Que venham os economistas. O Brasil possui um total de R$ 275 bilhões depositados em caderneta de poupança. Vamos esquecer a variação da TR, que significa correção monetária. Vamos nos ater aos juros de 6% ao ano. Sobre o montante depositado, os juros totais pagos ao ano representam uma miséria: R$ 16,5 bilhões. Agora estão dizendo que os 6% são muito elevados, que os rendimentos serão maiores do que os fundos. E qual o problema? Quanto a poupança estará pagando mais? E se pagar, por exemplo, 1% a mais do que os fundos no ano, quanto isso representaria sobre o bolo total de R$ 275 bilhões? Míseros R$ 2,75 bilhões! Estúpidos R$ 2,75 bilhões. Imbecis R$ 2,75 bilhões! 1/4 do que o governo investe no Bolsa Família! Só o rombo da previdência é de quanto? R$ 50 bilhões por ano? Por trás de toda esta celeuma está uma articulação de um governo gastador e espoliador, que quer tributar cada vez mais. De outro lado, estão os bancos, que não querem concorrência para os seus produtos explosivos, carregados de risco e turbinados com taxas de administração. Não precisa tributar. Não precisa baixar a taxa de juros. Basta fazer uma tabela progressiva para novas cadernetas de poupança, baseada em prazos determinados para livre movimentação. Isto já existia e funcionava. Exemplo: até R$ 10 mil, três meses para movimentar; de R$ 10 mil a R$ 50 mil, seis meses para movimentar; acima de R$ 50 mil, um ano para movimentar. O especulador vai continuar passando ao largo da caderneta de poupança, para não ficar com o dinheiro preso. E o pequeno poupador, que muitas vezes tem mais do que os R$ 100 mil que o Lula quer tributar, porque depositou lá o seu FGTS, o dinheirinho do espólio, o resultado da safra, vai continuar ganhando o mínimo para quem poupou uma vida inteira e para quem acreditou na "garantia do Governo Federal". É um crime mexer na poupança.
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Imbecilidade da Veja desta semana:
"A melhor ideia do governo até agora é fazer com que a caderneta se transforme em uma aplicação direcionada apenas aos pequenos poupadores. Uma das propostas em discussão é passar a cobrar imposto de renda dos grandes investidores, mantendo a isenção apenas para os pequenos. Pela nova fórmula, continuariam isentas as aplicações de até 5 000 reais – que já respondem por 93% do total."
Ou seja, o governo vai mexer na poupança por causa de 7% sobre R$ 275 bilhões em depósitos, ou R$ 19,2 bilhões. Vamos lá, economistas do meu Brasil varonil. Vamos cobrar imposto de renda de quanto destes capitalistas inveterados que tem mais de R$ 5 mil na poupança? Uns 20%? Ah, entendi! Isto representa R$ 3,8 bilhões. Muito mais do que aqueles R$ 2,75 bilhões que a poupança pagaria a mais, se rendesse 1% acima dos fundos, no período de um ano. O que o governo Lula quer é cobrar imposto, é tributar, esta é a finalidade da tungada na poupança.
10 comentários
Coronel
ReplySeu "exemplo", è simplesmente admirável, soberbo!
"Exemplo: até R$ 10 mil, três meses para movimentar; de R$ 10 mil a R$ 50 mil, seis meses para movimentar; acima de R$ 50 mil, um ano para movimentar. O especulador vai continuar passando ao largo da caderneta de poupança, para não ficar com o dinheiro preso."
Meus aplausos!
Parabéns.
Alô Amigos
ReplyA poupança que movimenta o mundo é problema do poupador.
Se deseja deixar 1 bilhão ali,que deixe,pois este dinheiro é utilizado pelos govêrnos em áreas socias, principalmente.
Históricamente todos os países desenvolvidos são lastreados em taxas de poupança interna absurdamente maiores que as nossas.
Lula !!!!,vai mexer na bunda da sua mãe.
ai minhas economias
abraços
As grandes despesas do governo central são previdência, juros da dívida e salários dos funcionários (ativos e aposentados).
ReplyAtualmente, o certo a fazer seria o governo reduzir a tributação em cima dos fundos (hj 22,5%, para prazos menores que 6 meses) e os bancos reduzirem as absurdas taxas de adm.
No médio prazo, caso a taxa Selic vá abaixo de 6% aa, aí sim, o governo terá um problema!
Coronel, para que tanta frescura e bla-bla-bla? Quer resolver o problema da diminuição da atração dos títulos públicos? Simples! Diminua o déficit público, corte todos os gastos desnecessários, use mais racionalmente a verba pública. Assim, o governo não vai precisar emitir títulos para se financiar. Não vai haver competição entre títulos públicos e poupança. A poupança vai ficar quietinha no canto dela. O problema do Brasil é que quem domina a economia é a escola heterodoxa neo-keynesiana, neo-marxista, neo-cepalista, neossocialista representada por "economistas" PeTralhas da UFRJ e Unicamp. Com esse tipo de gentalha, eu duvido que seja feito o que é sensato e lógico.
ReplyCoronel,
ReplyPalavras do Pinóquio Marolinha 51 da Silva:
“Obviamente que, tendo em vista os lucros que tiveram o Itaú, o Bradesco e os outros bancos, o Fernando Henrique Cardoso não é nem pai: ele é pai, mãe, avô, avó, tio, tia do sistema financeiro, que nunca ganhou tanto dinheiro como está ganhando agora”.
(Candidato Lula, 2001, Entrevista a Ziraldo)
Agora, 2009, Lulinha 51 Paz e Amor deseja fazer pior tirar da poupança e dar para os amigos Banqueiros!
Mas como mente nosso presidente!
Átila
O que é um grande poupador? E se o sujeito há muitos e muitos anos guarda um dinheirinho todo mês, para hoje ter alguma coisa, é um grande poupador ou um especulador?
ReplyE se o sujeito vendeu uma casinha e colocou a grana na poupança, é um especulador? E por aí vai...
A verdade é que os comunas não sabem mais de onde tirar dinheiro.
pai dos ricos e mae do pobres!
Replyenganaçao
APA
Sem ser muito técnico: o governo quer impedir um fluxo excessivo de dinheiro _para_ a poupança e não apenas taxar o que já está lá.
Reply1) Lula precisa vender títulos do governo para sustentar a gastança. O absurdo que recolhe em impostos não chega.
2) Eu, como grande investidor, tenho a opção de pela mesma remuneração escolher a poupança ou o título.
3) A poupança é líquida e garantida pelo governo, a segunda é sujeita a calote (default) e avaliação de risco internacional (risco alto deprecia o título e reduz a liquidez).
4) Eu fico com a poupança por uma obrigação contratual (baixo risco) e moral (dane-se a ideologia) com os investidores do meu fundo.
Como complemento, a venda de títulos americanos essa semana foi considerada fraca o que significa que não há muito dinheiro disponível no mercado internacional. Por consequência o Brasil não tem muito margem para corte de juros sob o risco de fracassar completamente uma novo oferta. Se ler/escutar por aí que o Tesouro cancelou uma oferta nas próximas semanas já sabe o porquê.
"Não é possível legislar em prol da liberdade dos pobres, legislando de forma a cortar a liberdade dos ricos. Tudo que uma pessoa recebe, sem que tenha trabalhado, virá necessariamente do trabalho de alguém que não receberá por isso. Um governo não pode dar algo a quem quer que seja, que este mesmo governo não tenha tirado antes de outra pessoa. Quando metade da população de um país entende que não precisa trabalhar, porque a outra metade da população cuidará e proverá por ela, a metade que se vê obrigada a prover a outra entenderá que não adianta trabalhar, porque o fruto de seu labor não será seu. E esse, meu amigo, é o fim de qualquer nação. Não há como multiplicar a riqueza pela subtração".
ReplyDr. Adrian Rogers, 1931 - 2005
Coronel:
Replymexer na poupança, além de um crime, é uma asneira econômica. Pois isso vai diminuir aquilo que o grande economista Ludwig von Mises chamou de "soberania do consumidor". Soberania do consumidor quer dizer que é o consumidor que decide quem tem sucesso e quem fracassa no mercado.
Esta interferência governamental significa que o poupador terá menos soberania em como gerir sua poupança. Parte dela vai sumir em imposto, que não havia quando o poupador abriu sua conta de poupança.
O pior é que o poupador passa a ter menos liberdade. E a falta de liberdade no mercado é uma distorção, que impede a alocação ótima dos recursos.
Eu, como porco capitalista que sou, já retirei os reais que mantinha numa conta de poupança. Espero que muitos outros poupadores façam o mesmo. Para onde destinei esses reais? Segredo é a alma do negócio.
Hereticus