O DEM possui dois governos de estado: Rio Grande do Norte e Santa Catarina. Ou possuía. Gilberto Kassab acaba de fundar o PSD no estado nordestino e já arranca com a maior bancada na Assembléia Legislativa e a adesão do vice-governador. Em Santa Catarina, a saída rumo ao PSD será em bloco. E o Dia do Trabalhador parece ser o dia do não fico. É o que deixa transparecer a entrevista concedida ao Diário Catarinense, pelo deputado federal Paulo Bornhausen:
Como será a reunião deste domingo?
Paulo Bornhausen – O que ficou combinado é que o governador, em determinado momento, nos chamaria para conversar. A conversa depende dos contatos do final de semana, dos desdobramentos. O governador vai continuar com conversas com o PSDB.
E o que o senhor espera?
Bornhausen – Há um sentimento de que o governador vai tomar uma posição, que ele está amadurecido ou em fase final de amadurecimento.
O senhor conhece os detalhes das conversas entre Colombo e Aécio?
Bornhausen – O teor exato, não. Conversei com o deputado mineiro Gustavo Corrêa, que correrá em Florianópolis, e a avó dele é casada com o pai do Aécio Neves. E ele disse que o Aécio está arrependido da interferência que fez dentro do Democratas. Isso empurrou o Gilberto Kassab, a gente. O clima na base do partido é muito mais de mudança, de saída do DEM para o PSD do que acreditar na fusão. Porque as respostas do PSDB têm sido evasivas. Menos a do Leonel Pavan, que, tem que se registrar, foi positiva, mas não houve uma correspondência nacional.
Fernando Henrique Cardoso é o único que passou a defender a fusão?
Bornhausen – Passou. O Geraldo Alckmin (governador de São Paulo) deu a tinta, mas sempre num condicional muito distante. O próprio Aécio, nas ligações para o governador, tem dado esta possibilidade, mas, também, sem confirmar.
Isso se deve a uma falta de prazo para a fusão?
Bornhausen – Se não tiver prazo, não tem como fazer. Porque aí nós vamos sangrar embaixo, na base, que nós não vamos mais comandar. Eu diria que só uma ação muito efetiva do PSDB, algo prático, para reverter. Senão, a tendência é ir para o PSD.
A eleição municipal é o principal problema?
Bornhausen – Esta é a questão premente. Tomada a decisão (de ir para o PSD), você tem que fazer uma operação rápida. No momento em que o governador decidir, a gente está pronto. As bancadas estadual e federal estão prontas para agir.
E seu último contato com Gilberto Kassab?
Bornhausen – Ele usou uma frase pra mim: “Tá bom, né, Paulinho. Tá mais do que eu imaginava”. E começou a rir. Deu um peitaço e a coisa está acontecendo.
Ir para o PSD é apoiar Dilma Rousseff (PT)?
Bornhausen – Eu não posso falar de uma coisa que eu não estou fazendo. Caso isso venha a acontecer, no condicional, para mim está claro que não há alinhamento. Na verdade, esta não é a posição do PSD. Não vejo esta característica. O eleitor vai julgar pelos atos, pela continuidade.
A mudança para o PSD atrapalha o governo de Raimundo Colombo?
Bornhausen – Eu acho que não atrapalha, não. Isso o governador sabe como responder. Ele é o líder e está avaliando estas posições. Não existe posição tomada, aguardamos o governador.
Paulo Bornhausen – O que ficou combinado é que o governador, em determinado momento, nos chamaria para conversar. A conversa depende dos contatos do final de semana, dos desdobramentos. O governador vai continuar com conversas com o PSDB.
E o que o senhor espera?
Bornhausen – Há um sentimento de que o governador vai tomar uma posição, que ele está amadurecido ou em fase final de amadurecimento.
O senhor conhece os detalhes das conversas entre Colombo e Aécio?
Bornhausen – O teor exato, não. Conversei com o deputado mineiro Gustavo Corrêa, que correrá em Florianópolis, e a avó dele é casada com o pai do Aécio Neves. E ele disse que o Aécio está arrependido da interferência que fez dentro do Democratas. Isso empurrou o Gilberto Kassab, a gente. O clima na base do partido é muito mais de mudança, de saída do DEM para o PSD do que acreditar na fusão. Porque as respostas do PSDB têm sido evasivas. Menos a do Leonel Pavan, que, tem que se registrar, foi positiva, mas não houve uma correspondência nacional.
Fernando Henrique Cardoso é o único que passou a defender a fusão?
Bornhausen – Passou. O Geraldo Alckmin (governador de São Paulo) deu a tinta, mas sempre num condicional muito distante. O próprio Aécio, nas ligações para o governador, tem dado esta possibilidade, mas, também, sem confirmar.
Isso se deve a uma falta de prazo para a fusão?
Bornhausen – Se não tiver prazo, não tem como fazer. Porque aí nós vamos sangrar embaixo, na base, que nós não vamos mais comandar. Eu diria que só uma ação muito efetiva do PSDB, algo prático, para reverter. Senão, a tendência é ir para o PSD.
A eleição municipal é o principal problema?
Bornhausen – Esta é a questão premente. Tomada a decisão (de ir para o PSD), você tem que fazer uma operação rápida. No momento em que o governador decidir, a gente está pronto. As bancadas estadual e federal estão prontas para agir.
E seu último contato com Gilberto Kassab?
Bornhausen – Ele usou uma frase pra mim: “Tá bom, né, Paulinho. Tá mais do que eu imaginava”. E começou a rir. Deu um peitaço e a coisa está acontecendo.
Ir para o PSD é apoiar Dilma Rousseff (PT)?
Bornhausen – Eu não posso falar de uma coisa que eu não estou fazendo. Caso isso venha a acontecer, no condicional, para mim está claro que não há alinhamento. Na verdade, esta não é a posição do PSD. Não vejo esta característica. O eleitor vai julgar pelos atos, pela continuidade.
A mudança para o PSD atrapalha o governo de Raimundo Colombo?
Bornhausen – Eu acho que não atrapalha, não. Isso o governador sabe como responder. Ele é o líder e está avaliando estas posições. Não existe posição tomada, aguardamos o governador.
8 comentários
Cel, você foca muito essa dança dos políticos de um para outro partido.
ReplyParece ser esse o grande/único problema nacional.
Vc já viu/leu/ouviu um deles defender alguma causa social? Por exemplo, que levante a bandeira do Ensino Fundamental em Tempo - RIGOROSAMENTE - Integral, com cadeira de ética, pois sem ela a fila da voltas às fronteiras nacionais, iniciando e terminando em Brasília - princípio, meio e fim de tudo o que está errado no país, considerando que nada está certo.
Gosto muito de seu blog, e não vou deixar de acompanha-lo, mas, pelo amor de Deus, pare de focar nos políticos. Levante bandeiras sociais. Quer outra? Criação de Faculdade (No máximo 4 anos) para polícia p/ ver se melhora o padrão, que está uma m., salvas as exceções.
Quer mais? Já enviei para um deputado aqui da minha cidade - Que o governo espalhe por esse país creches/enfermarias para portadores de Mal de Alzheimer. Dá pena ver famílias mais fragilizadas dispensar um par de braço do serviço para cuidar de seu pai ou mãe.
Se pararem de roubar por cinco minutos/ano, dá para inundar esse país com esse atendimento.
Se a paralização (De roubar) se estender para 20 minutos/ano, em 15anos todos os pentelhos estarão em escolas de ensino fundamental....
Parabéns Santa Catarina, parabéns família Bornhausen, governador Colombo, Deputados e lideranças políticas que decidiram migrar para o PSD.
ReplyEssa é a decisão mais acertada a ser tomada, com toda a certeza ninguém se arrependera dela.
Ai, DEM! Ai, Bornhausen! Ai, Colombo!
ReplyNÃO CONFIEM NO PSDB!
Eles nunca foram oposição, e além disso não deixaram o DEM ser. Não entrem em conversa mole de tucano!
Olha, até o PT sabe que esse negócio de fusão não funciona. O PT, é uma frente de partidos nanicos, fusionadas, mas que funcionam como "tendências ou correntes", dentro da sigla. Por isso eles decidem tudo através de prévias e votações internas, envolvendo sempre boa parte dos filiados. Já no caso de DEM, PSDB e PPS, a fusão causaria mais problemas do que soluções. Que esqueça a fusão. Se deixaram os partidos esfacelarem-se, não será fusão que vai amalgamar, colar tudo. Desapareceriam todos juntos, ao invés, de irem se enfraquecendo sozinhos. Que tomem a decisão de tentar, ao menos, manter o ideário liberal. Pelo menos, ao que aparenta, os liberais serão maioria no novo partido.
ReplySe o senador por Minas Gerais interferiu a ponto de dividir o DEM a tal ponto, não é por ele ser tão forte. O DEM é que estava muito fraco. Como é o caso do PT, agora. Assim, o senador errou em sua percepção e o DEM errou em rachar. Ambos erraram na avaliação política, exatamente num momento em que principal adversário, o PT, está evidenciando uma grande crise. Na gestão do país, estão errando em tudo. A presidente não tem poder de convencimento, exceto para quem já esteja predisposto a aderir. A presidente consegue comunicar-se pior que o o antecessor. E o DEM está extinguindo-se. Se tivessem um pouco de tirocínio, estariam vendo, agora, o PT esfacelar-se de forma irremediável. Portanto, que cobrem a atuação do senador por Minas Gerais e não do PSDB em seu conjunto. Este, também, está demorando a perceber quem é o verdadeiro adversário.
ReplyCoronel, minha cidade tem 15mil hab.(MG), sou filiado ao PDT, como faço para fundar o PSD? onde me informo?
ReplyO FHC perdeu uma chance brilhante de calar a boca, a fusão dos falidos partidos PSDB com Dem é como somar
Replyzero mais zero, que é igual a zero.
Ao PSDB só restam dois caminhos, pedir a auto-dissolução e deixar livres seus membros para irem onde quiserem, PSD, PT, PP, etc...
melhor que os petralhas incubados no partido como o TRAÉCIO vá para o PT.
FHC e outros bananas opositores que voltem ao PMDB de onde saíram e os da centro-direita que entrem no PSD pois o partido terá o leão de chácara para evitar a entrada de lobos no partido, um partido se nascer direito será direito e Kassab disse que o quadro direita e esquerda é pobre para definir um partido. À rigor só existiriam duas posições, esquerda aos que defendem o fim do capitalismo e direita aos que aceitam o capitalismo, incluso o capitalismo de estado da China.
deosdoceu!
Replya politica brasileira eh um manicômio a céu aberto...
Kassab, de politico carregado nos ombros dos outros passa, de uma hora para outra, a líder de partido...