalhados pelo interior.
Levantamento feito pelo Estado mostra que, de 21 deles, em pelo menos 8
há relação com o PDT. É o caso de São José do Rio Preto, onde foi
nomeado diretor Fabio Amaro da Silva, integrante do diretório municipal
do PDT. Walkyria Andrades, mulher do presidente do PDT de Itapetininga,
foi indicada para o centro de Sorocaba; Marcio Bento Villalva,
secretário de Finanças do PDT paulistano, agora é diretor em Ribeirão
Preto, e Paulo Alexandre Lopes, diretor do centro de Presidente
Prudente, é líder do PDT no município.(Do Estadão)
4 comentários
Pô, Coronel: Será que é só o PT que pode fazer 'certas' coligações o0ferecendo Ministérios e outros cargos no Governo? Deixe o Xuxu tirar suas lasquinhas também.
ReplyTanto é assim que o governador, que tem grande influência, implodiu a Fundação Padre Anchieta, da TV Cultura.
ReplyPor que o PT e a esquerdalha tem tanto poder de manifestação nesta Fundação? Vide o programa Roda Viva, antes expoente do jornalismo, agora programa de proselitismo ideológico da esquerda fajuta.
Isso é troca-troca político de um lado só. O PT agiria da mesma forma nesta TV se estivesse no desgoverno do estado?
E o qué cô tenho cô isso.
ReplyO Cabra tá roubando ?
O Cabra tá acharcando ?
O Cabra tá desviando dinheiro ?
Se as respostas forem NÃO para as perguntas:
Então para de enche o saco, sô.
Cel,
ReplySao todos da mesma laia, nao escapa um neste Brasil de hoje.