Até 2008, estimava-se que cerca de 320 mil viviam no Japão. Os brasileiros constituem a terceira maior comunidade estrangeira no Japão, atrás de China e Coreia do Sul.A migração começou há 30 anos, quando o Brasil vivia contração, e o Japão, boom econômico. A situação se inverteu.A maioria dos brasileiros trabalha na indústria automobilística e na de eletrônicos -as mais afetadas pela crise- e em regime de trabalho temporário -o primeiro a ser afetado em períodos de instabilidade.Desde outubro de 2008, 25 mil clientes do Banco do Brasil no Japão (20% do total) transferiram a residência de sua conta bancária para o Brasil. A partir desse dado, o gerente regional do BB para a Ásia, Admilson Monteiro Garcia, estima que entre 40 mil e 50 mil brasileiros -incluindo correntista, cônjuge e filhos- já retornaram ao Brasil. Segundo o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), os decasséguis enviam para cá US$ 2,2 bilhões por ano.O vice-cônsul em Tóquio, Marcos Torres, diz que, antes da crise, havia uma "reserva de mercado" para estrangeiros, o que incluía ofícios mais "pesados". "Com a crise, os japoneses estão pegando tudo, porque o desemprego é grande. Uma das primeiras coisas que estão exigindo é que falem japonês."Garcia diz que um setor que ainda tem espaço para a mão-de-obra brasileira é a lavoura, mas os decasséguis brasileiros não querem essas vagas. "Eram pessoas de classe média no Brasil e, quando vieram para cá, já se sentiam fazendo trabalho não muito nobre. Preferem voltar ao Brasil a enfrentar trabalho como esse", afirma.A maioria dos desempregados que desejam retornar ao Brasil, porém, não o consegue por falta de dinheiro, diz o ex-decasségui Wilson Yamaguti, demitido de uma fábrica de cerâmica em dezembro e de volta ao Paraná desde janeiro. Como em muitos casos a moradia está vinculada ao emprego, muitos brasileiros chegaram a virar moradores de rua, relatam decasséguis ainda no Japão.Um dos que continuam por lá é o sansei (neto de japonês) Márcio Silva, 34, que trabalhava havia três anos em uma fabricante de pneus em Shiga quando foi demitido, no Natal.A jornada de 12 horas diárias e seis dias por semana tinha um objetivo: comprar uma casa e voltar para o Brasil. Agora, Silva vive do seguro-desemprego e do salário da noiva, que já cumpre aviso prévio. "Se a gente não conseguir nada no prazo do seguro, vai ter de ir embora."
7 comentários
Coronel
ReplyAs nossas Forças Armadas continua em primeiro lugar no índice de confiança.
O que eles precisam mais para o Brasil não ter terrorismo, corrupção, o roubo das riquezas minerais e do separatismo?
"Pesquisa mostra que Forças Armadas, PF, escolas e igreja lideram confiança da população.
A pesquisa de opinião, feita com 1.200 entrevistados, mostra o Judiciário está em 9º lugar entre 17 instituições no índice de confiança.
Pesquisa de opinião realizada pela Fundação Getúlio Vargas, feita com 1.200 entrevistados revela que em primeiro estão as Forças Armadas, seguidos das escolas, Policia Federal, Ministério Público, o presidente da República, a Igreja Católica e, em penútimo lugar a Justiça e, em último, as Igrejas Evangélicas."
http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=51916&cat=Artigos&vinda=S
Cel
ReplyE o nojento é que as radios e TVs apenas divulgam a "falação" dos sindicatos. Nunca entrevistam,ou se entrevistam não colocam no ar, o que pensam os trabalhadores demitidos e/ou aqueles que vivem em estado de terror.
Tudo para agradar ao governo.
Essas pessoas, voltando, se juntarão às centenas de outros desempregados no Brasil também por causa da crise. Desemprego aumentando a olhos vistos.
ReplyLilyane
Eles voltam para viver das bolsas do PT, pagas com o nosso dinheiro. Depois a economia nacional entra em recessão e a culpa é do Bush. Vagabundos!
ReplyAlô Amigos.
ReplyEsta atitude parasitária vai ser difícil encontrar na turma que volta do Japão.
Conheço muitos deles e suas famílias e ainda não possuem a bactéria pedante e passiva de outros e outras regiões.
A maioria estava ou está fazendo o pé-de-meia e certamente voltam para dar duro,ou continuar.
Podem ficar tranquilos que desta turma pouco se ouvirá falar,pelo menos de forma pejorativa.
kampai !
abraços
Coronel
ReplyComo pegar na enxada não é pra qualquer um,o jeito é voltar e ver se arranja um bolsa-decasségui...
DE VOLTA PRÁ CASA: É... e o pior de tudo é que vão engrossar as hostes dos desempregados e consumidores locais. Bolsa desemprego para eles.
ReplyÉ preciso, urgente, reduzir a tributação de 36 para 18%, para que sejam gerados investimentos e empregos.