Inflação é papo vencido para o eleitor.

Ninguém ganha eleição prometendo passado. Ganha eleição fazendo hoje e prometendo para amanhã. O fantasma da inflação não existe mais para a metade da Classe C e para tantos outros nas demais classes sociais. Vai se tornando real agora, mas de nada adianta vir o FHC e dizer que ela tinha sido vencida lá atrás. Não há memória pessoal deste fato em quantidade suficiente para eleger um presidente. Se a inflação voltar e não for debelada, Dilma terá sérios problemas, mas não ao ponto de não se reeleger por causa disso, pois os milhões da Bolsa Família  e demais bolsas formam um capital eleitoral cada vez mais decisivo. Se for apenas um surto inflacionário, melhor para Dilma, que terá sido criticada pela oposição, saindo vitoriosa da luta contra o dragão inflacionário. A matéria é da Folha de São Paulo.

Cinco em cada dez eleitores da nova classe média aptos a ir às urnas em 2014 não viveram o período de inflação elevada e, por isso, não têm memória da escalada de preços no dia a dia. São cerca de 35 milhões de pessoas, com renda familiar entre três e dez salários mínimos, que representarão 28% do eleitorado total nas próximas eleições presidenciais. Os dados fazem parte de uma projeção inédita feita pelo Instituto Data Popular, a partir de dados do IBGE. O estudo indica, segundo especialistas, que a intenção da oposição de explorar o crescimento atual da inflação pode ter efeito relativo. Também sugere que perderá força o tradicional discurso do PSDB de que o partido é o responsável pela estabilização da moeda, com a criação do Plano Real, e pela deflagração do processo de recuperação econômica.

Em 94, quando o controle da inflação dominava o discurso político, todo o eleitorado da classe C estava familiarizado com o tema. "A nova classe média vota olhando para frente e não pelo retrovisor. É grata pelas conquistas recentes, mas votará em quem pode ser a melhor alternativa para manter sua qualidade de vida", avalia Renato Meirelles, sócio-diretor do Data Popular. Para o cientista político Amaury de Souza, porém, o fato de o eleitor não ter a lembrança da inflação não o afasta obrigatoriamente do tema. "A perda de renda afeta mais diretamente a classe C, principalmente se ela vir escoar por entre os dedos o que acabou de conquistar." Se houver aumento da inflação, o governo pode ser responsabilizado, e quem se beneficia é a oposição, afirma o sociólogo. Caso consiga combatê-la, o governo pode "capitalizar a seu favor". Para o cientista político Bolívar Lamounier, um dos debates mais importantes a ser feito é como oferecer condições para que essa nova classe média se sustente. "Somente pelo emprego, isso não vai ocorrer. Um dos caminhos é pelo empreendedorismo, mas ninguém está olhando para esse tema."

A inclusão social causada pela explosão do consumo traz para a presidente Dilma um problema para lidar com o eleitor emergente: tem de controlar a inflação sem conter de forma severa o crédito. "O que está na mente [desse eleitorado] é o recado do ex-presidente Lula de que a crise era uma "marolinha" internacional e que o brasileiro deveria comprar. Dilma está em uma situação difícil ", diz o sociólogo Rudá Ricci. A disputa pelos eleitores da classe C gerou recentemente um debate acirrado entre os ex-presidentes Lula (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

12 comentários

Coronel,

E a pneumonia persistente da nossa "bruxinha bondosa"????

Não cura e esta sobrando "esporro" para todo mundo.

Será que a Marcela vai virar primeira-dama????

JulioK

Ps.: hoje é sábado!!! risosss

Reply

Se a inflação voltasse igual era na época de Sarney ela sequer disputaria a reeleição. Todas as classes seriam brutalmente atingidas e não haveria bolsa família que seguraria o empobrecimento geral, até porque num cenário desses a continuidade do programa nos parâmetros atuais seria muito difícil. Os pobres sempre sofrem mais com a inflação: foi assim nos anos 80 e seria assim hoje se ela voltasse na dimensão que teve no passado, o que ainda é um cenário pouco distante, ainda bem.

Reply

Coronel,

Por mais que eu não goste do PT&Cia., a volta da inflação será um custo brutal para o país inteiro e um preço muito caro( e incerto) para retirar o PT do poder.

JulioK

Reply

Infelizmente, o pessoal já está sofrendo os efeitos ruins da inflação, nos bolsos, mesmo sem ter vivido naquele período. O PT trouxe a inflação de volta e logo logo todos saberão disso com mais força.

Reply

Cel

Nossa inflação é devido as doações, descontroles e elevados gastos nos governos Lula/PT e Dilma/PT.

A defasagem dos aposentados que recebem mais que um salário mínimo:
1. No Governo FHC : 18,77%
2. No Governo Lula : 42,27% )

Só para lembrar:

"Os governos Lula e Dilma dizem não ter dinheiro para reajustar os aposentados. Mas, tem para doar para os estrangeiros:

Lula distribuiu R$ 61 bilhões para 27 países em 2 anos

Somente nos dois últimos anos de seu governo, o ex-presidente Lula distribuiu mais de R$ 61 bilhões do contribuinte brasileiro para 27 países, a maioria na América Latina, sendo oito na África, para além de algumas das mais tenebrosas ditaduras, como Líbia, Síria e Irã. Parte expressiva dos recursos saiu do Brasil por meio de financiamento do BNDES, para obras tocadas por empreiteiras favoritas do governo.

Perplexidade
A lista dos 27 países aos quais Lula deu dinheiro causou perplexidade nos senadores, até nos governistas, da Comissão de Assuntos Econômicos.

Mão grande
A indignação dos senadores também decorre do fato de que os R$ 61 bilhões terem deixado os cofres públicos sem autorização do Senado.

‘Desembolsos’
Oficialmente, o BNDES admite “desembolsos” de US$ 1,2 bilhão na América Latina e de US$ 906 milhões na África. Ou R$ 3,38 bilhões.

Primeiro eles
Os R$ 61 bilhões destinados por Lula aos 27 países em dois anos é um valor superior à soma das transferências para os Estados, no período.

Agora, após doação feita ao Paraguai (300% de aumento na energia de Itaipú)pela goverANTA e os Senadores, a inflação vai explodir e vão querer culpar os aposentados, como sempre.

PeTralha desvia de mais e rouba de mais.


“OS AMERICANOS MATAM TERRORISTAS,
OS BRASILEIROS OS ELEGEM PRESIDENTES!!!”

Átila

Reply

Coronel,
totalmente certo o artigo da Folha. Hoje, quando em palestras, inclusive para estudantes de economia, não se dá o devido valor a inflação. A teoria é fria e os exercícios sobre o assunto mostrando o quando o poder de compra se reduz com as projeções considerando vários cenários, não traduz a prática que os de mais de 40 anos vivenciaram no dia a dia.

Reply

No mesmo dia que o Tombini (este sim tem cara de porquinho prático) exortou o brasileiro a diminuir o consumo, para combater a inflação, vi uma matéria num dos jornais da Globo sobre o aumento da inadimplência. O repórter entrevistava pessoas na fila dos serasa da vida, preocupadas em limpar o nome. Tudo bem e é um dever de todos, mas o mais gozado era o motivo da maioria dos entrevistados, para esta ação. "tenho que limpar meu nome, pois preciso gastar mais. Agora chegou a vez de comprar isto ou aquilo". A grande verdade é que este povão que nunca teve nada está extasiado com a chance de se sentir "rico". Se a inflação tirar isto deles, não há bolsa familia que de jeito.

Reply

Coronel, é bem verdade que grande parte dos eleitores nao viveram aquela inflação absurda que eu assim como tantos outros vivenciamos. Mas deixe estar porque agora irão conhecer e com certeza nao vao gostar.

Vamos dar tempo ao tempo...

Se a presidanta nao conseguir combater a inflação dificilmente será reeleita.

Quem viver verá.

Reply

Cel,

Meu salário em uma metalúrgica de São Paulo no dia 01/02/1986, auge da inflação: Cr$ 14.738.697,00/mês.

Naquela época fazíamos estoque de alimentos em casa porquê todos os dias os prêços eram remarcados.

Realmente o Sr. tem razão, boa parte dos novos eleitores não sabe o que é inflação, vão saber logo logo se continuar do jeito que está.

"Um império morre de dentro para fora"

Fora PT. fora corrupção, fora incompetência.

Nivaldo/Praia Grande/SP

Reply

Nem quero me lembrar daqueles tempos...De quanto era a inflação mensal de 91 a 94? 764% ao ano, cerca de 60%/m? o que significava receber o salário com 15 dias de atraso mesmo? Valendo qto a menos?30%?Sem falar na redução de 6% para 3% no valor dos triênios?

Graças a tal passado hoje recebo metade do que deveria estar recebendo após 34 anos.

Até o vigia do prédio ganha muito mais, cerca de 2300, longe da aposentadoria e sem ter nem mesmo terminado o Ensino Fundamental.

Nunca perco minhas referências do passado...

¬¬

Reply

O corona está correto, ninguém pode prometer o passado, pois já foi e o futuro é o objeto da política, como empenhar o dinheiro público, evitar a corrupção excessiva e déficit público que é a inflação ( déficit nominal ).
-
Quando o governo aumenta os juros da selic sinaliza excesso de inflação e consumo, as importações ajudam a baixar o custo de vida e melhorar a percepção de renda.
Se empresários não gostam de dólar a R$ 1,60 e vendem seus produtos como se o dólar tivesse cotação de cinco reais ( pelo índice big-mac ) e a complexidade do governo causa grande desperdício de dinheiro.
-
A única coisa que faz baixar o custo de vida é não mais criar do nada dinheiro, emitir novas notas exatamente na quantia necessária para troca de cédulas velhas.
Se a inflação for zerada, o aumento de preços pode continuar inalterado até um ano, depois vem a recessão iniciada por bolhas de consumo, inadimplência e falências no setor financeiro e o governo obrigar por preceito constitucional,equilíbrio nominal ou superávit ( entre 0,01% e 10% ), reduzindo a dívida estatal o BC poderá zerar o juro real ( acima do custo de vida), as aplicações financeiras ficam anti-econômicas e o dinheiro vai para a produção e crédito.
Variações de preços sazonais, o custo de vida sempre variará mas com média zero em dez anos ( se não houver inflação "emissão de moeda sem lastro").
-
Lula fez cem por cento de inflação no último ano de mandato que pode ser transformada em 50% de aumento de preços e a outra metade como aumento do PIB em 20% em 6 anos aproximadamente, depois o PIB reduz o crescimento se não houver nova inflação e o custo de vida cai a 2% anuais ou menos.

Reply

A inflação não vai voltar - JÁ VOLTOU, e é a mais escancarada medida da incompetência do socialismo desses vagabas de Brasília...

Reply