Passada a prévia do PSDB na capital paulista, berço político do
partido, os tucanos devem se preparar para repetir a experiência para
escolher o candidato à Presidência da República. A nova consulta aos
filiados deve ser em breve, se possível antes de 2014, para que o
postulante ganhe visibilidade no país. Será na prévia nacional que a
legenda poderá se renovar. Essa é a análise do ex-secretário-geral da
Presidência no governo de Fernando Henrique Cardoso e mestre em Ciência
Política Eduardo Graeff. Na disputa em São Paulo, Graeff diz que torcia pela candidatura do
secretário Andrea Matarazzo, para que o partido se renovasse. O PSDB,
no entanto, teve de optar entre renovar e a possibilidade de ganhar a
eleição e apostou na segunda opção, analisa o tucano.
Ligado ao ex-presidente tucano, Graeff foi subchefe da Casa Civil
para Assuntos Parlamentares na gestão FHC. Coordenou o escritório de
representação do Estado de São Paulo em Brasília quando José Serra foi
governador do Estado.
Reproduzimos a pergunta e a resposta que consideramos a síntese da entrevista
Valor: Ao analisar a corrupção nos governos, o senhor disse que as
irregularidades tendem a se intensificar quando grupos políticos ficam
muito tempo no poder. Em São Paulo o PSDB está há quase 20 anos. Quais
são os problemas disso?
Graeff: Você fica, eventualmente, com menos imaginação, menos
entusiasmo. Começa a cair na rotina. É claro que a disputa eleitoral
aviva as coisas, dá estímulo forte para atualizar as ideias. Mas não
acho que o PSDB esteja destinado a ficar mil anos no governo de São
Paulo. A vida sempre brinca com isso.
8 comentários
Discordo do comentário. Para mim São Paulo alcançou um nivel de desenvolvimento e de equilibrio politico que permite a ele, São Paulo, permanecer com o melhor da politica do Estado e da Cidade. São Paulo teve informação suficiente para dizer NÃO á corrupção PêTista.
ReplySão Paulo já alcançou o equilibrio.
Quem é vitima dos expedientes petistas é o nordeste, sofrido, analfabeto, doente, atrasado.
A novidade que o PT levou para a Presidencia da Republica era a velha corrupção desenfreada, Mensalão, Malas Preats, dolares nas cuecas, Ministros ignorantes e ladrões. Esta conversa deste Graeff está furada. Inovar para regredir, inovar para andar prá trás, esta conversa é muito estranha.
Replya vontade de entregar o poder aos petistas já parece estar incontrolável...
Replyo tesão sentido por alguns tucanos de ver um petralha na prefeitura já esta fazendo cocegas...
eles não conseguem mais se segurar de tanto entusiasmo...
Discordo também do comentário. São Paulo escolhe Serra por ser seu melhor representante!
ReplyAqui vai um post de RA, excelente por sinal.
QUASE 48 ANOS DEPOIS, HÁ GENTE QUERENDO CASSAR DE NOVO OS DIREITOS POLÍTICOS DE SERRA
O principal adversário do tucano José Serra na eleição para a Prefeitura de São Paulo não é o candidato do PT, do PMDB ou de outro partido qualquer. Seu principal oponente é a cobertura política de boa parte da imprensa paulistana. O viés de certo jornalismo que se quer isento já ultrapassa a fronteira do ridículo. Nas prévias realizadas ontem, Serra obteve 52,1% dos votos — José Aníbal ficou com 31,2%, e Ricardo Trípoli, com 16,7%. Bastaria 33% mais um, certo? Ele superou, no entanto, a soma dos outros dois. Leiam jornais de São Paulo, e vocês ficarão com a impressão de que Serra foi derrotado. E tal perspectiva, claro!, é atribuída a seus próprios “assessores”, que estariam esperando mais… A sorte de Serra é que existem os eleitores!
(...)
Quanto tempo vai demorar para que alguém lance suspeitas sobre a legitimidade de Dilma Rousseff? Afinal, havia 124 milhões de eleitores no Brasil em 2010, e ela obteve “apenas” 55.752.529 — 44,9% dos votos. Entenderam? Nada menos de 55,1% dos brasileiros habilitados a votar NÃO VOTARAM NELA. Mas esse é o tipo de conta que não se faz com petista porque logo se lança a suspeita de que o analista é um golpista. Com um tucano, tudo bem! A sorte de Serra é que existem os eleitores.
(...)
Cada um escreva o que bem entender. Faço o mesmo. Eu estou aqui apontando a existência de uma pauta direcionada, fanaticamente anti-Serra, que preserva os demais candidatos de qualquer abordagem crítica, que consegue transformar a vitória nas prévias eleitorais numa espécie de derrota. Afinal, disputando com dois outros, ele obteve “apenas” 52,1% dos votos. Sabem como é… 47,9% não votaram nele, assim como 55,1% dos brasileiros NÃO VOTARAM EM DILMA!
...Chegou a hora de a imprensa paulistana se ocupar dos problemas da cidade. Serra já teve os direitos políticos cassados em 1964Nao será a democracia a cassá-los de novo!
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/quase-48-anos-depois-ha-gente-querendo-cassar-de-novo-os-direitos-politicos-de-serra/
Pois é, existem os eleitores fiéis ao Serra, e eles não deixarão de dar a vitória ao SERRA!!!!
Chris/SP
Enquanto houver a chance do PT se aboletar em São Paulo, é o PSDB mesmo que vai ficar.
ReplyE "zéfiní"!
E o PT por acaso é alguma novidade?Ora, tenha paciência, senhor Graeff! É claro que basta não ter cabeça só para separar as orelhas, e com certeza se poderá imaginar que nenhum partido fica mil anos no poder. E muito menos que nele poderá se eternizar... Mas por que vir com esse papinho tosco agora, senhor Graeff? Ora, deixe para os dinossauros vermelhos fazerem tais vaticínios. Chego a desconfiar que não se trata nem de ingenuidade, mas sim de burrice, estupidez e alienação da realidade, expressar-se da maneira que o senhor Graeff se expressou. Leia-se à esgotosfera e, com certeza, ali já estão pipocando comentários nesta linha: "nem tucano acredita na vitória dos tucanos... Cacete!!
ReplyE lhes digo mais: é também por causa de declarações como esta do senhor Graeff, que um capa-vermelha da estirpe de Ricardo Noblat escreve coisas assim: "O ex-governador José Serra obteve 52% dos votos na prévia que o PSDB realizou ontem para escolher seu candidato a prefeito de São Paulo.
ReplyNão foi um bom resultado para ele.
Cerca de 20 mil filiados ao PSDB na capital estavam aptos a votar.
Compareceram cerca de 6 mil - menos de um terço do total.
O deputado José Aníbal foi o segundo aspirante a candidato mais votado - 31%. O terceiro, Ricardo Tripoli, atraiu 15.7% dos votos.
A vantagem de Serra sobre os dois reduziu-se a pouco mais de 6 pontos percentuais. Serra contou com o apoio aberto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do governador Geraldo Alckmin, os eleitores do PSDB de maior prestígio em São Paulo.
Almejava ficar com 70% ou 80% dos votos para poder dizer que o PSDB está unido em torno de sua candidatura. Agora, antes de sair atrás do apoio de outros partidos, Serra terá primeiro de garantir o apoio integral do seu." Serra teve cerca de seis pontos porcentuais acima da soma de seus dois oponentes, na prévia. Mas para Ricardo Noblat, para a Folha de São Paulo, para o Estadão e para outros capas-pretas e capas-vermelhas, "não foi um bom resultado..."
Que ninguém fique com medo de declarações normais. É com isso que conta o partido do governo federal: que todo mundo fique com medo de qualquer coisa.
ReplyPara que preocupar-se com mil anos, se os próximos quatro a partir de janeiro de 2013 é que importam?
Vai ficar o tempo que os eleitores quiserem e votarem no PSDB.
Graeff está certo.
Quem deve temer são os adversários.