Doutora em prepotência e antipatia.

Em cada palavra, prepotência e agressividade. Um Ciro Gomes de saias. Ou melhor, de terninho. Em entrevista para a Folha de São Paulo:

FOLHA - O ex-presidente FHC disse que é preciso fazer um país mais aberto, não ter uma pessoa só que manda, porque hoje parece que o Brasil depende de um homem só. O que a sra. acha?
DILMA ROUSSEFF - A quem ele está se referindo?

FOLHA - Ao presidente Lula.
DILMA - Se você acha isso, eu não tenho certeza. Se tem um presidente democrático, é o presidente Lula. Agora, ele jamais abrirá mão de suas obrigações. Entre as obrigações está mandar algumas coisas. Por exemplo, fazer o Bolsa Família. Ele mandou que não fizéssemos aventura nenhuma com a taxa de inflação.

FOLHA - A declaração de FHC embute a análise de que no governo Lula houve uma maior intervenção na economia, nas estatais, na vida das empresas.
DILMA - Tinha gente torcendo para ficarmos de braços cruzados na crise. Diziam: "o governo Lula sempre deu certo, mas nunca enfrentou uma crise internacional". Apareceu a maior crise dos últimos tempos, que estamos superando. Eu acho que quem defendia que o mercado solucionava tudo, o mercado provê, é capaz de legislar e garantir, está contra a corrente e contra a realidade. O que se viu no mundo nos últimos tempos é que a tese do Estado mínimo é uma tese falida, ninguém aplica, só os tupiniquins. Nós somos extremamente a favor do Estado que induz o crescimento, o desenvolvimento, que planeja.

FOLHA - Pela declaração do ex-presidente, a sra. avalia que eles não teriam seguido a mesma receita de vocês nessa crise?
DILMA - Eu não gosto de polemizar com um presidente, porque ele tem outro patamar. Agora, os que apostam e ficam numa discussão, que, além de enfadonha, é estéril, de que há uma oposição entre iniciativa privada e governo, gostam de discussão fundamentalista. É primário ficar nessa discussão de que o governo, para não ser chamado de intervencionista, seja um governo omisso, de braços cruzados, que não se interessa por resolver as questões da pobreza nem do desenvolvimento econômico.

FOLHA - Essa maior interferência do governo não levou a uma visão estatizante da economia e a um discurso eleitoreiro, como no pré-sal?
DILMA - As acusações são eleitoreiro, estatizante, intervencionista e nacionalista. Tem algumas que a gente aceita. Nacionalista a gente aceita. Esse país não pode ter vergonha mais de ser patriota. Eu não vi um americano ter vergonha de ser patriota, nunca vi um francês. Que história é essa de nacionalista ser xingamento?

FOLHA - Nacionalista vocês aceitam. E estatizante?
DILMA - Se é o aumento da capacidade de planejar o país, de ter parcerias com o setor privado, de o Estado ter se tornado o indutor do desenvolvimento, concordo.

FOLHA - Intervencionista?
DILMA - Não somos.

FOLHA - Mas eleitoreiro?
DILMA - Não. Sabemos que quem não tem projeto vai achar tudo eleitoreiro.

FOLHA - Quando o presidente pressiona um dirigente de empresa privada, como Roger Agnelli, da Vale, não é uma ingerência indevida?
DILMA - Você acha certo exportar minério de ferro e importar produtos siderúrgicos? Ela é uma empresa privada delicada. Porque ela está explorando recursos naturais do Brasil. Você não pode sair por aí explorando os recursos naturais e não devolver nada. O presidente ficou chocado com empresas que demitiram bastante na crise sem ter consideração pelos empregos do país.

FOLHA - Isso representa prejuízo para uma empresa privada.
DILMA - Não se trata de prejuízo, se trata do tamanho do lucro, a mesma coisa da Petrobras. O que vale para a Petrobras vale para a Vale. A preocupação com a riqueza nacional é uma obrigação do governo. Eu não acho que o presidente foi lá interferir na Vale. O presidente manifestou, assim como muitas vezes os empresários manifestam, seu descontentamento, e não implica uma interferência, a gente tem de democraticamente aceitar as observações, ser capaz inclusive de aprender com críticas. Por que o presidente não pode falar?

FOLHA - A sra. acha que uma empresa privada tem de abrir mão de uma parte do lucro...
DILMA - Não estou discutindo isso. Estou discutindo é que ela, assim como a Petrobras, nem sempre pode. Se a Petrobras quiser o lucro dela só, vai fazer uma coisa monotônica.

FOLHA - O presidente pensou em tirar o Agnelli da Vale?
DILMA - Que eu saiba não. Ele não tem poder para isso. Como você disse, é uma empresa privada. O que ele fez foi externar seu descontentamento com a forma que demitiram gente. Ele não fez só para a Vale. Eu acho interessante essa história, os empresários podem falar o que quiserem que é democrático, o presidente não pode dar uma opiniãozinha que é intervencionista. Isso, diríamos assim, não é justo.

FOLHA - Durante o governo houve um grande processo de fusões de empresas no Brasil. Deu-se por um estímulo direto do governo Lula?
DILMA - São sinais dos tempos. Não tem nada de artificial. Ninguém falou "eu vou ali criar uma empresa fortíssima". As empresas estavam maduras. As que não se fundiram aqui compraram coisas lá fora.

FOLHA - A sra. defende um Banco Central independente, por lei?
DILMA - Não acho que seja necessário isso. Não vejo nenhum motivo para criar esse tipo de problema agora no Brasil, abrir esse tipo de discussão.

6 comentários

Mauro Framke Cappellano mod

A ministra Dilma, que não é para menos que já recebeu até um apelido na internet, parece adorar as estratégia do presidente Lula. Aparentemente não tem critica alguma, e assim iria governar caso ganhasse as eleições.
Ela com certeza iria continuar arrastando este caminhão de corrupção que é o governo lulista.
Ela defende um governo intervencionista, aos moldes de países comunistas, onde até o papel higiênico é de responsabilidade do Estado. O problema é que para se fazer um controle como Lula está fazendo, se precisa de dinheiro, e muito!
Daí este governo além do caminhão de corrupção, ainda arrasta a reboque a maior carga tributária que este país já viu, e pagou!
Este modelo atual, afoga o cidadão em impostos e na burocracia da corrupção governamental.
Este governo para ser pior, só falta criar penas!

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Esta criatura tem uma visão retrógrada, autoritária, bucéfala, de como se governa. Uma mente presa nos paradigmas dos anos 50, 60. Não evoluiu, não aprendeu nadinha. Por ela, estatizava tudo. Brizolismo requentado. Por quanto tempo ainda teremos gente que pensa assim em posições de comando? Sem contar que é cínica e mentirosa!

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fraquissima as respotas!!!

patéticas!!!

eh essa a "grande engenheira" do governo?

eh sim, presidente nao pode dar pitaco em empresa privada, nao!

deu pitaco, eh INTERVENCIONISMO, sim!!!

va dar pitaco no Ministerio da Educação, da Saude, que por sinal, estão péssimos!

as escolas são antros de bandidagem mirim e os hospitais, bem, todos já conhecem, não mudou nada em um único metro quadrado nesses quase 8 anos de governo demagogo lulista.

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Lula so quer dar pitaco em empresa privada que gera riqueza, que produz, que eh reconhecidamente um conglomerado de sucesso!

vai dar pitaco nos teus ministérios, oh ser intragável!!!

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Alterar a legislação da telefonia para viabilizar a aquisição da Brasil Telecom pela OI que é capitaneada pelos seus cumpadres sócios do Lulinha, então não é intervenção, é ???
É o que então, além de nepotismo institucional ??

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A carruagem virou abóbora...

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