Com três secretários pré-candidatos à prefeitura de São Paulo, Alckmin queria que viajassem para Pindamonhangaba?

Ontem Geraldo Alckmin chamou atenção do secretariado sobre a falta de ação em relação aos programas de governo. Uma das críticas é que não circulam em São Paulo. Pudera. Três secretários são prefeituráveis na capital São Paulo. Bruno Covas é secretário estadual do Meio Ambiente. Andrea Matarazzo é secretário estadual de Cultura. José Aníbal é secretário estadual de Energia. Alckmin, com a sua teimosia, começa a prejudicar a sua gestão como governador. E vai piorar, porque aliados se tornarão inimigos. 2014 é logo ali.

O governador Geraldo Alckmin fez cobranças a todo o primeiro escalão de seu governo, em reunião na qual pediu aos secretários um balanço do primeiro ano de gestão. O encontro aconteceu no último sábado, no Palácio dos Bandeirantes, e durou cerca de três horas. O recado ao secretariado foi duro. Com base em uma pesquisa qualitativa, o núcleo de Comunicação do governo apresentou avaliação de que o governador carrega nas costas os principais programas -"para o bem e para o mal" de sua popularidade-, e que os secretários, apesar de executarem os projetos, não conseguem colocá-los na vitrine.

Para ilustrar essa dificuldade, o palácio apresentou comparação entre o número de artigos publicados pelos assessores de Alckmin e textos dos ministros da presidente Dilma Rousseff em jornais de grande circulação."Tem ministro que circula mais em São Paulo do que os secretários de Estado", concluiu um assessor do governador. Alckmin cobrou uma agenda mais intensa de atividades no interior do Estado e mais empenho na divulgação dos projetos de cada pasta. O secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo, cobrou agilidade no atendimento aos deputados estaduais. No início deste mês, Beraldo recebeu uma comissão da Assembleia. No encontro, os deputados estaduais entregaram um documento no qual relataram o "descaso" do governo com a Casa e afirmaram que levam até 90 dias para serem recebidos.

Alckmin fez algumas intervenções ácidas. Disse que o plano de redução de gastos apresentado pela secretária de Agricultura, Mônika Bergamaschi, era confuso e parecia "economia lusitana". Após três horas, o governador interrompeu a reunião. Tinha uma viagem ao interior agendada. Deixou, no entanto, um dever de casa. Determinou que cada um dos secretários lhe enviasse, até o fim desta semana, um relatório de três páginas -"não mais do que isso", disse- com as metas atingidas em 2011 e os planos para 2012. Alckmin também disse que cada pasta deverá eleger o que chamou de "guardião da economia", assessor que irá zelar pelo corte de gastos no custeio da máquina pública.(Da Folha de São Paulo)

3 comentários

Alckimin está perdendo tempo e os candidatos dele também. Não voto em nehum deles.
Depois de aumento nos impostos sobre remédios o que fez a felicidade das ratazanas vermelhas na Folha(aumento sim disfarçado de mudança de base de calculo, mas o resultado final é aumento)já era.
Não sei o que será de SP

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grande novidade...

o PSDB sempre foi ruim de propaganda...

mas ruim mesmo, daquelas assim de chegar a doer quando o cara assiste a alguma peca publicitaria dos tucanos...

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Mas gostei da atitude: relatório de até 3 páginas.
Pena que não especificou o tamanho da folha, pois vai ter tucano usando folha de A0 para escrever tudo (para quem não se lembra, uma folha de A0 é 16 vezes maior que uma A4, que é um dos tamanhos padrão de documentos).

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