Limpando a área.

Depois da declaração do ministro da Justiça, Tarso Genro, de que existem ONGs na Raposa Serra do Sol atuando com desvio de finalidade e praticando biopirataria, a providência que se faz imperiosa é expulsar todas estas entidades da reserva, para que sejam devidamente investigadas quanto às suas atividades e à origem dos seus recursos. Da mesma forma, devem ser evacuados os padres católicos e as suas pastorais criminosas, que incitam a violência e que ainda ameaçam processar o nosso país em foros internacionais, se forem derrotados na suprema corte. Que sejam substituídos por velhos pajés chocoalhando os corpos bêbados na lua cheia ou fazendo a dança da chuva com os seus flamantes calcões adidas. Assim sendo, até que transite em julgado as ações em curso no STF, que os índios se bastem, no máximo ajudados pelos seus líderes aculturados, formados em sociologia em universidades de quinta categoria ou em cursinhos em Cuba. Em vez de cestas básicas e bolsa família, que cultivem ervas medicinais, aipim, milho, mandioca e pesquem carás, traíras e pacus para se alimentar. Não é isso que querem na sua relação com mamãe natureza? E que se algum índio for pego cortando uma árvore preservada, cavocando em garimpo clandestino, praticando a prostituição ou enchendo a cara de cachaça, que seja preso em flagrante e aguarde um julgamento justo no fundo da cadeia, sujeito às mesmas leis de qualquer cidadão brasileiro. Portanto, fora com as ONGs, fora com os padres. Que fiquem por lá apenas os interessados no caso em discussão, quais sejam os trabalhadores agricultores e os índios. Tudo sob a proteção do Exército Brasileiro, para garantir a paz, a ordem e a segurança das nossas fronteiras.