Brasil desacelera e pode crescer míseros 3% em 2011.

A economia brasileira recuou em agosto o pode estar desacelerando mais que o previsto. É o que aponta o Índice de Atividade Econômica do Banco Central, que caiu 0,53% em agosto ante julho. A média do acumulado entre junho e agosto é negativa em 0,19%. Economistas reduziram a previsão de crescimento em 2011 para pouco acima de 3%, reforçando o cenário de desaquecimento traçado pelo BC como justificativa para cortar juros. No acumulado em 12 meses a economia está crescendo 4% - nível considerado pelo BC abaixo da capacidade do País de se expandir sem pressionar os preços. Mas há duvida no mercado se esse freio bastará para derrubar a inflação

A economia brasileira recuou em agosto e pode estar desacelerando mais que o previsto. É isso que aponta o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), indicador que funciona como um termômetro mensal da economia. O índice recuou 0,53% em agosto em relação a julho. Levando-se em conta também o resultado de junho e julho, a média acumulada nos três meses é negativa em 0,19%. O resultado dá mais força para o cenário de desaquecimento da economia traçado pelo BC como justificativa para a redução da taxa básica de juros. No resultado acumulado em 12 meses, a economia está crescendo 4% - nível considerado pelo BC abaixo da capacidade de o País crescer sem pressionar a inflação. Na visão do BC, seria necessário cuidar para que a economia não entrasse numa rota de estagnação, em um quadro de deterioração do ambiente externo. 

Com os dados divulgados ontem pelo BC, boa parte dos analistas começou a refazer as projeções do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011. Para o desempenho do terceiro trimestre, cujo resultado oficial o IBGE só divulgará em dezembro, a maior parte dos analistas trabalha com cenário de estabilidade ou queda no PIB. Mesmo assim, há grande dúvida sobre se o movimento de desaceleração será suficiente para derrubar a inflação. Em entrevista ao serviço AE Broadcast ao Vivo, da Agência Estado, o economista-chefe do banco ABC Brasil, Luiz Otávio de Souza Leal, prevê um resultado próximo de zero para o PIB no terceiro trimestre e uma alta de 3,3% no ano. Mas não descarta a possibilidade de o indicador ficar mais próximo de 3%. 

Quanto à desaceleração econômica e sua influência sobre a inflação, Souza Leal apontou que há muitas dúvidas se o setor industrial - que representa em torno de 30% do PIB - vai ser capaz de puxar rapidamente para baixo o setor de serviços, que responde por cerca de 60% do PIB. "Não há dúvida se há desaceleração. A questão é: essa desaceleração é suficiente para trazer a inflação para a meta?" 

O economista do BES Investimento Flavio Serrano considera que é um engano tratar como tendência de estagnação os resultados do IBC-Br. "Uma desaceleração no terceiro trimestre já estava contratada, não quer dizer que a economia viverá uma estagnação", disse Serrano, argumentando que a indústria tem tido um desempenho mais fraco, enquanto o consumo das famílias, mesmo com alguma acomodação, ainda segue forte. O economista destaca que o mercado de trabalho não dá sinais de perda de dinamismo. "Ainda não estão equilibradas a oferta e a demanda, o que gera um risco de a inflação não cair tanto daqui para frente e se elevar mais rapidamente no segundo semestre de 2012, forçando nova alta dos juros."  (Do Estadão)

11 comentários

Segundo o novo Adam Smith, gênio da economia mundial contemporânea, o Ministro da Fazenda Guido Mantega, isto não preocupa, pois a desaceleração foi provocada pelo governo pelas medidas macro prudenciais tomadas. Na hora que o governo quiser a economia brasileira retoma seu rítmo de crescimento (estadão de hoje). Será.

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Crescimento de 3% e inflação de 7,5%. eu não sou economista, mas me parece que o que nosso PIB crescerá não compensará nem a desvalorização moeda. Crescimento real negativo, não?

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Até aí, nada demais, o mundo está em recessão, só não explicam para os bolsistas que quando mingua os pagadores de impostos, a ajuda desaparece. Andar para trás nunca deu certo. Afinal, penso comigo onde está e como anda a consciência de quem poderia evitar tantas mortes estúpidas aqui no Rio? Deve doer, mas só um pouquinho, só quando chega até nós ou ao bacana da vez, e que a coisa recrudesce. Triste ver um povo irreverente por trdição de joelhos prontos para um exercício oral, atendendo o PT e o PMDB, não é pouca coisa, e ainda não é tudo.

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Coronel,

Venho, desde FEV 2011, apontando PIB Anual de 2,9% e inflação crescente pelo simples fato que os Serviços estão aquecidos e a remarcação de preços para manter faturamento(micro e pequenas empresas).

Sou taxado de pessimista e antipatriotico! Já as avestruzes, essas são as maiorais!!!

JulioK

Ps.: E ganho dinheiro com minhas previsões, pois atuo com os cenários mais ajustados a realidade.

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Não foi por birra que o Meirelles deu o fora, sabendo que o cenário seria nefasto e que a marolinha era bem maior do que o velhaco falava, sabendo também que não teria a autonomia desejada fez o que qualquer homem faria, pois sua imagem ficaria atrelada ao que o governo quer fazer e ele sabia que teria que se enquadrar com os ditames da fazenda, e que a situação só tem a piorar no desgoverno.

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O mantega dá conselho e adverte os países da Europa e EUA, mas esquece de fazer o que prega na própria casa, a governANTA é outra que reza pela mesma cartilha, em quanto os nossos depravados e imorais parlamentares e políticos em geral, estão mais preocupados com seus umbigos, fazendo doto tipo de chantagem para se apoderar da governabilidade e dos cofres públicos.

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Coronel, a primeira coisa que as ratazanas petistas estupram são os números. Se eles falam em 3% de "crescimento" do PIB, pode colocar 0,51%. Se eles falam em uma inflação de 7,23% pode colocar 17,51%. Essa tática nazipetista já não engana mais ninguém!

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Estão fazendo um malabarismo para não falarem do óbvio: a economia brasileira não está indo bem.
As pessoas estão endividadas, tanto que há inúmeras orientações para as pessoas equacionarem suas dívidas, pouparem. E gastarem apenas o necessário.
Esse aspecto precisa atingir as pessoas, para que estas não acreditem que devem continuar gastando e se endividando.

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calro que diminuiu e vai diminuir mais ,tds da classe C já compraran dois celulares e tv lcd ,estão endividado até 2013,e não vão comprar mais.

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Coronel,

basta observar os discursos desesperados e tresloucados da búlgara pelo mundo afora para perceber que a coisa esta bem pior do que se noticia...

os pitos ridículos e descabidos que ela anda passando nos lideres das grandes potencias revelam o tamanho do desespero, praticamente implorando pelo amor de Deus para que eles domem a crise para que a fantasia do Brasil potencia não desabe feito fruta podre...

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Coronel, nos governos petralhas a inflação ( aumento do dinheiro circulante sem latro "riqueza" ou o aumento do PIB ). A inflação girou nos últimos 10 anos a 40% anuais e o custo de vida no último ano de FHC foi de 14% aproximadamente e depois o molusco jogou os juros a 25% e chegou a 27%, Palloci com uma aura de credibilidade manteve o custo de vida a 4% anuais, no último ano de Lulla a inflação foi mais alta, de uns 100% e o custo de vida em 6% anuais ( 15% no IGPM ).
Para parar o aumento do custo de vida a única maneira seria proibir emitir moeda e títulos públicos, exceto para substituir notas velhas e com a simultânea destruição das notas rasgadas e as novas teriam os mesmos números das substituídas.
Se o governo tiver fome tributária e déficit pantagruélico, aumentar sem pudor algum impostos, criar os confiscos como os de Chavez e sem indenização, seria os petralhas mostrarem a cara. ****** Mudar a constituição seria impossível pois seria cláusula pétrea e se for respeitado o BC poderia colocar a SELIC a zero anuais e ficar alguns meses em moratória seletiva interna, depois qualquer governo precisaria cortar gastos para poder pagar à vista as dívidas em mora e depois em paz com o mercado trocar as dívidas onerosas por títulos pelo IPCA que será zero, somada com 1% de juros anuais, nada mais.
Sem criação de moeda a inflação é impossível, o custo de vida pode variar mês a mês mas na média em cinco anos é perfeito zero, isto se o PIB for zero todos os anos.
Como o PIB não é zero o BC poderia quitar títulos públicos na mesma proporção do crescimento do PIB, isto é a inflação no exato nível do PIB ( emissão monetária em títulos à vista de 5% se o PIB crescer 5% ) e isto depois de vencer o alto custo de vida ( tarefa de 5 anos ).
Se a dívida interna reduzir-se 70% em 10 anos ( em relação ao euro, pois dólar é moeda fraca, um tipo de real americano ) e a autoridade monetária européia é independente e de 27 países independentes que não permitem destruir o euro para ganhar as eleições, o que ocorre nos EUA (guerras) e Brasil(dinheiro roubado por malufistas e petralhas.

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