Governo e Congresso chegam ao consenso no Código Florestal. Sobra a revolta da ex-democrata Marina Silva.

Hoje, mais uma vez, a turma de ongs a serviço do agronegócio internacional e da Marina Silva tentou peitar a democracia. No entanto, já há consenso para aprovação de um Código Florestal que proteja o meio ambiente e garanta a produção de alimentos.

Uma pressão de última hora da bancada ruralista fez o governo recuar em mais um ponto do Código Florestal: a recuperação de APPs (áreas de preservação permanente) em margens de rio. Numa reunião na noite desta terça-feira (8) no Ministério do Meio Ambiente, ficou acordado que o senador Luiz Henrique (PMDB-SC), relator do código nas comissões de Agricultura e Ciência e Tecnologia, escreveria uma emenda isentando de recuperar matas ciliares as propriedades que medem de 4 a 15 módulos fiscais. Na Amazônia, propriedades de até 1.500 hectares em rios de até 10 metros de largura poderiam ser beneficiadas. Em todo o país, 300 mil fazendeiros poderão receber a anistia. 

O "entendimento" permitiu que fossem derrubadas, na votação desta quarta-feira, uma emenda do senador Acir Gurgacz (PDT-RO) e uma do senador Cassildo Maldaner (PMDB-SC), que visavam dispensar todos os proprietários rurais que desmataram até 22 de julho de 2008 de repor florestas em margens de rios. Também caiu, porém, uma emenda do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) que esclarecia que todos os proprietários teriam de recompor matas ciliares. 

As emendas da bancada ruralista foram propostas mesmo depois de representantes do agronegócio, entre eles a senadora Kátia Abreu (PSD-TO), terem se comprometido com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a aceitarem a proposta de Luiz Henrique para as APPs. O texto do peemedebista, costurado em conjunto com o governo, previa a consolidação de áreas rurais desmatadas até 2008. Porém, obrigava os proprietários em margens de rios pequenos (até 10 m de largura) a recompor pelo menos 15 metros das matas ciliares. Os ambientalistas não gostaram da redação, que veem como uma anistia: afinal, versão do código vigente hoje data de 2001. Quem desmatou entre 2001 e 2008 sabia muito bem o que estava fazendo --e agora será obrigado a repor apenas metade das APPs, que pela regra atual são de 30 metros. 

Os ruralistas também não gostaram. Na terça-feira, durante a votação do texto-base de Luiz Henrique nas duas comissões, Kátia Abreu defendeu a continuidade da ocupação das APPs, como determina a polêmica versão do Código Florestal aprovada na Câmara --e que a presidente Dilma Rousseff disse que vetaria."Os deputados venceram essa batalha da continuidade da produção nas APPs por 410 votos. Eles não aceitarão [o novo texto]. Vamos ver o projeto ser derrubado na Câmara e a possibilidade de veto da presidente", ameaçou. "É ignorância nossa imaginar que margem de rio é um santuário." Fontes do governo chegaram a imaginar que a proposta era um "bode na sala", ou seja, uma ameaça de introduzir um recuo e uma demonstração de poder para forçar também o veto de emendas de senadores ambientalistas, como Rollemberg. 

Não era, como deixou claro em sua fala na manhã de quarta-feira o senador ruralista Waldemir Moka (PMDB-MS): "Teríamos hoje voto suficiente para aprovar a emenda do senador Acir [Gurgacz]. Mas, em favor do entendimento, estamos abrindo mão de um dos pontos mais importantes". O código segue agora para a comissão de Meio Ambiente, onde o senador Jorge Viana (PT-AC) se comprometeu a acolher a redação "de consenso" a ser proposta por Luiz Henrique. De lá segue para o plenário e volta para a Câmara --que pode aceitá-lo ou não.(Da Folha Poder)

5 comentários

Em algum lugar deste Brasil, um prédio de 4 andares foi totalmente
destruído pelo fogo; um incêndio terrível.

Todas as pessoas das 10 famílias de Sem-teto, que haviam invadido o 1º
andar, faleceram no incêndio.

No 2º andar, todos os componentes das 12 famílias de retirantes, que
viviam dos proventos da "Bolsa Família", também não escaparam.

O 3º andar era ocupado por 4 famílias de ex-guerrilheiros, todos
beneficiários de ações bem sucedidas contra o Governo, filiados a um
Partido politico influente, com altos cargos em estatais e empresas
governamentais, que também faleceram.

No 4º andar viviam engenheiros,médicos, advogados, professores,
empresários, bancários, policiais,
vendedores, comerciantes e trabalhadores com
suas famílias. Todos escaparam.

Imediatamente a "Presidanta da Nação" e toda a sua assessoria mandou
instalar um inquérito para que o "Chefe do Corpo de Bombeiros"
explicasse a morte dos "cumpanheiros" e por que somente os moradores
do 4º andar haviam escapado.

O Chefe dos Bombeiros respondeu:

- "Eles não estavam em casa. Estavam trabalhando."

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O renegado depois de participar daquela palhaçada com FHC,Aécio& Cia, foi ao senado de surpresa assitir a posse do FICHA LIMPISSIMA, Cassio Cunha, aquele mesmo que comprava votos com planos de saude, dentários,tv a cabo, oculista etc e tal.
Qdo chegou á época da eleição, mandou p/ se reeleger cartãzinho avisando as pessoas beneficiada.
Quer dizer, roubo com recibo assinado.
Cassio Cunha foi cassado como governador.
Recorreu trocentas vezes, perdeu todas. TODAS.

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Só falta a Caipora e os ongueiros invadirem o congresso,no estilo
"Cannabis da USP" ...

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CORONEL,

Creio que o desespero da Marinália Silva é porque pode perder as verdinhas das ong's por ter demonstrado "incompetência" para travar a agricultura do Brasil, cujos produtores liderados por Kátia Abreu não se deixam vencer pela militância ambientalista a soldo dos concorrentes do além mar.

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Caro Coronel,

Que fim levou o logotipo daí do lado direito da coluna; aquele da ong norteamericana que contratou a ex-brasileira marinassilva - "Florestas lá, Plantações aqui"?
Era um baita lembrete sobre alguns dos interesses internacionais contra a agricultura brasileira.
Me atrevo a sugerir que volte o logotipo, pelo menos até a aprovação final do novo Código Florestal.

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